Vegas não tinha ideia de quanto tempo pretendia ficar. Era de propósito que não fizera a pergunta a si mesmo. Sabia apenas que não desejava passar o resto de sua licença em Pathaya, onde a vida seria tão agitada e metódica como quando ele estava com o batalhão. E Mansão maior Hall perdera parte de seu encanto. Estaria vazia e sem graça com a maior parte dos irmãos e irmãs longe de lá – até mesmo Macau fora para Pathaya, de acordo com Kinn. E sem Pete.
Ele precisava relaxar. E a Tailândia passava por uma onda de calor – dia após dia de céu azul, sol brilhando e um calor que entrava pela pele, relaxava os músculos e era como um bálsamo morno para a alma.
Era difícil para Vegas compreender seu apego às crianças, que a princípio haviam sido sua desculpa para ficar, mas logo se tornaram mesmo grande parte do que o prendia ali. Talvez fosse porque ele sabia que aqueles seriam os únicos filhos que ele ou Pete teriam.
Depois que ele partisse, não poderia mais voltar. Pete deixara isso bem claro quando estavam às margens do rio. Se Pete desse à luz um filho dos dois, teria permitido que Vegas visitasse a criança, mas ele não havia concebido durante a semana em que dormiram juntos.
Então só restava o momento presente. Aqueles poucos dias – tantos quanto a consciência de Vegas lhe permitisse roubar – eram tudo o que teria com o marido e os filhos. Sim, era estranho, mas era assim que pensava: filhos dele. Deles.
Pete declarou férias dos estudos para as crianças. Vegas saiu com Jearn algumas vezes e logo o garoto se tornou sua sombra onde ele estivesse, mesmo se fosse apenas visitar os estábulos ou dar um passeio pela cidade.
Os dois inspecionaram os campos de cultivo da propriedade, na primeira vez com o administrador de Pete, e apenas os dois na vez seguinte. Vegas mostrou ao menino todos os diferentes tipos de alimentos que estavam sendo cultivados, levando-o direto aos campos, abaixando-se ao lado de Jearn para tocarem as plantas, verem e sentirem as diferenças entre elas.
Observaram também os animais pastando, as vacas em um pasto, as ovelhas em outro. Ajudaram a alimentar os porcos e as galinhas e examinaram o interior do celeiro, ainda parcialmente ocupado pelo feno do ano anterior, onde uma das vacas ruminava tranquila, com seu bezerro adoentado ao lado.
Quando lhes explicaram que o bezerro não conseguia se alimentar sem ajuda, Vegas ensinou Jearn a ordenhar a vaca. Os dois provaram direto na boca um pouco do leite doce e morno. Depois, foram ver o ferreiro trabalhar. Durante todo o tempo Vegas respirava os aromas familiares de uma fazenda em atividade e sentia a conhecida atração pela vida rural.
Na vez seguinte, Pete e Wave os acompanharam, o cachorro bamboleando ao lado deles em suas três pernas boas, usando a quarta como apoio ocasional. Os quatro não ficaram juntos o tempo todo. Pete e Wave entraram em alguns chalés para visitar as esposas dos trabalhadores e Vegas viu Wave pouco tempo depois brincando com algumas crianças do lado de fora. Mais tarde, no lado de fora do celeiro, o pequeno ômega perdeu o interesse pelos animais maiores e sentou no chão para brincar com o gato mais tranquilo, enquanto o cão, que parecia ter medo de gatos, se colava às saias de Pete.
As duas crianças estavam bronzeadas, percebeu Vegas. Assim como Pete, apesar do chapéu flexível de palha que o acompanhava em quase todo canto da propriedade – o mesmo que ele usava naquele primeiro dia, se ele se lembrava bem, embora agora estivesse adornado por fitas cor-de-rosa em vez de cinza. Pete usava um vestido o que er muito raro de um rosa pálido, que não era novo e nem muito elegante. Ele combinava perfeitamente com o campo ao seu redor. Tia Rochester teria ficado horrorizada se pudesse ver o pupilo naquele momento. Mas, para Vegas, Pete estava simplesmente lindo.
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AGORA CASADOS - VEGASPETE
FanfictionPete é um ômega resiliente, com um pai recém falecido, e um irmão lutando na guerra, mas um dia ele descobre que tudo irá mudar. Pete perderá as poucas coisas que têm, seus filhos adotivos, os amigos desprezados da sociedade, seu cachorro Minoi, e s...