𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝑜𝓁𝑜 𝒯𝓇𝑒𝓃𝓉𝓊𝓃𝑜

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-Então, o que nos atacou foram Aetherianos? - Hemera perguntou, assim que se reuniram no escritório de Helion.

-Sim - Helion respondeu - Assim como o pai de Brisa tinha nos alertado.

-Acho que deveríamos declarar guerra - Sigel afirmou - É o segundo ataque que eles realizam aqui, além de manterem soldados como cães rodeando a fronteira.

-Beron provavelmente não conseguiria nenhum Grão-Senhor se aliando a ele - Apollo comentou - A não ser que ele consiga fazer a cabeça de Tamlin.

-Acredito que Tamlin tenha aprendido a lição - Aurora respondeu - Acho que ele não é burro a esse ponto.

-E se matarmos Beron? - Brisa perguntou de repente, e os cinco grão-feéricos se viraram pra ela - Facilitaria muito a nossa vida.

-Você quer matar um Grão-Senhor? - Hemera piscou surpresa, e Brisa deu de ombros.

-Não é como se ele fosse fazer muita falta - comentou e viu o Círculo Íntimo se entreolhar - O que foi, ein?

-Helion está com medo de um golpe de estado - Aurora brincou e Brisa bufou.

-Vamos tentar resolver inicialmente de uma forma pacífica - Helion sugeriu - Sem matar ninguém - se dirigiu a Brisa, que cruzou os braços.

-Machucar pode? - Brisa perguntou e Helion suspirou.

-As vezes eu esqueço que você existe nesse plano a treze anos - ele resmungou e Aurora engasgou.

-Você só tem treze anos? - perguntou exasperada.

-De existência, sim - Brisa respondeu calmamente.

-Helion, você é um pedófilo - comentou e Helion bufou.

☀️

Brisa havia desaparecido durante o restante do dia, a Helion havia decidido começar a procurá-la pela biblioteca que ele havia dado de presente a ela.

Ao entrar na biblioteca, Helion imediatamente percebeu algo diferente. A atmosfera, geralmente calma e acolhedora, estava carregada de uma tensão sutil, como se uma tempestade estivesse se formando.

No centro da biblioteca, sentada em uma mesa de carvalho escuro, estava Brisa. Ela tinha uma postura tensa, com os ombros encolhidos e a cabeça ligeiramente inclinada enquanto escrevia em um pergaminho. Uma pequena nuvem cinzenta pairava sobre sua cabeça, girando lentamente como um presságio sombrio.

Enquanto observava em silêncio, Helion percebeu que Brisa estava escrevendo com intensidade, suas mãos movendo-se rapidamente sobre o pergaminho.

Ele começou a se aproximar com passos quase inaudíveis, e ele notou como a nuvem se tornava ligeiramente mais densa, escurecendo à medida que as emoções de Brisa se intensificavam. Pequenas faíscas de eletricidade ocasionalmente cintilavam na borda da nuvem, sugerindo uma tempestade iminente.

Ela não havia notado sua presença ainda, completamente imersa no que estava escrevendo. A pena em sua mão se movia rapidamente sobre o pergaminho, quase com uma fúria controlada.

Helion hesitou por um momento, não querendo interromper. Ele se aproximou suavemente, e quando finalmente estava ao lado de Brisa, ele não disse nada, apenas colocou uma mão gentil sobre o ombro dela.

Brisa parou de escrever imediatamente, como se o toque de Helion tivesse interrompido o fluxo de pensamentos que alimentava a nuvem acima dela. Ela virou a cabeça lentamente, seus olhos encontrando os dele.

Helion sentiu a tensão nos músculos dela sob sua mão, e seu coração se apertou ainda mais. A nuvem acima de Brisa continuava a girar, mas agora parecia menos ameaçadora.

Sob os Céus do Solstício - HelionOnde histórias criam vida. Descubra agora