Ele ficou fora por algumas semanas. Longas e interminaveis semanas. Partiu cedo na manhã seguinte à festa do conde de Luff. Na verdade, depois que eles voltaram de sua noite às margens do rio, Vegas apenas mudou de roupa, selou seu cavalo – enquanto seu ordenança sonolento fazia o mesmo com o próprio animal –, beijou Pete e seguiu seu caminho.
Pete não contara a ninguém que o marido planejava voltar, embora tia Mari estivesse triste e as crianças com frequência se mostrassem quietas e apáticas. Não ousara contar. Por mais confiante que estivesse no amor de Vegas e em sua determinação de voltar para ele, não conseguia se livrar do medo de que alguma coisa acontecesse e impedisse a volta dele. Era melhor que mais ninguém soubesse dos planos dos dois.
Pete retomou todas as suas atividades com energia renovada. Passava mais tempo do que nunca com a tia e as crianças. Dedicava-se com gosto aos planos para um casamento grandioso para Thelma – os primeiros proclamas foram lidos dois dias depois de Vegas partir para Pathaya. Serena, tia Mari, a Srta. Drabble e tia Jemima – Pete fora visitá-la – também tomaram parte na organização da festa.
Ned Bateman encontrou os primeiros voluntários para seu projeto, dois recém-chegados das lutas no Camboja – um deles cego de um olho e sem uma das mãos, o outro com uma perna amputada abaixo do joelho, ambos completamente desamparados.
Mas o tempo todo Pete vivia e respirava pensando em Vegas. Mas fazia isso em segredo, sem ousar dividir sua felicidade com ninguém, por medo de acabar destruindo-o.
Ele levara as crianças para cavalgar. Jearn estava determinado a dominar aquela arte, e era desejável, até mesmo necessário, que ele conseguisse. Sam dera algumas aulas ao menino no pátio do estábulo, sob aplausos de Charlie, que assumira os cuidados do pônei de Jearn. Segundo Sam, ele mimava o animal como se fosse o cavalo mais premiado do lugar.
Era a primeira vez que Pete saía para cavalgar com as crianças e Jearn não precisava que alguém guiasse seu pônei. Wave estava acomodado na frente da sela de Pete, embora não estivesse tão distante o dia em que o menino também teria a própria montaria.
Já era meio da tarde quando eles cavalgaram de volta para os estábulos e Sam ajudou Wave a descer do cavalo, enquanto Jearn desmontava sozinho e Charlie examinava ansiosamente o pônei em busca de algum problema.
Pete desmontou, erguendo o olhar para o céu depois de coçar a cabeça de Minoi, que viera encontrá-lo com seu andar bamboleante. Havia nuvens no céu, o que sugeria que aquela duradoura onda de calor poderia finalmente estar chegando ao fim. Mas as nuvens eram altas e não ameaçavam com chuva por enquanto. O dia mais fresco na verdade era muito bem-vindo.
– Cavalos aproximando-se, milady – alertou Sam de repente, inclinando a cabeça para ouvir melhor. Vegas? Pete tentou não contar com que fosse realmente ele, mas correu até o portão com as crianças e viu dois cavaleiros aproximando-se, com mais um seguindo-os a curta distância.
– Tio Vegas! – As palavras saíram dos lábios de Jearn no mesmo instante em que o menino começou a correr. Um dos cavaleiros pegou um atalho pelo gramado e, quando estava próximo, desmontou, rindo, e estendeu os braços para erguer Jearn no ar.
– Tio Vegas! – gritou Jearn novamente. – O senhor voltou. O senhor voltou! - Pete pegou a mão de Wave e os dois correram na direção dos recém-chegados, seu coração parecendo prestes a explodir de alegria.
– Voltei, rapaz – disse Vegas, abraçando Jearn com força antes de colocar o menino alfa no chão. – Como eu poderia ficar longe daqui? Voltei para casa para ficar.
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AGORA CASADOS - VEGASPETE
FanfictionPete é um ômega resiliente, com um pai recém falecido, e um irmão lutando na guerra, mas um dia ele descobre que tudo irá mudar. Pete perderá as poucas coisas que têm, seus filhos adotivos, os amigos desprezados da sociedade, seu cachorro Minoi, e s...