Capítulo 15 Parte 2

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Martín L Arango

Eu fui ao encontro de Allana, e vou todas as vezes que ela necessitar.

O conceito de relacionamento para mim é isso parceria, estou aqui para ela e os nossos filhos.

Qual foi a decisão que tomamos juntos? Lutar contra tudo e todos para viver o nosso amor, seremos amantes até podermos ficar juntos de vez.

Minha mãe e Melissa vão nos ajudar a resolver, e que a maluca da amiga da minha namorada não saiba nunca, mas teremos êxito, pois temos duas mulheres fortes ao nosso lado.

A partir daquele dia, nos encontrávamos em finais de semana alternados, não queríamos deixar as crianças de lado, e todos os dias nós nos falávamos por videochamadas.

Eu amo a senhorita Vásquez, no entanto o que sinto por ela não me deixa cego, sei dos defeitos dela e um deles é agir com indiferença com as pessoas que tem algum problema.

Porém dessa vez o problema é com a própria filha e percebo que mesmo sofrendo, está se afastando da menina. Estou estudando uma maneira de falar, de expressar meu ponto de vista.

Em um desses fins de semana, quando me preparava para sair, a garotinha que amo me esperava perto da minha moto, com o sorrisinho sapeca. 

— Quiero ir contigo, papá. (Quero ir com o senhor, papai) —implorou com as mãos cruzadas.

— Sabes que mi actitud en este momento, aunque sea por amor, es incorrecta. (Sabe que a minha atitude no momento, mesmo sendo por amor é errada.) —expliquei com seriedade.

— ¡Saber! Pero, papá, el fin justifica los medios. (Sei! mas, papai, os fins justificam os meios.)

Eu apenas espelhei o sorriso, busquei o telefone, iniciei uma, depois outra ligação para Allana avisando sobre nossa convidada especial. 

—No puedo hablar con ella. (Não estou conseguindo falar com ela.)

— Papá, la tía Allana me ama, ¡Por supuesto que te encantará tenerme! (Papai, tia Allana me ama, claro que vai adorar me receber!) —exclamou sorridente.

A minha reação foi oferecer a mão para o enlaço, e aceitar a influência da mulher que amo na menina.

Como a senhorita Vásquez, a pequena Arango tem razão, a empresária adorou ver a pequena. Quem decidiu aparecer foi o loirinho.

Nós quatro passamos uma noite mais que especial juntos, foi o prelúdio que seremos felizes no futuro.

A garota de Allana me fez falta, queria que estivesse me chamando de "mexicano insuportável", senti e enxerguei no olhar da loira o quanto essa ausência a machucava.

Nós dois colocávamos nossos filhos para dormir, indo para o quarto que estamos dividindo, deitados na cama, resolvi expor tudo que segurei nesses meses. De início, o bico insatisfeito apareceu, mas aceitou os meus conselhos.

Ela sabia que nossa relação seria mais madura, que foi no passado, as crianças seriam problemas nossos.

No outro dia, meu trio de pessoas preferidas se foram encontrar a parte que falta da nossa família, e eu fiquei sozinho, não vou mentir, me senti excluído e o resultado foi uma pequena mágoa, a mulher que amo tomou uma atitude, tirando todas essas mais sensações: gravou e fotografou a apresentação para mim.

Eu ofereci o apartamento para ela ficar com as crianças, indo para casa da senhora Amélia. Nós dois estávamos tomando café e a matriarca expos a preocupação com meus sentimentos.

— Ah, mamá, tenho que ter fé, crer que é só uma má fase! —exclamei com lágrimas.

— Eu admiro teu coração, se fosse outro iria se contra a menina...

— Mamá, a Ju é tão vítima, só quero que ela seja feliz conosco.

— Essa fase vai acabar... tenho uma notícia, vou participar das eleições desse ano.

— Tem certeza, mamá? Sabe como está a política aqui no Brasil.

— João Carlos Avelar terá uma concorrente de verdade, e vai acabar com a palhaçada com meus netos.

— Obrigado por aceitar Allana e as crianças mesmo depois de tudo!

— Só quero tua felicidade, meu filho!

Eu vou ser muito feliz com a família que formei, quando a senhorita Vásquez cumprir a promessa que me fez.

Sentimentos CompartilhadosOnde histórias criam vida. Descubra agora