Na manhã seguinte, Eloise aguardava na sala de chá, onde tudo estava meticulosamente arrumado. O aroma sutil das flores frescas que enfeitavam a mesa se misturava com o leve perfume do chá, criando uma atmosfera delicada e acolhedora. Eloise, no entanto, estava inquieta. Seus olhos varriam o ambiente, e suas mãos se apertavam de leve no colo. Ela sabia que precisava manter a calma, mas a ideia de enfrentar Cressida Cowper, uma das responsáveis pelo sofrimento de sua melhor amiga, fazia seu coração bater mais rápido.
Finalmente, a porta da sala de chá se abriu, e Cressida entrou com um sorriso afável, seus passos elegantes ecoando no piso de madeira polida. Vestida impecavelmente, ela se aproximou de Eloise com uma expressão de falsa preocupação que quase fez Eloise revirar os olhos, mas ela se conteve.
Cressida — Eloise, minha querida! — exclamou, aproximando-se com braços abertos. — Como você está? Tenho pensado tanto em você e em Penelope.
Eloise sorriu, forçando uma expressão de gratidão.
Eloise — Cressida, você tem sido tão amável, oferecendo conforto em um momento tão difícil. Pensei que seria bom nos reunirmos para uma tarde de chá. — Sua voz soava suave, quase vulnerável.
Cressida assentiu, parecendo genuinamente tocada.
Cressida — Que gentil da sua parte, Eloise. Como estão as buscas? Alguma notícia?
Ao ouvir a pergunta, Eloise deixou escapar um suspiro trêmulo, forçando seus olhos a se encherem de lágrimas. Com um leve tremor na voz, ela respondeu:
Eloise — Ainda nada, Cressida. Não conseguimos encontrar nenhuma pista sobre o paradeiro de Penelope... — Ela levou a mão ao rosto, como se estivesse segurando as lágrimas. — Mas a família está disposta a pagar qualquer quantia que o sequestrador pedir.
Cressida observou Eloise por um momento, e um brilho sutil de ganância passou por seus olhos. Ela rapidamente o escondeu com um sorriso reconfortante.
Cressida — Tenho certeza de que Penelope estará de volta em breve, Eloise. É bom saber que sua família está disposta a fazer o que for preciso — respondeu Cressida, com uma voz suave, mas seus pensamentos estavam claramente focados no dinheiro que poderia extorquir.
Eloise notou o brilho nos olhos de Cressida e soube que sua atuação estava funcionando. Mesmo assim, manteve sua expressão triste e ansiosa.
Eloise — Você é muito gentil, Cressida. — Eloise abaixou o olhar, como se estivesse lutando contra a tristeza. — Gostaria tanto que Penelope estivesse aqui conosco.
Cressida deu um leve toque no ombro de Eloise, um gesto que parecia mais teatral do que sincero.
Cressida — Tenho certeza de que ela estará logo, querida. Mas agora, preciso ir. Esta noite, vou visitar uma tia que mora fora da cidade. Ela está muito doente e preciso ir vê-la — disse Cressida, colocando uma máscara de preocupação em seu rosto.
Eloise levantou o olhar, fingindo interesse.
Eloise — Oh, sinto muito por sua tia. Onde ela mora? Talvez possa ajudar em algo.
Cressida, surpresa pela curiosidade de Eloise, manteve o controle e sorriu de forma reconfortante.
Cressida — Ela mora distante de Londres, em uma pequena vila. Vou sair de madrugada para chegar lá durante o dia, e espero poder confortá-la — explicou, como se estivesse de fato preocupada com a tal tia.
Eloise assentiu lentamente, mantendo seu disfarce impecável.
Eloise — Desejo que sua tia melhore logo, Cressida. E por favor, me avise se precisar de qualquer coisa — disse Eloise, com um tom de voz suave.

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Polin por amor
Fanfictionserão postados dois capítulos por semana ( mas posso postar um pouco mais) espero muito que vocês gostem e é uma fanfic + 18 viu...