PRÓLOGO

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Oslo, Noruega

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Oslo, Noruega.

12 anos atrás


Quando tinha pouco mais de 4 anos , mamãe me levou para o clínico geral. Desde cedo, sempre preferi brincar sozinha , Perdia-me em um mundo totalmente submerso, organizava meus brinquedos meticulosamente e além disso , era fascinada por padrões.

Era síndrome de Asperger.

Desde a descoberta, meus pais optaram por levar-me a psiquiatras, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para meu desenvolvimento cognitivo e social. Eles estranharam meu comportamento indiferente logo após uma de minhas professoras da escola chamarem sua atenção, comentando que —Haven preferia ficar isolada do resto das crianças e era fissurada em um livro de fantasia qualquer, além de apresentar algumas dificuldades para interagir com outros pequenos da minha idade.

No começo, ficaram preocupados e deixaram passar , mas sempre estavam de olho em minhas ações. Em uma segunda-feira entendiante, fomos ao neurologista e lá, descobrimos a síndrome.

— Olha mamãe, consegui decifrar o quebra-cabeça! — exclamei com um sorriso mínimo em minha face.

Tatiane , minha mãe, logo vira-se para ver a peça montada e sorri amplamente.

— estou muito orgulhosa de você, querida. Suba e vá se arrumar para o jantar.

— Já estou indo mamãe!

Mamãe plantou um beijo em minha testa de forma carinhosa. seu cabelo loiro e liso parecia se mover junto com seu sutil ato,os grandes olhos verdes vidrados em mim enquanto subia as escadas, um degrau de cada vez, com passos cuidadosos.

Empurrei a porta levemente e adentrei ao cômodo, logo, sendo preenchida por um conforto inconfundível. O quarto era meu espaço preferido da casa. As paredes, pintadas de um alegre tom de rosa estavam adornadas de adesivos de fadas que pareciam ganhar vida sob a luz simples do abajur em forma de nuvem feito milimetricamente para mim. Uma cama pequena com uma concha estampada de fadas e borboletas estava encostada na parede oposta a janela. O chão estava coberto por um tapete felpudo branco , sem estampas ,criando um ambiente confortável para brincar. No lado oposto da cama, perto da janela, havia uma pequena mesa repleta de desenhos, lápis e livros coloridos, todos organizados por tamanho e cor.

A luz que infiltrava no quarto, clareava apenas o essencial, graças às cortinas brancas.

Sem muitos rodeios , adentro ao banheiro e livro-me das roupas atuais, fechando a porta do local logo em seguida. Dirijo-me até o box e aciono o chuveiro. A água imediatamente levando meus pensamentos junto com si e fazendo carícias em minha pele nua.

Após alguns minutos de reflexão, desligo o chuveiro, restando apenas um silêncio úmido, enquanto minhas mãos Tateavam a toalha felpuda no cabide. Com movimentos metódicos , sequei o corpo , começando pelos braços e descendo lentamente pelas pernas. Enrolando meu cabelo em outra toalha limpa, ponho roupas apropriadas para esta época do ano: um agasalho de um tom preto, calça branca,minhas botinhas preferidas da mesma cor e por último e não menos importante, a touca.

𝑫𝒆𝒎𝒐𝒏'𝒔 𝑪𝒖𝒓𝒔𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora