CUIDANDO DA KAKÁ - PARTE 2

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P.O.V. PATRICK

  Saí do elevador e caminhei pelo corredor até a porta do apartamento de Karen. Bati, e logo fui atendido por Lívia, que abriu a porta com um sorriso no rosto.

LÍVIA (surpresa e animada): Patrick! Que bom te ver! Entra!

PATRICK (entrando): Oi, Lívia! Como você está?

LÍVIA: Ah, eu tô bem, sabe tempo meio corrido. (Ela ri)

PATRICK (rindo): Sei como é. E a Karen?

  A expressão no rosto de Lívia mudou imediatamente, e a animação deu lugar a uma preocupação sutil.

LÍVIA: Ah, a Karen... Ela está diferente. Estranha, na verdade. O humor dela está totalmente alterado. Mais raivosa que o normal.

  Meu coração disparou. O que poderia estar acontecendo com Karen? Eu precisava saber mais.

PATRICK (preocupado): Estranha como? O que você quer dizer?

LÍVIA (pensativa): Ela tem estado meio... explosiva. Às vezes, está feliz e, em outras, parece que qualquer coisinha a irrita. É como se houvesse algo a consumindo por dentro.

  Tentei processar as informações enquanto Lívia continuava.

PATRICK (frustrado): Mas por que isso está acontecendo?

LÍVIA (pensativa): Olha, isso pode parecer meio clichê, mas... você já considerou que pode ser TPM?

  A ideia fez sentido, e eu me lembrei de como os altos e baixos emocionais podem ser intensos nesse período.

PATRICK (compreendendo): Pode ser isso, sim. Ela mencionou algo sobre isso recentemente.

LÍVIA (assentindo): Exato. É uma fase difícil para muitas mulheres. Às vezes, só precisamos de um tempo e um pouco de apoio.

  Senti um impulso de querer ajudar Karen, mas não sabia exatamente como.

LÍVIA (sorrindo): Acho que você deve ir até o quarto e falar com ela. Pode ser que, se ela se abrir, você consiga entender melhor o que está acontecendo.

  Olhei para a porta do quarto de Karen, sentindo uma mistura de determinação e nervosismo. Era hora de ver como ela realmente estava e oferecer meu apoio.

PATRICK (decidido): Ok, vou fazer isso. Obrigado, Lívia.

LÍVIA (encorajadora): Boa sorte, Patrick!

  Com o incentivo de Lívia ainda ecoando na minha mente, avancei em direção ao quarto de Karen. A porta estava entreaberta, e eu hesitei por um momento antes de empurrá-la suavemente.

PATRICK (entrando): Oi, Karen. Posso falar com você?

  Ela estava sentada na cama, olhando para o chão. Ao ouvir minha voz, levantou os olhos e, por um instante, parecia surpresa.

KAREN (calma, mas firme): O que você está fazendo aqui? Pode ir embora.

  A resposta me pegou de surpresa. Eu esperava uma reação mais intensa, mas ela parecia contida.

PATRICK (preocupado): O que houve? Você não está bem?

KAREN (evitando olhar nos olhos): Não quero falar sobre isso.

PATRICK (insistindo): Mas você precisa desabafar.

O rosto de Karen se contorceu em um misto de frustração e tristeza.

KAREN (irritada): Eu disse que não quero falar! Por que você não entende?

  A irritação dela aumentou, e senti meu coração acelerar.

Diário de Jovens Insanos (KATRICK)Onde histórias criam vida. Descubra agora