55_ Me mata

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Sasuke


Continuação....

Eu sei que nunca atiraria — Eu não teria coragem, e nunca se passaria na minha cabeça em matar ela.

— Quer me matar, é? — Brinquei, minha voz carregada de um tom desafiador.

Ela engoliu em seco, a tensão aumentando entre nós como um fio esticado prestes a romper.

— Você não tem coragem de atirar, — ela disparou, sua voz trêmula, mas carregada de uma confiança que não correspondia à situação.

— Óbvio que não tenho, — respondi, minha voz suave e cheia de um prazer perturbador. — Prefiro que você me mate do que eu matar você. Seria um pecado e tanto matar a mulher que eu amo.

Ela me olhou com um desprezo profundo, sua expressão refletindo uma mistura de raiva e confusão.

As palavras "eu amo" eram um convite para uma batalha emocional que eu sabia que ela não estava pronta para enfrentar.

— Que você ama? Isso não é amor, Sasuke...

— E o que é então? — Perguntei, abaixando minha arma e jogando-a em um canto, a lâmina fria do metal batendo contra o piso com um som metálico.

Sabia que ela precisava ver além do superficial, precisava entender a profundidade desse sentimento que eu tinha por ela.

Ela avançou, a proximidade entre nós crescendo, e ficou na ponta dos pés para alcançar minha altura.

Seu toque foi inesperado e quase intimidador. Com uma das mãos ela deslizou até minha nuca, seus dedos se fechando com força, enquanto a outra ainda mantinha a arma apontada para minha cabeça.

A sensação do calor de sua respiração contra minha pele era quase elétrica.

— Me mata — sussurrei  — Você é a única que pode fazer isso. A única a quem eu dei meu coração é a única que pode fazê-lo parar de funcionar.

Eu a olhei com uma intensidade que sabia que a desarmava, meus olhos mergulhando nos dela, capturando a tumultuada tempestade que se passava em seu interior.

— Eu te odeio, — ela disse, sua voz um fio de desespero. — Tanto que me dói, tanto mesmo. Quero acabar com você, te destruir. Seu mantido Uchiha.

— Então faça — mandei, meu tom quase impessoal, desafiador.

Desafiar ela era o que eu fazia melhor, e era nesse confronto que encontrava meu prazer mais profundo.

Ela hesitou por um momento, o olhar que antes estava carregado de ódio agora se misturava com uma confusão profunda.

Eu sabia que ela estava lutando com suas próprias emoções, com a ideia de que talvez, de alguma forma, eu tivesse vencido a batalha de maneira que ela ainda não entendia.

Eu dei um passo mais perto, a proximidade entre nós quase sufocante. A sensação da sua respiração sobre minha pele, e o olhar dela penetrante, estavam criando uma atmosfera carregada de uma tensão palpável.

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