65_Quem é H?

82 8 67
                                    

Horas antes:
Sasuke


A sala estava imersa em uma penumbra opressiva, o único som era o eco distante de gotas de água pingando de uma torneira quebrada. O ar era pesado, carregado com o cheiro metálico do sangue, uma mistura pungente que parecia se infiltrar em cada poro da minha pele.

À minha frente, o mafioso da Suprema Corte estava amarrado a uma cadeira, seu olhar desafiador lentamente se transformando em um reflexo de medo.

Eu sabia que ele tinha informações cruciais sobre H, mas ele não estava disposto a me dar o que eu precisava.

— Você sabe quem é H — comecei, minha voz baixa e controlada, mas a intensidade em meu tom era palpável.

O homem balançou a cabeça, seu orgulho desmoronando sob a pressão.

— Eu não sei de nada, Uchiha. Você está perdendo seu tempo. — A arrogância dele era como uma chama que se recusava a se apagar, mas eu estava lá para garantir que ele sentisse a dor da verdade.

Com um movimento brusco, peguei uma lâmina da mesa ao meu lado, admirando a forma como a luz da sala a refletia, reluzente e fria.

A lâmina era mais do que uma ferramenta; era um símbolo do meu poder, um instrumento que eu utilizaria para despir seu orgulho.

Aproximando-me, inclinei-me para frente, colocando meu rosto bem perto do dele, capturando cada nuance de sua expressão enquanto a bravura dele começava a vacilar.

— Eu vou fazer você falar —  murmurei, enquanto cortava a pele dele com a lâmina, fazendo um pequeno corte.

O homem se contorceu, mas ainda assim tentou manter a compostura.

Um sorriso sombrio se formou em meus lábios, e eu podia sentir a adrenalina pulsando em minhas veias.

O jogo tinha começado, e eu estava pronto para levá-lo ao limite.

— Você não pode me intimidar, Uchiha! —  ele gritou, mas eu sabia que a coragem dele estava começando a se dissipar, assim como a luz do dia no horizonte.

Olhei para Shisui, Itachi e Obito, que assistiam em silêncio, suas expressões misturando respeito e expectativa.

Eles conheciam a profundidade da escuridão que eu estava prestes a explorar.

— Obito — chamei, e a obediência era instantânea.

Ele trouxe um balde de água gelada, e eu sorri ao ver a mudança no rosto do mafioso.

A água seria o nosso próximo brinquedo. Despejei o líquido sobre ele, saturando seus cabelos e a camisa, a água fria provocando um choque.

O sujeito engasgou, e a expressão de desdém começou a dar lugar a algo mais primal, medo.

— Você acha que isso é suficiente para me fazer falar?—  O homem desafiou, mas suas palavras soavam vazias, como um eco distante.

— É só o começo —  respondi, minha voz agora imperturbável. — Vamos intensificar as coisas. Você vai me contar quem é H, ou vou fazer sua vida um inferno.

A lâmina estava novamente em minhas mãos, e desta vez, cortei de forma mais profunda, vendo seu rosto se contorcer em dor enquanto um grito explodia de seus lábios.

A sensação de poder era intoxicante, e eu sabia que estava no caminho certo.

— Obito, faça parecer real — Eu ordenei, minha calma contrastando com a ferocidade que permeava a sala.

Caminhos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora