Sabe aquele ditado que diz que tudo o que é bom dura pouco?
Brisa estava há dias achando que tudo estava tranquilo demais.
Enquanto o sol subia lentamente no céu, um movimento estranho chamou a atenção de Helion. À distância, uma nuvem de poeira se erguia no horizonte, crescendo em tamanho e intensidade. Ele estreitou os olhos, seu instinto lhe avisando que não era uma tempestade comum. Soldados inimigos estavam se aproximando da cidade, suas silhuetas sombrias destacando-se contra o céu dourado.
A cidade logo estava em alerta. Os guardas da Corte Diurna tomaram suas posições defensivas, espalhando-se ao longo das muralhas e dos portões principais. Os cidadãos foram rapidamente evacuados das ruas, buscando abrigo em locais seguros. O som de trombetas ressoou, um sinal claro de que o ataque era iminente.
Os invasores não eram um inimigo qualquer. Eles vinham em massa, um exército organizado e determinado a desafiar a soberania da Corte Diurna. Vestidos com armaduras escuras e portando armas reluzentes, os soldados avançavam em sincronia, suas fileiras bem treinadas marchando como uma força implacável em direção à cidade.
Conforme se aproximavam, a tensão no ar se intensificava. Os guardas da Corte Diurna se preparavam para a batalha, suas espadas e lanças brilhando sob o sol, enquanto Helion e Brisa se posicionavam à frente das linhas de defesa, prontos para proteger Solaria com todos os recursos à sua disposição.
-São Aetherianos - Brisa sussurrou.
Na linha de frente, os manipuladores de terra lideravam o ataque. Com um simples gesto, eles convocavam o poder das rochas e do solo. Grandes fissuras se abriam no chão à medida que avançavam, ameaçando engolir qualquer coisa em seu caminho. As paredes de pedra se erguiam em um instante, oferecendo cobertura e proteção enquanto eles marchavam em direção à cidade.
Cada passo dos manipuladores de terra fazia o chão tremer. Eles criavam barricadas de rocha, que se moviam e se ajustavam para bloquear os ataques dos defensores da Corte Diurna. Estavam determinados a abrir caminho pela força bruta, e sua estratégia era simples: destruir tudo o que se opusesse a eles.
Logo atrás, os manipuladores das águas se posicionavam estrategicamente, próximos dos rios e fontes que corriam pela cidade. Com um simples aceno, eles controlavam as correntes, fazendo com que torrentes de água avançassem com força avassaladora. Eram capazes de transformar a água em lâminas afiadas, que cortavam o ar com precisão mortal.
As fontes de Solaria, antes pacíficas e ornamentais, tornaram-se armas nas mãos desses Aetherianos. A água se moldava ao comando deles, formando chicotes líquidos que chicoteavam com violência. Eles inundavam as ruas, transformando os caminhos em rios traiçoeiros, que dificultavam a movimentação dos defensores da cidade.
Das rachaduras no chão, emergiam flores gigantescas, com pétalas vibrantes e espinhos letais. Elas eram controladas pelos Aetherianos, e suas vinhas serpenteavam pelo campo de batalha, prendendo qualquer um que ousasse se aproximar. As flores exalavam aromas intoxicantes, capazes de confundir os sentidos dos defensores da cidade, enquanto espinhos venenosos aguardavam para perfurar qualquer invasor.
As criaturas florais formavam uma muralha viva, uma barreira natural que os inimigos usavam para proteger seu avanço. As plantas se entrelaçavam, formando uma teia densa que tornava a aproximação do exército ainda mais ameaçadora. O chão tremia sob os pés dos invasores, à medida que raízes se erguiam como tentáculos, prontos para capturar os desavisados.
Na retaguarda, os senhores do fogo aguardavam, seus olhos brilhando com um intenso desejo de destruição. Eles eram a última linha de ataque, prontos para desencadear uma fúria incandescente sobre a cidade. Com um estalar de dedos, chamas dançavam ao seu redor, consumindo o ar e criando uma cortina de calor sufocante.
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Sob os Céus do Solstício - Helion
FantasyNo vasto e majestoso território da Corte Diurna, onde a luz do sol reina suprema, Helion enfrenta uma ameaça que nenhum de seus vastos conhecimentos ou poderio pode conter sozinho. Tempestades súbitas e incontroláveis começam a assolar suas terras e...