𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝑜𝓁𝑜 𝒰𝓃𝒹𝒾𝒸𝒾

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Três dias haviam se passado, e Brisa queria matar Helion.

Depois de ouvir um burburinho vindo do salão, ela decidiu ir ver o que estava acontecendo. Ao entrar, Brisa piscou várias vezes, tentando processar o que estava vendo. Flores de todas as cores adornavam o espaço, formando arcos e guirlandas que pendiam do teto e das colunas de mármore. As flores não eram apenas ornamentais; elas pareciam vivas, com suas pétalas delicadas tremulando ligeiramente, como se estivessem sussurrando segredos umas às outras.

No centro do salão, uma longa mesa estava coberta por uma toalha de linho branco bordada com fios de ouro e prata. A mesa estava repleta de uma variedade de frutas frescas, bolos artisticamente decorados, doces coloridos e outras iguarias que pareciam saídas de um banquete de contos de fadas. Os talheres de prata e os pratos de porcelana fina estavam dispostos com precisão, refletindo o brilho das luzes cintilantes dos candelabros de cristal pendurados acima.

Brisa deu alguns passos incertos para dentro do salão, seus olhos movendo-se de um detalhe para outro. Cada canto do espaço estava decorado com uma perfeição quase mágica. Grandes tapeçarias pendiam das paredes, cada uma contando histórias de batalhas heróicas e feitos notáveis da Corte Diurna. Elas eram emolduradas por fitas de seda que ondulavam suavemente com a brisa.

Os empregados da Corte Diurna estavam por toda parte, ajustando os últimos detalhes com uma eficiência silenciosa. Alguns acendiam mais candelabros, enquanto outros ajustavam arranjos de flores e reorganizavam os pratos na mesa.

-Cara, como eu te odeio - Brisa resmungou, assim que percebeu que Helion estava ao seu lado.

-Vai dizer que não está incrível? - ele perguntou, retoricamente, e Brisa bufou.

-Você estava sem motivo para fazer uma festa, não é? - ela retrucou.

-Eu não preciso de motivos para fazer uma festa - Helion se defendeu - Vá se arrumar, tem uma surpresa te esperando no seu quarto - Brisa o encarou desconfiada, mas saiu do salão mesmo assim, subindo novamente as escadas em direção ao seu quarto.

Ela entrou no quarto, e viu uma caixa grande sobre a cama. Ela se aproximou, retirando o laço, e a abrindo.

No interior, cuidadosamente dobrado, estava um vestido branco. O tecido era leve como o ar, quase etéreo, com um brilho suave que refletia a luz de maneira mágica. O corpete do vestido era adornado com bordados de ouro, representando raios de sol que irradiavam em padrões delicados. As mangas eram longas e esvoaçantes, feitas de um tecido transparente que dava ao vestido uma aparência angelical. A saia caía em camadas fluidas, cada uma com bordados que pareciam dançar com o movimento.

Debaixo do vestido, Brisa encontrou um par de sandálias. Elas eram feitas de couro branco macio, com tiras finas que se cruzavam elegantemente sobre o pé e subiam até o tornozelo, onde se amarravam em pequenos laços dourados. As solas eram gravadas com padrões florais, e pequenas pedras preciosas estavam incrustadas nas tiras, brilhando suavemente à luz do sol que entrava pela janela.

Por fim, em um compartimento separado da caixa, estava o arranjo para o cabelo. Era uma tiara delicada, feita de fios de prata entrelaçados com pequenas flores brancas de cristal e pérolas. As pequenas flores de cristal refletiam a luz de uma maneira encantadora, criando um efeito cintilante que complementava perfeitamente o vestido.

-Como ele conseguiu tudo isso em tão pouco tempo? - Brisa perguntou a si mesma, analisando o vestido.

Ela sabia que se não descesse Helion viria buscá-la pessoalmente, então, ela decidiu ir se banhar. Ela penteou seus cabelos, antes de fazer um penteado onde conseguisse colocar a tiara, e logo em seguida, se vestiu.

Sob os Céus do Solstício - HelionOnde histórias criam vida. Descubra agora