Polin por amor

angústia

A atmosfera na casa Bridgerton era tensa, pesada com o peso da preocupação e do medo. Os minutos pareciam se arrastar, transformando-se em horas intermináveis desde o desaparecimento de Penélope. Na sala principal, todos estavam reunidos, as expressões variando entre ansiedade e desespero.

Portia Featherington andava de um lado para o outro, as mãos retorcendo o lenço que carregava, incapaz de esconder o pavor que a consumia.

Portia — Oh, minha pobre Penélope! — ela exclamou, sua voz carregada de angústia. — Onde ela pode estar? O que pode ter acontecido com ela? Ela nunca desapareceria assim, sem avisar a ninguém!

Violet Bridgerton, sentada em uma cadeira próxima, tentava manter uma fachada de calma, mas o leve tremor em suas mãos traía sua inquietação.

Violet  — Portia, — disse Violet em um tom suave, tentando acalmar a amiga. — Tenho certeza de que Penélope estará bem. Ela é uma jovem forte e sensata. Talvez tenha apenas se perdido em seus pensamentos e se distraído, mas logo a encontraremos.

Apesar das palavras reconfortantes, o nervosismo era evidente em seus olhos, e ela apertou as mãos sobre o colo, rezando em silêncio para que estivesse certa.

Eloise, que estava sentada no braço de uma poltrona, não conseguia se conter. Ela começou a falar rapidamente, sua mente correndo com todas as possibilidades aterrorizantes.

Eloise — E se ela foi sequestrada? — perguntou Eloise, os olhos arregalados. — Ou... ou sofreu um acidente? Ou, pior ainda, foi vítima de algum mal-intencionado? Oh, os perigos que ela poderia estar enfrentando agora! Devemos agir imediatamente, não podemos perder mais tempo!

Kate, que estava ao lado de Anthony, colocou a mão no ombro de Eloise, tentando acalmá-la.

Kate — Eloise, precisamos manter a calma. Precisamos ser racionais agora. Se nos deixarmos levar pelo pânico, não conseguiremos pensar claramente para encontrá-la.

Anthony, apesar de compartilhar da mesma preocupação, sabia que precisava ser o pilar de estabilidade naquela situação. Ele respirou fundo antes de falar, sua voz firme e autoritária, mas carregada de preocupação.

Anthony — Temos que agir com rapidez, mas sem causar alarde. A última coisa que precisamos agora é de um escândalo que atrairá os olhos de toda a sociedade para nós, — disse Anthony. Ele se voltou para os empregados, que aguardavam suas ordens. — Quero que vocês procurem por toda a cidade, discretamente. Façam perguntas, verifiquem as áreas próximas à casa dos Featherington, e nos arredores de onde Penélope foi vista pela última vez. Sejam rápidos, mas não levantem suspeitas. E mantenham-me informado de qualquer novidade.

Os empregados assentiram e saíram rapidamente para cumprir suas ordens.

Enquanto isso, Colin estava parado próximo à janela, olhando fixamente para fora, como se esperasse ver Penélope surgir a qualquer momento. Mas a angústia em seu rosto era evidente, e ele apertava os punhos com força, lutando contra a sensação de impotência.

Colin — Onde ela pode estar? — Colin murmurou para si mesmo, mas alto o suficiente para que todos na sala o ouvissem. — O que pode ter acontecido com ela? Ela é minha noiva, e eu deveria protegê-la... Mas... agora... — Ele fechou os olhos, tentando afastar as imagens de todos os perigos que Penélope poderia estar enfrentando naquele exato momento.

Violet se levantou e foi até ele, colocando uma mão gentil em seu braço.

Violet — Nós a encontraremos, Colin. Penélope estará bem. Devemos ter esperança, — disse ela, tentando transmitir um pouco de força ao filho.

Portia parou de andar e olhou para Violet, o medo em seus olhos sendo substituído por uma determinação desesperada.

Portia — Não podemos perder a esperança, — disse Portia, sua voz trêmula. — Minha Penélope é tudo para mim... precisamos trazê-la de volta, Violet... precisamos.