32_ Nosso verdadeiro inimigo.

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Sasuke

12 de dezembro de 2018
20:38


Assim que saímos do carro, a noite estava envolta em um silêncio profundo, cortado apenas pelo som distante dos passos de Itachi e obito. O vento soprava suavemente, e a escuridão da rua parecia absorver os detalhes ao nosso redor.

Hinata, ainda um pouco ofegante, lançou um olhar furtivo para a sua casa antes de se voltar para mim. Seu sorriso, que ainda tinha um toque de desafio, se transformou em algo mais sério e fofo.

- Sasuke - ela disse, a voz carregada de uma intensidade que parecia carregar o peso de suas palavras. - Não some. Você prometeu. Se sumir, eu juro que nunca mais olho para você.

A sinceridade em seu olhar era clara, um reflexo da seriedade com que ela tomava essa promessa.

Sua voz tremia levemente, mas havia uma força subjacente que não podia ser ignorada.

Eu dei um sorriso, tentando desviar a tensão do momento com um toque de humor.

- Isso é uma ameaça? -perguntei, a minha voz carregada de uma leve provocação, como se estivesse tentando suavizar a gravidade da situação.

- Sim - ela respondeu, com a voz desafiadora. - Considere como uma. Já que você está no mundo mafioso, eu vou agir como uma.

Sua expressão se tornou ainda mais intensa, como se as palavras fossem um contrato irrevogável. Mas antes que ela pudesse continuar, um som de passos interrompeu a nossa conversa.

Itachi apareceu ao nosso lado, caminhando com a calma e a autoridade que eram tão típicas dele.

Seus olhos escuros brilharam com uma mistura de curiosidade e confusão.

- Que mundo mafioso você está falando? - perguntou ele, a voz carregada de uma dúvida que parecia genuína.

Obito surgiu logo atrás dele, com uma expressão cínica estampada no rosto.

- Que eu saiba -ele disse, sua voz repleta de um sarcasmo sutil - o mundo mafioso vem da Itália, não de Konoha.

Seu tom era desdenhoso, como se estivesse questionando a veracidade do que estava sendo discutido.

Shisui, que havia aparecido ao lado de obito, concordou com um aceno de cabeça.

- Eu concordo com o obito. Mafioso? Isso nunca é a nossa realidade. Não, óbvio que não.

Ele fez uma careta de desdém, como se o conceito de máfia fosse algo absurdo para o contexto deles. O que quase me tirou uma risada.

Eu olhei para Hinata, que estava visivelmente corada, o rosto avermelhado em um tom que contrastava fortemente com o ambiente sombrio ao nosso redor.

O rubor em suas bochechas era um sinal de sua vergonha e embaraço, um reflexo da revelação de momentos íntimos que haviam ocorrido no carro.

- Bem - eu disse, tentando manter o tom leve apesar da tensão crescente, - considerando o que estávamos fazendo lá dentro, é compreensível que eles estivessem aqui fora. E, para ser honesto, eu também tinha acabado me esquecendo desse detalhe.

Hinata desviou o olhar para os meninos, seu rosto se iluminando com um vermelho ainda mais intenso.

A vergonha era palpável, e eu podia ver a luta interna dela para lidar com a situação.

- Eles estavam o tempo todo aqui fora.....- ela murmurou, a voz baixa e quase inaudível, como se tentasse minimizar a situação.

Eu sorri para ela, inclinando o meu corpo para frente, colocando as minhas mãos dentro do bolso.

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