Em nome da Lei

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Craby Walker havia finalmente contado toda a verdade sobre a morte da doutora Brooke, onde ele havia se transformado em um mutante descontrolado e acabou assassinando a pesquisadora, onde ele sente remorso até hoje por esse incidente.
Mesmo após a confissão, Mastodonte e os outros decidiram apoiar o agente mutante, pois sabia que ele era inocente e estava fora de si.

No entanto, Walker resolveu retornar a superfície para avisar sua amiga Kerry, que ele estava bem e também precisava acertar as contas com Collins.

- Tem certeza que é uma boa ideia? - Indagou o chefe dos Nefilins
- Claro que tenho, além disso ela deve estar preocupada comigo, já faz uns dias que não apareço por lá e muito menos para o mafioso do senhor Willian!
- Ok Craby, não irei te impedir. Mas eu preciso te pedir algo muito importante.
- Pode dizer, Mastodonte.
- Peço que você fale com sua amiga e retorne o mais rápido possível, afinal esse mundo daqui é diferente lá de cima e não queremos ser descobertos.
- Pode deixar.
- E uma última coisa... Também peço que independente do que aconteça lá na cidade, você não deve se transformar em mutante, ou seja, controle sua raiva e seus impulsos.
- Ok, fique tranquilo. Mas por que?
- Pelo que você nos relatou, você não tem ainda total controle sobre sua transformação e isso pode causar sérios problemas, onde poderemos ser mal vistos perante a sociedade.
- Não se preocupe, não vou demorar.

O homem saiu logo ao anoitecer, pois seria menos provável que pudesse ser visto por alguém ou até mesmo por policiais de Los Angeles.
Caminhando pelas ruas escuras, Craby pegou seu celular e ligou para sua colega de trabalho, escondido num beco escuro. Ao atender, ela logo foi dizendo:

- Craby?! Onde você está?! Você sumiu!
- Desculpe pela minha ausência, parceira. Muita coisa aconteceu desde o dia que entrei no Mundo Isolado.
- Eu cheguei a pensar que você estivesse morto! Já estava me sentindo culpada por te colocar em risco.
- Podemos nos encontrar? Mas não pode ser na sua casa e nem no laboratório.
- Ok, pode ser. O que você acha naquele Bar das Onze e Meia?
- Ótimo. Te vejo lá daqui alguns minutos.
- Certo, amigo. Vou arrumar as minhas coisas antes que o idiota do Collins volte.
- Ele saiu?
- Sim, mas já faz algumas horas, já deve estar retornando da reunião com o senhor Mitchell.

Logo em seguida, os dois já estavam sentados no estabelecimento, onde estava bem cheio de pessoas.
Com um sobre tudo e chapéu, Craby parecia mais que estava querendo se esconder do que propriamente conversar, fazendo Kerry rir do seu figurino.

- Por que você está vestido assim? Parece um investigador particular.
- Não vou tomar muito o seu tempo, só vim te avisar que me mudei para o Mundo Isolado.
- O que? Isso é verdade?!
- Sim, mas não conte a ninguém por favor, muito menos para o Collins.
- Não se preocupe amigo, eu não falarei nada a respeito. Mas por que tomou essa decisão? Enjoou da nossa parceria?

O homem deu um sorriso discreto e pegando nas mãos da cientista, olhou para ela e disse:

- Quer saber a verdade? Desde o dia em que você me salvou naquela noite, eu só aceitei trabalhar para o Collins por sua causa.
- Por mim? - Indagou a mulher curiosa
- Exatamente, ou você achou mesmo que eu ia trabalhar de bom grado para um cara que praticamente me transformou em um monstro?
- Entendo e eu sinto muito.
- Mas você me ajudou a enxergar a vida novamente, me deu esperanças quando eu sentia que havia chegado o meu fim. Quando nada mais tinha sentido... Eu só tenho a te agradecer Kerry.
- Eu só quero saber se você ficará bem.
- Ficarei sim, os mutantes são bem receptivos, muito melhores do que a maioria das pessoas imaginam.
- Eu sei disso desde o dia em que te conheci.
- Aquela noite eu pensei que fosse morrer, na verdade eu não me recordo de tudo, mas eu tenho certeza do que eu disse quando falei que te amava.

Projeto Judy - A ameaça Mutante Onde histórias criam vida. Descubra agora