Capítulo 7

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Allana Vásquez

A semana passou e criamos uma rotina. Eu estou cada vez mais conectada com Luna, temos muito em comum e livros de romance é uma delas, passávamos algum tempo do dia dividindo a leitura, de acompanhamento chá e biscoitos.

Sim, a menina adora a bebida e ensinou uma receita mexicana.

O menino vive a maior parte do dia com Martín. Eles passeiam com a motocicleta por todos os endereços de Saquarema e já ultrapassaram os limites das cidades vizinhas. Allison tem adoração pelo artista, que não tem pelo pai. O latino se tornou teu herói e pessoa favorita no mundo.

Meus filhos não sentem falta do inominável, sem questionamentos e perguntas. Ele parece ser descartável para os dois, surpreendendo-me, pois acreditava que era o predileto deles.

Até Julie aperfeiçoou ao mexicano insuportável como se referia-o, ensaia com o artista e Luna todos os dias com promessas de fazer um show com a banda.

A duplinha Vásquez invadia o espaço e a vida do meu ex, que não se importa com nada, sempre afetuoso e disponível.

Nós cinco convivemos todos juntos, na praia nos fundo das nossas casas, almoços, desjejuns, até fomos na cidade de Niterói, comprar a decoração para o local, numa loja de artigos estrangeiros. Essa viagem de carro, parecíamos uma família de verdade, as crianças interagindo entre si, eu ao lado dele no banco do carona, senti-me a 'señora Arango' .

Um ótimo momento foi quando montamos a árvore de Natal na casa deles, com a mexicana liderando a ação, a diferença é que a tradição do outro país é mais colorida, digamos assim, com acessórios que remete ao local.

Martín preparou águas frescas de tamarindo para os quatro. Ele não é de beber, quando está acompanhado de alguém. E para mim, cerveja Corona, sob supervisão dele sempre será alimento ou bebida do país alheio. Enquanto, decoramos a árvore, bebericando as bebidas.

Na ponta do objeto não é uma estrela habitual no Brasil. Os dois Arango escolheram o famoso chapéu mexicano, até achei que rolaria a primeira briga.

- ¿Quién pondrá al final del árbol?(Quem vai colocar na ponta da árvore?)-pergunta Luna, constrangida.

- ¡Tú Luna!(Você, Luna)-exclama Julie dando de ombros.

A mexicana com sorriso amplo no rosto, subiu a escada de alumínio que o pai colocou o objeto supracitado.

O fim da noite de sábado foi com todos relaxados no colchão da sala de Martín, após mais um jantar maravilhoso feito por ele, e o próprio no sofá grande assistindo a mais alguns episódios da série mexicana.

A única relação que não havia mudado é a minha e do artista, não sei se foi pelo fato que não tínhamos ficado a sós nesta semana, ou algo mudou depois dos amassos que demos nas pedras da ilha. Eu espero do fundo desse coração apaixonado seja apenas a primeira opção.

Já é segunda-feira, Ally não quis acompanhar o latino, a madrinha reclamou e ele decidiu ficar conosco, ao contrário de Luna, sem sair de perto nunca e estou adorando isso.

As crianças brincavam de vôlei com Melissa e eu estava cabisbaixa, pelo o afastamento do meu amado, me falta coragem de procurá-lo, o álcool que me afetou naquele dia.

Tomando a famosa cerveja importada verde, observando-os, tão distraído que não percebo minha melhor amiga sentar ao meu lado.

- O que foi, Lana?-pergunta preocupada.

- Você acha que o Martín está diferente?-suspiro fundo.

Ela esboça uma careta confusa.

- Não! Porque?

Sentimentos CompartilhadosOnde histórias criam vida. Descubra agora