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Soldado...
🤬💥

Maratona 1/3

Tirei a Laura dessa confusão e levei ela pro postinho aqui do morro.

Mina perdeu mó sangue parça, tava até ficando com os lábios roxo já de fraqueza.

Ela entrou e eu fiquei cá fora encostado no carro queimando um baseado.

Nem tirei o colete parceiro, vim pra cá do jeitinho que sai de lá.

Russo: cadê ela?- encosta do meu lado puxando a bermuda pra cima.

-Lá dentro pá tirar a bala do braço. - falo apertando os olhos puxando a fumaça pra dentro.

Russo: que pepino em irmão - ele comenta olhando pra dentro do postinho com um olhar sério.

-Eu coloquei ela nessa, então eu fui resolver.-digo despreocupado.

Parça do que adianta falar do que já passou? Nada.

Ficou no passado, aconteceu o que aconteceu mais já era mano, não gosto de ficar emendando conversa nem falando do que passou.

Agora a meta é fazer o cuzão lá falar quem é o irmão dele, daí nós ver o que faz.

Sueli também vai ter o dela, vadia do caralho.

-preciso que tu faça uma parada pra mim. - encaro ele nos olhos.

Russo: o que? Manda aí .

-vai atrás da Sueli, trás aquela porra pra mim.

Russo: sabe que ela não vai facilitar - fala me olhando sério, engulo a saliva e cruzo os braços olhando mais uma vez pra frente quebrando o contato visual com ele.

-se ela ficar de gracinha tu coloca ela no lugar dela, pode descer a mão parceiro sem dó. - ele assente esfregando as mãos uma na outra.

Russo nunca foi com a cara da Sueli, sempre foi contra nosso relacionamento.

Aquela lá é uma vadia de primeira, mas se faz de boa mulher.

Conheço a cobra que eu criei.

Só não larguei ela a mais tempo porque fui preso e também por conta do Igor, não podia mandar a mina pra rua com meu filho né, seria mancada, o moleque não tem culpa da mãe vagabunda que ele tem.

Russo: tem tempo que a Sueli tá precisando de uma esfrega, só não fiz nada com ela pq tu não deu ordem.

-Tô ligado mais é isso mermo, nunca mais ela vai fazer graça.

Bato meus olhos na preta vindo lá de dentro do postinho com a carinha fechada, ela amarrou o cabelo no alto e continua linda parceiro, ela se aproxima e eu ajeito a postura.

-eai como foi lá?- ela da de ombros antes de responder.

Laura: tranquilo.

Russo: pronta pra outra pretinha - ele rir e eu encaro ele serinho.

Laura: você tá de bom humor comigo, o que aconteceu?- ela pergunta arqueando a sobrancelha.

Também não tô entendendo o russo, ou ele tá querendo alguma coisa ou tá interessado nela, as duas coisas não me agrada nem um pouco.

Russo: Pode nem ser legal mais? - ela da de ombros.

Laura: pode, só é estranho.

-bora pra casa ver tua cria ?- pego no braço dela olhando pra faixa.

Laura: eu quero te falar um negócio, essa mulher aí, Sueli .

-o que tem?

Laura: ela andou falando umas coisas pra mim quando eu fui na lanchonete mais uma colega.

-o que aquela maluca te disse ?- cruzo os braços separando as pernas.

Laura: pra mim ficar longe de você, porque você é dela. - dou uma gargalhada.

-dela o caralho.

Laura: eu também achei isso bastante ridículo, mas ela também disse que alguém me viu entrando na sua casa e me ameaçou perguntando o que o delegado ia achar de saber que eu tô dando pra você. - continuo sério com os braços cruzados, ajeito a arma na cintura e engulo a saliva.

Puta que pariu.

-relaxa pow, ninguém tem nada haver com sua vida, Sueli vai ter o que merece.

Laura: tá, agora eu quero ir ver minha filha. - ela passa por mim e entra no carro, descruzo os braços e ajeito o boné na cabeça.

Russo: fé aí, vou ver se acho ela. - eu me viro por cima do ombro e bato meus olhos nele, apenas concordo e entro no carro pra levar a Dra pra ver a filha dela.

soldado do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora