Apresentação

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No começo do século — que alguns chamam de início dos anos 2000 —, eu desisti de desenhar as minhas próprias fanfics com heróis Marvel e DC e passei a me dedicar mais a criar os meus próprios personagens heroicos, desenvolvendo não só a sua origem, como também a sua personalidade, uniformes e poderes.

A ideia era, desde o início, apresentá-los individualmente em seus próprios títulos para só mais tarde juntá-los dentro de um universo coeso onde eles pudessem, é claro, interagir entre si. Como a uma "liga", um "esquadrão" ou porque não dizê-lo a uma "legião".

Nesse período, eu coloquei no papel quatro personagens originais distintos. Eles eram brasileiros, jovens — todos na casa entre os dezoito e vinte anos —, estudantes e precisavam conversar com leitores da mesma idade que eles — e da minha própria idade na época!

Além de outros dois caracteres masculinos — que, se tudo der certo, vocês conhecerão em breve —, eu desenvolvi a minha primeira dupla de super-heroínas, a Rosa e a Dália. Elas manipulavam forças místicas, eram amigas desde a infância, possuíam traumas mal curados que as desestabilizavam emocionalmente e eram muito, mas muito poderosas.

Em meados de 2002, eu ainda arriscava fazer as minhas próprias ilustrações com papel e lápis em minha prancheta, e lembro que criei a aparência das duas protagonistas de uma só tacada. Fabiana Ferraz, a Rosa, era ruiva, tinha olhos verdes e usava um traje sem mangas e de calça comprida na cor vermelha.

A Beatriz Diniz, ou Dália, era mais mignon que a amiga curvilínea. Usava duas tranças nos cabelos negros longos, vestia um maiô na cor roxa por sobre a calça justa amarela e botas de cano longo.

Rosa representava a força — capaz de produzir esferas de fogo das mãos —, enquanto a Dália defendia o poder da mente — mais afeita à telecinese e otras cositas más que só alguém com um superpoder místico é capaz de fazer.

O capítulo envolvendo a lembrança da peça de teatro em que ambas as meninas, ainda em sua infância, encenam no colégio uma fábula que dá nome a suas personas heroicas — Rosa e Dália — foi escrito há bem mais de quatorze anos e pegou poeira sem conclusão em meu drive de arquivos por todo esse tempo, sem ter uma chance de ganhar a luz do dia.

Além do ponto inicial da sua origem, eu ainda desenvolvi nessa mesma época toda o plot envolvendo a bruxa peruana que "dava os poderes" às duas. Antes mesmo de pensar em Alina Grigorescu e em seus livros, já havia uma Pietra Del Cuzco e, na minha mente de jovem escritor, ela sempre estivera intimamente ligada aos poderes místicos mais tarde conquistados por Fabi e Bia. Só muito tempo depois é que resolvi ligar a herdeira dos incas também à vampira romena e a sua passagem conturbada pela América do Sul (vista em "Alina e a Ordem do Portal de Fogo").

Quando concluí parcialmente os dois primeiros arcos de origem do Pássaro Noturno — que pertence ao mesmo universo de Rosa e Dália — e consegui introduzir a trilogia de Alina da Valáquia, achei que devia a mim mesmo continuar a história das minhas antigas personagens, voltando, então, a escrever o livro a que vocês têm acesso nesse momento.

Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas é o primeiro de três volumes que irão apresentar os personagens centrais da Legião Nacional, a equipe de super-heróis brasileiros que surge para unificar todos os personagens já criados por mim, Rod Rodman, para o selo Eclipse Books. A história segue a cronologia do universo, se passando exatamente vinte e oito anos após a conclusão da saga de Alina Grigorescu — contada no livro "Alina e a Chave do Infinito" — e apenas um ano após a última aventura de Henrique Harone como o Pássaro Noturno — apresentada em "Pássaro Noturno – Reikon".

Mas, Rodman, eu preciso ler todos os seus livros para entender Rosa & Dália?

Não, jovem padawan. De maneira nenhuma. O livro em suas mãos é totalmente independente das demais publicações, embora esteja intimamente conectado a muitas delas. Aquilo que não for de seu conhecimento sobre o universo místico citado nele não influencia negativamente na leitura, e apenas complementa o tal universo mencionado anteriormente.

Agora, abra a sua mente e prepare-se para mergulhar de cabeça no mundo fantástico de Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas.

Para você que está chegando agora, seja muito bem-vindo. Pegue uma bebida e relaxe. E para aqueles que, porventura, já singraram os mares tortuosos da minha mente outrora, é aquilo de sempre... NAMASTE!

LIVROS ECLIPSE BOOKS EM ORDEM CRONOLÓGICA:

Alina e a Ordem do Portal de Fogo

Alina e o Concílio de Sangue

Alina e a Chave do Infinito

Pássaro Noturno – A Saga da Corporação

Pássaro Noturno – Máquina Brutal

Pássaro Noturno vs. Major Brasil

Ferina e a Geração Suprema

Pássaro Noturno - Reikon

DESCRIÇÃO DA CAPA

Em primeiro plano, as duas protagonistas, Fabiana e Beatriz, aparecem em plano próximo — ombro até a cabeça — olhando para a frente. Fabiana tem cabelos avermelhados, olhos claros e chamas arroxeadas queimam a partir de seu ombro direito, subindo até os seus cabelos. Ela tem uma franja cobrindo a testa e usa uma blusa vermelha de alças finas.

Beatriz está com as palmas das duas mãos segurando a lateral de seu rosto. Tem uma joia ametista presa à testa. Usa blusa de manga comprida na cor azul, quase roxa. Um líquido envolve a sua cabeça, como que controlado por ela telecinéticamente.
Ambas as personagens aparecem rodeadas por um círculo luminoso de cor lilás onde aparecem símbolos rúnicos de feitiçaria.

Abaixo delas, a Cidade Perdida de Machu Picchu aparece vista do alto.

Ao fundo do cenário — um céu negro estrelado — aparece a silhueta de Iolanda Columbus, uma bruxa com olhos de pupilas leitosas, sorriso maligno no rosto caucasiano e um enfeite em formato rúnico preso à testa.

O título do livro "O Despertar das Bruxas" aparece na parte superior da capa em vermelho.  

Rosa e Dália: O Despertar das BruxasOnde histórias criam vida. Descubra agora