Capítulo 7 Parte 2

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Martín L Arango

Os dias que se passaram, foram especiais, a conexão que se firmou entre a duplinha Vásquez e eu, de modo totalmente espontâneo e principalmente natural.

Ninguém pode argumentar que estou tentando algo, por causa da mãe deles. Para mim, esta relação vai além da que possa existir entre nós dois. Não importa o que aconteça sempre estarei lá, para os filhos dela.

Com o menino é mais puro, ele me acompanha para todos os lados na motocicleta. Já com a menina, a base de implicâncias, a provoco demais e ganhei o apelido carinhoso de 'mexicano insuportável'; porém o incrível que possa parecer tenho mais em comum com a mais velha, o amor pela música nos uniu.

Assisto de longe nascer um vínculo excepcional entre Alanna e Luna, já as flagrei lendo livro com chá, cozinhando juntas e o que está causando ciúmes em Cecília.

O meu interior clama para a executiva ter o mesmo pensamento.

Na segunda-feira, o meu companheiro de aventura foi intimado a ficar com as mulheres, não é apenas Ceci que ciúmes pegou. Eu fui para o restaurante sozinho e reuni com a minha irmã no balcão, bebericando de uma boa Corona gelada, conversávamos aleatoriedades, até ela trazer o assunto principal.

- Pendejo, você e a idiota não se entenderam?

- Não! Sei lá, acho que sou página virada na vida dela.

Ela me encara com o semblante debochado.

- Chegou a esta conclusão, antes ou depois de enfiar a língua na boca dela na ilha.

- Não sei do que está falando!-A mentira descarada.

- E acham ainda que estavam sendo discretos, ainda bem que as crianças não perceberam... Ela deve está constrangida, dê um tempo, se não te procura é porque covarde.

Antes que a baterista pudesse finalizar o raciocínio, o toque do meu celular se sobressair, ao olhar a tela li o nome da minha filha, estranhando, pois ela não tem feito isso.

- Papá, ¿puedes venir a buscarme? (Pai, pode vir me buscar?)-pergunta ao atendê-la.

- ¿Por qué, mi Luna? (Por que, minha Lua?)

- ¡Nada, solo quiero irme! (Nada, só quero ir embora!)

- ¡Está bien, estoy en camino! (Está bem, já estou indo!)

Eu desliguei o aparelho, respiro fundo buscando a paciência, para qualquer situação. Minha irmã, encara-me com a feição confusa.

- O que houve, irmão?

- Não sei, Luna pediu para ir buscá-la, deve ter acontecido algo!

- Deixe de vidência, vai lá ver o que aconteceu, cabrón!

Eu me despedi dela, saindo do estabelecimento para o estacionamento, peguei a moto e fui em disparada a nossa casa, preocupado com a minha menina, espero que não tenha se magoado, pois a regressão emocional seria grande.

O percurso que estou acostumado a fazer em vinte minutos, fiz pela metade, o bem-estar da minha niña, me fazer infligir algumas leis de trânsito, estaciono a Harley-Davidson de qualquer forma.

Invadindo minha própria residência, a procurar por todos os cômodos, não encontrando-a, e corri em direção a vizinha que está numa calmaria extrema, desviei meu olhar praia, avistando Allana sozinha e apressei os passos até ela, que ao me ver, disse as palavras que me relaxaram de imediato.

Virgem de Guadalupe, como não suporto Melissa!

Com certeza, percebi o pronome possessivo em que mencionei as crianças, só que posso ser sonso quando quero.

Sentimentos CompartilhadosOnde histórias criam vida. Descubra agora