Owen Bodyguard

Cap 23.

Alguns dias depois, o aquecedor quebra.

A cabana fica mergulhada num frio congelante e amargo que me deixa quase sem fôlego. Owen sai para fora da cabana para checar o aquecedor, mas ele está longe de ficar feliz quando volta.

- Isso é ridículo!.

- Owen? Você conseguiu concertar?.

- Não. .. não consigo. Parece que uma das válvulas quebrou.

- O quê?! Mas porque?.

- O aquecedor ficou parado por meses antes de a gente começar a usar. .. Eu deveria ter conferido antes.

Ele parece tão infeliz que me apresso para tranquiliza-lo, mas meu dentes batendo não ajudam.

- Es..está tudo bem, Owen. Eu esto..tou bem.

- Não! você não está bem, Idalia! Você está tremendo!.

Porque ele está tão nervoso? Ninguém tinha como adivinhar que o aquecedor ia estragar. Pelo menos estamos seguros aqui.

- Co..como você nã..não está com frio?.

- Estou acostumado a climas adversos. E porque você está preocupada comigo? É a droga do meu trabalho me preocupar com você, Idalia. Não posso te proteger se você morrer de frio!.

- Porque você est..tá fazendo escândalo sobre isso? Eu esto..tou com frio, não. ..

- Seus lábios estão ficando azuis, pelo amor de Deus!.

- Di..digo, se você está realmente preocupado, porque não ve..vem me aquecer?.            -o corpo de Owen fica tenso.

- Eu. ..    -ele hesita na minha frente, mas seu olhar se aquece quando seus olhos cinzentos percorrem o meu corpo trêmulo, e eu posso sentir minhas bochechas ficando vermelhas.

- Como você mesmo di..disse, você foi contratado p..pra cuidar de mim, não é?.        -ele da um passo na minha direção, seus olhos presos nos meus.
- Owen?.

Seus braços se estendem, e ele gentilmente me puxa para mais perto para me prender em um abraço. Não posso deixar de tremer de desejo quando sinto sua pele contra a minha.

- Tem razão, é o meu trabalho.

Ele coloca uma mão na minha cintura, enquanto a outra segue pelo meu rosto, até que descanse suavemente contra meu pescoço.

- Sua pele parece gelo.

- Não por muito tempo. .. se você continuar me tocando assim.

Ele inclina a cabeça até o nariz deslizar ao longo do meu pescoço. Seu hálito quente na minha pele exposta deixa meu corpo ardendo em chamas, e consigo ver a sede em seus olhos.

- Acho que posso dar um jeito nisso.

Sua boca fica beijando o meu ombro, e o gemido ofegante que me escapa sai como um tom de desespero e desejo.

- Assim ajuda?.

- Por favor. ..

- Por favor, o que?.

Suas palavras são provocadoras, mas ele oferece ao meu pedido.

Seus lábios se tornam mais persistentes enquanto ele segue dando beijos de boca aberta pelo meu corpo. Uma mão aperta a minha cintura enquanto a outra explora as minhas curvas. Seus dentes roçam em minha orelha, e eu me agarro em seus ombros quando sinto minhas pernas enfraquecerem.

- Tá se sentindo mais quente agora?.

- Eu. ..

- Não? E agora?.

- O..owen!. ..

Sua boca começa a se mover mais para baixo, e cada centímetro envia outra onda de prazer em mim. Jogo minha cabeça para trás e suspiro de prazer, tremendo, já imaginando. ..

. .. mas aí ele para.

- Me diz o que você quer.

Dizer a ele o que eu quero? Eu nem consigo falar!.

Quando não respondo, ele se afasta para me olhar nos olhos. Nós dois estamos ofegantes, a movimentação dos nossos peitos perfeitamente em sincronia.

"Esse cara. ..

Não sei o que tem nele, mas simplesmente não consigo ficar longe dele.

Se isso for errado, não quero estar certa."

- E..eu quero. ..

Ele se inclina até nossos lábios roçarem de leve, dando arrepios na minha espinha.

- O que você quer, minha pérola?.

Pérola? Gostei.

Olho diretamente nos olhos dele e respiro fundo. Cada toque, cada beijo, cada abraço que  compartilhamos nos últimos dias tem sido eletrizante.

Se eu disser a ele que o quero, tudo mudará entre nós. Mas o jeito como ele me olha me diz que ele está esperando por isso.

Mordo meu lábio e passo gentilmente uma mão em seu rosto. Enrosco meus dedos em seus cabelos e puxo seu rosto para mais perto até que seus lábios estejam parados diretamente contra os meus.

- Owen, eu. .. Eu quero você, Owen.

Ele da uma pausa, mas antes que eu possa implorar para ele continuar, outra voz me arrepia até os ossos.

"O QUE TÁ ROLANDO AQUI?!."