49_ É assim que você me odeia?

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Hinata

Continuação....

— Sasuke! — Tentei protestar, mas a porta se fechou atrás de nós com um estalo decisivo, isolando-nos dos outros.

Meu coração acelerou, e por um segundo, o silêncio foi ensurdecedor.

O elevador começou a se mover, para minha surpresa. Subíamos lentamente, mas havia algo inquietante no ar.

Eu não sabia se era a tensão entre nós ou a própria máquina, mas algo não parecia certo.

— Você gosta de brincar com o perigo, não é, Sasuke? — Perguntei, tentando manter minha voz firme, mesmo sentindo que minha respiração estava irregular.

Ele não me intimidava, não mais, mas havia algo nesse jogo entre nós que me deixava vulnerável, mesmo que eu odiasse admitir isso.

— Eu sou o perigo, Hinata.— Ele respondeu, sua voz como uma carícia sombria. — E você sabe disso. Sempre soube.

Antes que eu pudesse responder, o elevador deu um tranco forte, jogando-nos levemente para frente.

O som metálico de algo quebrando ressoou, e de repente, o elevador parou.

O silêncio era pesado, e por um momento, fiquei sem palavras.

Meu corpo estava a centímetros do dele, e o espaço confinado só tornava tudo mais intenso.

— Parece que estamos presos.— Sasuke comentou com um sorriso, como se a situação fosse completamente intencional.

Eu não podia acreditar no quão calmo ele estava.

Meu coração estava acelerado, mas eu não deixaria que ele percebesse.

Eu levantei o queixo, tentando manter a compostura.

— Se você acha que isso me assusta, está muito enganado. — Minhas palavras soaram desafiadoras, mas havia algo mais ali, um subtexto que eu não conseguia esconder.

Ele deu um passo ainda mais perto, até que eu não tinha mais para onde ir.

A parede fria do elevador tocou minhas costas, e Sasuke estava perigosamente perto agora, sua respiração quente contra minha pele.

— Quem disse que eu quero te assustar, Hinata? —  Ele sussurrou, o tom carregado de insinuações, o olhar fixo nos meus lábios antes de voltar aos meus olhos. — Talvez eu só queira lembrar do que você é capaz... quando está comigo.

O ar dentro do elevador parecia pesado, quase sufocante.

Eu podia sentir o calor do corpo de Sasuke, cada respiração dele como uma brisa quente contra a minha pele, mesmo que ele estivesse a poucos centímetros de mim.

Aquele olhar, escuro e cheio de malícia, me observava como se estivesse me desafiando a recuar, a ceder ao poder que ele ainda achava que tinha sobre mim.

— Você acha que me conhece tão bem, não é? — Minha voz soou mais firme do que eu esperava, e isso pareceu o surpreender, mesmo que por um breve segundo. — Acha que, só porque um dia eu te amei, ainda tem algum controle sobre mim?

Ele sorriu de lado, aquele sorriso arrogante que me deixava com raiva e... algo mais, algo que eu odiava admitir. 

Meu coração batia rápido, a mistura de ódio e desejo circulando em minhas veias, e eu lutava para manter a compostura.

— Você tem coragem de falar sobre controle, Hinata? — Ele deu um passo à frente, me encurralando ainda mais contra a parede do elevador,o olhar predatório fixo nos meus. — Eu conheço você melhor do que qualquer um. Sei do que você é capaz, sei o quanto você mudou... mas sei que, no fundo, ainda há algo que você não consegue controlar.

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