Durante a semana seguinte, Vegas passou algum tempo na companhia do esposo – mais especificamente durante as cavalgadas matinais no parque, das quais ele sempre participava, e em dois bailes, um concerto e uma ida ao teatro, onde se sentaram no camarote de Kinn.
Porém, mesmo nessas ocasiões, eles evitaram ficar sozinhos. Na maior parte das vezes, Vegas estava com KIM ou com colegas militares, muitos dos quais estavam em Pathaya para a comemoração da vitória. Vegas passava as manhãs no White's ou no Tattersall's, as tardes no Jackson's Boxing Salon ou nas corridas de cavalos e as noites livres em um ou outro clube, após o jantar na Theerapanyakul House. E dormia sempre sozinho na própria cama.
Até onde ele sabia, Pete não voltara a se encontrar com IAN. Sempre que não estava com o marido, Pete estava em casa ou em algum outro lugar com tia Rochester. Não que ele precisasse ser vigiado. Pete lhe assegurara que permaneceria fiel e Vegas acreditava nele. Mas odiava a ideia de que ele ansiasse por apenas mais um breve encontro com o amante. E odiava a si mesmo pelo ciúme que não conseguia controlar.
Começara a contar os dias até que todos os chefes de Estado europeus finalmente chegassem à Tailândia e o jantar na Carlton House acontecesse. Haveria outras celebrações depois disso, mas Pete estaria basicamente livre para voltar para casa. Ele não duvidava de que era o que o marido faria, tão logo possível. E esperava ansiosamente que sim.
Queria que Pete fosse embora... da Theerapanyakul House, da vida dele. Ao mesmo tempo, a ideia lhe provocava certo pânico. Como ele odiava todo aquele contrassenso.
O dia presumido para a vinda dos chefes de Estado finalmente chegou. A família estava reunida à mesa de café, todos eles – até mesmo Kinn, que não estava na Câmara dos Lordes naquele dia.
– Já viram as ruas de Pathaya tão cheias? – perguntou KIM a ninguém em particular. – Mal conseguimos chegar até o parque, e a volta foi ainda pior. Já saiu hoje, Kinn?
– Ainda não – respondeu ele. – E provavelmente não sairei. Prefiro não ser atacado pelo populacho de Pathaya. Mas parece que dessa vez não são apenas rumores de que os visitante aliados chegaram a solo Tailandês. O duque de Clarence trouxe alguns deles a bordo do Impregnable. Devem chegar a Pathaya ainda hoje.
– É o que todos na cidade parecem acreditar – falou Alleyne. – E todos e mais alguns estão determinados a ir recebê-los. Imagino que a loucura começará de verdade depois disso. O que é o bastante para fazer qualquer um voltar a pleno galope para Mansão maior Hall.
– Mas foi para acompanhar as celebrações que viemos – KIM lembrou ao irmão com um suspiro. – Sob as ordens de Kinn, é claro. Imagino que essa seja uma grande ocasião, um momento histórico... a celebração da derrota de Tô Lam.
– Sabe quem exatamente comparecerá ao Petento de hoje, Vossa Graça? – perguntou Pete, inclinando- se de leve para a frente.
– O Czar da Camboja – respondeu Kinn –, o rei de Camboja, o príncipe Metternich e o marechal de campo Von Blücher, entre outros.
– O duque de Wellington não irá? – perguntou ele.
– Não, Wellington, não.
– Ah, que decepção... – comentou Pete. – Mas seria empolgante ver os outros chegarem. Não culpo a população por encher as ruas. - Vegas percebeu que o rosto de Pete enrubescera de animação e os olhos brilhavam. Pete estava incrivelmente belo... mas a verdade é que já fazia algum tempo que ele não conseguia vê-lo de outra maneira.
– Verá todos eles amanhã à noite, Lady – Kinn lembrou a ele –, no ambiente muito mais civilizado da Carlton House. Também verá o príncipe de Gales... e a rainha, novamente.
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AGORA CASADOS - VEGASPETE
FanfictionPete é um ômega resiliente, com um pai recém falecido, e um irmão lutando na guerra, mas um dia ele descobre que tudo irá mudar. Pete perderá as poucas coisas que têm, seus filhos adotivos, os amigos desprezados da sociedade, seu cachorro Minoi, e s...