PASSEIO - PARTE 2

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DENTRO DA VAN

P.O.V. KAREN

O clima na van estava pesado depois do ocorrido no posto de gasolina. Me senti horrível por ter agido daquela forma com o Patrick. Ele não merecia minha insegurança. Respirei fundo e decidi ir até ele. Téo estava sentado ao lado dele, conversando sobre algo.

KAREN: Téo, sai daqui. Preciso falar com o Patrick.

Téo me olhou surpreso, mas se levantou e foi se sentar em outro lugar. Sentei-me ao lado de Patrick e me virei para ele.

KAREN: Trick, eu quero te pedir desculpa pelo meu comportamento. Eu fiquei com ciúmes e fui cruel.

PATRICK: Ei, tudo bem. Eu entendo como você se sente. Mas não precisa se preocupar, tá tudo bem entre a gente.

Sorri para ele. Estava tão aliviada por ele ter me perdoado.

PATRICK: Você está linda hoje, sabia? (Diz com um sorriso malicioso) Assim como a Camila.

Corava ao ouvir o elogio. Lembrar da Camila me deixava um pouco irritada, mas tentei não demonstrar.

KAREN: Ah, para com isso, Patrick. Você está tentando me provocar?

PATRICK: Talvez um pouquinho. (Ele Ri)

Sim, estava me provocando. Dei um tapa leve em seu braço, respondi:

KAREN: Se continuar com essas provocações, vou ter que te dar um soco de verdade.

  Patrick riu e me puxou para mais perto.

PATRICK: Então me dá logo esse soco.

  Não resisti e o respondi com beijo. Nosso beijo era lento e eu mexia nos cabelos do meu garoto. Nós paramos pela bendita falta de ar. Sorrimos e ficamos juntos o resto da viagem.

P.O.V DIEGO

HORAS DEPOIS.

  A noite havia passado rápido. O ronco suave de Alex e Lívia, incrível que depois de brigar, eles sempre conseguem se resolver. Não sei o que eles tem que conseguem acalmar um ao outro.
O respirar tranquilo de Karen e Patrick, me transmitiam uma sensação de paz. Mas a tranquilidade foi interrompida abruptamente quando a van parou com um solavanco tão forte que todos a bordo foram arremessados para frente. Os olhos se abriram em um piscar de olhos, a adrenalina pulsando nas veias.

ALEX (ainda sonolento): O que foi isso?

LÍVIA (esfregando os olhos): Acho que a gente bateu em alguma coisa.

Levantei-me rapidamente e fui até a janela. A luz da manhã começava a raiar, mas a neblina espessa dificultava a visão. Desci da van e caminhei até a frente junto com o Hélio que estava responsável pela gente. A grade de proteção estava amassada e um dos pneus dianteiros estava furado. Fui até a porta da van onde estavam todos.

DIEGO: Galera, a gente bateu em alguma árvore. O pneu dianteiro esquerdo furou e a grade está amassada.

KAREN: E agora? O que vamos fazer?

PATRICK: Calma, gente. Vamos avaliar a situação. O celular tem sinal? Talvez possamos pedir ajuda.

P.O.V ALEX

NO LADO DE FORA DA VAN

O sol já estava razoavelmente alto quando percebemos a gravidade da situação. O pneu estava furado, a grade amassada e a floresta ao nosso redor era densa e desconhecida. Hélio, com sua experiência de escoteiro, se ofereceu para tentar trocar o pneu. Téo e eu o ajudamos a tirar as ferramentas da van.

Diário de Jovens Insanos (KATRICK)Onde histórias criam vida. Descubra agora