21 - Capítulo

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Na manhã seguinte chegou uma correspondência especial: um convite dirigido ao coronel Theerapanyakul e a Lady Pete Theerapanyakul, da parte da condessa de Luff, chamando-os a uma festa nos jardins de Didcote Park, dali a dois dias.


– Não sinto vontade de ir – falou Pete, após ler o convite em voz alta para a tia e para Vegas quando estavam todos na mesa do café.

– Ah, mas você deve ir – disse a tia, cruzando as mãos no colo. – É a primeira vez que é convidado. Serena ficará encantada... Você sabe que ela jurou não ir a menos que você também estivesse lá, meu amor. - Vegas olhou para Pete e ergueu as sobrancelhas, como se não compreendesse.

– É um Petento anual – explicou Pete. – Muito exclusivo. Apenas as melhores famílias são convidadas. Os Saengtham nunca estiveram na lista. Agora, é claro, sou um Theerapanyakul e, sem dúvida, respeitável.

– E você foi apresentado à rainha – acrescentou a tia.

– Sim, isso também. – Os olhos de Pete cintilaram, com uma expressão divertida. – Ano passado eu não era boa o bastante, mas este ano sou. Não irei.

– Perdão – falou Vegas. – Esse convite também me inclui, não? E se eu desejar comparecer? - Pete fez uma careta.

– Você não iria desejar. Iria?

– A questão é, Pete – argumentou ele –, que você viverá em Saengthan's pelo resto de sua vida. Todos os seus vizinhos parecem ser também seus amigos... exceto Luff e a condessa, até agora. Por que não ficar em bons termos com eles também, se estiver a seu alcance?

– O convite chegou tão tarde que é quase indecoroso – reclamou ele. – Os outros convites foram mandados há muito tempo. É claro, você esteve em Didcote Park, e o duque Kinn em pessoa apareceu nos salões de reunião da cidade. De repente, não sou mais uma pária.

– Está sendo amargo? – perguntou Vegas.

– Não, é claro que não. – Ele riu para ele.

– Então prove – provocou ele. – Aceite o convite... por nós dois. - A Sra. Pritchard ainda mantinha as mãos cruzadas no colo.

– Isso mesmo, coronel – incentivou. – Instile bom senso na cabecinha dele. Quero saber tudo, desde os menores detalhes, quando você voltar para casa. E uma festa no jardim é sempre tão romântica, com todos os tipos de arbustos, bosques e grutas nos quais a pessoa pode desaparecer... Acompanhado, é claro.

– Por que nós iríamos querer fazer isso – perguntou Pete, embora Vegas notasse com interesse que a esposa havia enrubescido –, se estaríamos lá pelo Petento social?

Estaremos – corrigiu Vegas.


Ele prometera a Jearn que jogariam críquete ao ar livre aquela manhã se o tempo estivesse bom... e estava. Eles posicionariam as metas sobre o gramado, dissera Vegas, e ele ensinaria ao garoto os rudimentos do jogo, para que pudesse jogar e se divertir. Mais tarde, ele daria uma aula de equitação a Jearn no pátio atrás dos estábulos, pois descobrira que o menino ainda não aprendera a montar. Por isso pediu licença e saiu da mesa.

Vegas tivera uma noite de sono inquieto. Ficara tempo de mais ali. Bem, talvez não sob certo ponto de vista. Ajudara a tranquilizar as crianças após a perturbadora experiência de serem levadas para uma nova casa pelo oficial da região. E ajudara a garantir que tivessem algumas experiências prazerosas no verão, que experimentassem uma sensação de família, de estabilidade. Ele se redimira aos olhos de Pete, esperava, depois de seu comportamento muitas vezes arrogante em Pathaya.

AGORA CASADOS - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora