09_ Os uchihas

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Sasuke

19 de outubro 2018
01:38


Apertei o volante da minha Porsche preta, o couro fino rangendo sob a força dos meus dedos. Meu coração batia acelerado, quase em sincronia com o rugido do motor que ecoava pela a estrada.

As palavras do meu irmão ainda ressoavam em minha mente, me deixando maluco.

"Estamos em guerra"

Pessoas atacaram a nossa família, mas conseguiram escapar. Ninguém se machucou pelo o que sasuke me disse.

O alívio momentâneo por saber que ninguém havia se ferido foi rapidamente engolido por uma preocupação crescente.

Hinata estava comigo há apenas alguns minutos, e a ideia de que eu poderia tê-la colocado em perigo fazia o meu estômago revirar.

A droga do meu mundo é tão incerto. Preciso que hinata esteja segura.

Enquanto eu pisava no acelerador, sentia a adrenalina correr por minhas veias, misturada com uma ponta de medo e raiva.

Meus olhos, normalmente calmos e calculistas, estavam agora arregalados e fixos na estrada à frente, atentos a qualquer sinal de perigo.

Eu esperava que os nossos inimigos dessem um passo quando eles ficassem sabendo que a família uchiha está de volta a cidade, mas eu não esperava que fosse tão cedo assim.

Eu acabei abaixando a guarda e ficando em perigo por causa da minha própria burrice.

Não posso envolver hinata nisso. E muito menos meus amigos.

A noite é um borrão de sombras, e a luz dos postes passava como flashes, mal iluminando o asfalto.

Eu sabia que estava ultrapassando os limites de velocidade, mas não conseguia me conter. Cada curva era uma manobra precisa, uma dança entre controle e caos.

Eu girava o volante com precisão cirúrgica, inclinando-se nas curvas com uma confiança feroz, o carro respondendo como uma extensão do meu próprio corpo.

As luzes traseiras de outros carros se tornavam um rastro vermelho enquanto eu os ultrapassava sem hesitar.

O medo de que alguém pudesse ter me seguido até a casa de Hinata me deixava tenso. Eu não podia suportar a ideia de que a minha presença trouxease perigo para ela. Mesmo eu sabendo que traria o perigo para ela.

A imagem de Hinata, seus olhos gentis e o sorriso suave, misturava-se com a escuridão ao redor, aumentando meu coração acelerado.

A Porsche preta rugia como uma fera sob meu comando, enquanto eu sentia cada vibração do motor, cada imperfeição da estrada.

Meus sentidos estavam aguçados, cada som e cada movimento ao meu redor pareciam ampliados.

Eu continuava a apertar o volante ainda mais forte, os nós dos dedos ficando brancos, enquanto a paisagem passava em um borrão indistinto.

O ódio queimava no meu peito de como um fogo inextinguível. Cada batida em meu coração parecia alimentar essa chama, transformando a minha raiva em uma força avassaladora.

As memórias do massacre da minha  família eram um tormento constante, assombrando meus sonhos e invadindo  meus pensamentos mais íntimos.

A visão dos corpos mortos dos meus familiares. os olhos sem vida que antes irradiavam amor e segurança, estava gravada em minha mente como uma cicatriz que nunca cicatrizaria.

A dor de perder a minha família era insuportável, mas foi a impotência que realmente me consumiu. A ideia de que alguém ousou atacar aqueles que eu amava, de que existiam pessoas capazes de tal crueldade, fazia meu sangue ferver.

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