Elliot lockart 20

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Foi uma das primeiras vezes que fiquei tão assustado, as únicas coisas que me assustaram antes foram o fato de saber que perderia a minha mãe

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Foi uma das primeiras vezes que fiquei tão assustado, as únicas coisas que me assustaram antes foram o fato de saber que perderia a minha mãe. A morte da Vitória me fez ficar mais alerta, tenho medo pelo meu irmão e pela Amy, não sabemos se isso foi uma coincidência ou se essas coisas vão começar a acontecer aqui em Saler Viw.

Saler Viw não é a melhor cidade do mundo, mas também não é a pior. Nunca aconteceram coisas assim aqui antes, a única coisa que sabíamos era que existia um louco na floresta, mas isso é praticamente uma lenda para todo mundo.

Amy passou dias no quarto chorando, ela não queria levantar para nada, eu precisei levar comida para ela, implorar para ela levantar e ir tomar banho, a Vitória não era próxima dela, mas mesmo assim ela ficou desolada com tudo isso. Só hoje decidimos voltar para a faculdade, na verdade, ninguém estava indo, não tínhamos estômago para voltar para o lugar onde Vitória andava, é como se ela tivesse virado uma assombração.

Depois de pronto, nós três descemos para tomar café antes de sair, pegamos Carson e Ashley cantando e dançando na cozinha enquanto faziam panquecas. Eles vivem nos seus próprios mundos, como se o resto não existisse. Ashley não parou para perguntar se a filha estava bem, ou se ela queria comer, Amy passou dias presa no quarto e ela não fez porra nenhuma.

Sentamos na mesa, eles colocaram pratos para a gente sorrindo, estávamos boquiabertos com aquela situação, olhávamos um para o outro tentando entender, mas nenhum de nós foi capaz de falar nada, apenas comemos nossas panquecas e saímos, sem acreditar.

— Sinceramente, eu não entendo em que mundo esses dois estão vivendo, porque não é possível que seja o mesmo que o nosso — falei.

— Pode ser que eles estejam tentando pensar positivo de alguma forma — falou Amy.

— Para de defender eles, Amy, você sabe que eles estão sendo idiotas — respondi.

Também queria falar que a mãe dela não dá a mínima para ela, mas não fui capaz de falar isso sabendo no estado em que ela está. Deixei Ethan na escola e avisei para ele não matar aula, se não eu acabo com a sua raça.

Chegamos à universidade, o clima estava meio pesado, Daxton estava aqui, não sei por que, ele veio em direção à Amy e deu um abraço nela de surpresa, meu sangue ferveu.

— Amy, te mandei mensagens e você não me respondeu, eu estava preocupado com você — ele disse.

— Me desculpe, Dax, eu nem toquei no celular esses dias — ela respondeu.

— Não se preocupe, eu cuidei bem da minha irmãzinha — falei, sendo irônico.

Ele não me deu atenção, segurou na mão da Amy e continuou falando.

— Vou trabalhar aqui na universidade como assistente de secretaria, quero ser seu amigo, Amy, como eu disse antes, pode contar comigo sempre.

Filho da puta, não acredito que vou ter que aguentar a cara lavada desse idiota todos os dias, que merda eu fiz para merecer isso.

— Estou feliz por você, vou para a aula agora — ela respondeu e saiu.

Enquanto ela saia, Dax a fitava fixamente, seus olhos estavam a devorando, então eu fui para frente dele irritado e disse enquanto segurava na gola da sua roupa.

— Olha para a porra da minha garota assim de novo e eu acabo com sua raça. Você só está vivo por causa dela, porque ela acha que você é um cara legal, mas você não me engana, caralho, eu te mato, filho da puta.

Ele me olhava bravo, puxou a gola dele da minha mão e saiu com um sorrisinho debochado. Esse lado dele ele não mostra para ela. Quando ela está por perto, seus olhos mudam para os de um homem carinhoso, mas quando ela sai, seu olhar frio se sobressai completamente.

Eu não assisti à aula, fiquei do lado de fora esperando Amy sair com as amigas, então escutei uns garotos conversando sobre uma festa que irá rolar na cabana abandonada, a mesma que foi cercada pela polícia e disseram para ninguém nunca mais voltar.

— Vai ser tipo uma festa de assombração, vamos todos de máscaras para celebrar a assombração da Vitória que está vagando pela floresta — disse um deles.

— Amanhã à noite, então, todos estarão lá até o filho do padre — o outro respondeu.

É sério que vão fazer isso? E que porra de filho de padre esse garoto é, não posso acreditar que isso seja verdade. Elijah e Liam saíram conversando, empolgados.

— Está sabendo da festa? — Elijah perguntou.

— Acabei de escutar um pessoal falando, eu acho isso uma loucura.

— Vamos, cara, podemos ir com a nossa roupa do ritual da floresta, já se passaram dias do acontecimento, sei que foi assombroso, mas não podemos parar de viver — Liam disse.

— Eu concordo, já ficamos presos no quarto por dias, temos que seguir as nossas vidas, somos jovens, temos que curtir — Elijah falou.

— Mas e a sua irmã Liam, vai deixar ela sozinha? Não posso deixar Amy e Ethan em casa também, aquele casal de idiotas que vivem com a gente é mesma coisa que nada — respondi.

— Eles podem ficar lá em casa, com a minha mãe e irmã, mas talvez Amy vá, até porque provavelmente Avni vai — Elijah disse.

— Vocês só inventam merda, que raiva eu vou então — respondi.

Tomara que Amy não vá nessa porra, vai rolar droga e, os caralho, ainda vão fantasiados e vamos invadir um local fechado pela polícia. Amy saiu conversando com o cretino, ele está me testando, não é possível.

— Aparece lá, você vai distrair sua mente um pouco — Daxton disse a Amy.

— Não acho uma boa ideia — ela respondeu.

De que porra esse cara está falando? Amy foi na frente me esperando no carro. Eu entrei sem falar nada, queria ver se ela me contaria sobre o que conversavam, mas ela ficou em silêncio durante todo o trajeto, buscamos Ethan e ela nada. Quando chegamos no quarto, eu não consegui me segurar.

— De que porra ele estava falando e por que você não me contou? — me aproximei, puxando seu queixo para cima.

— Me solta, ele me chamou para uma festa na cabana abandonada, mas eu disse que não, o que vão fazer é muito errado.

Soltei seu queixo.

— Esse cara não presta, já falei para você.

— Para de se meter na minha vida, você continua com isso, você já conseguiu o que queria, tirou o meu bem mais precioso, a minha virgindade.

— Eu não tirei, eu peguei o que é meu — respondi.

— Eu não sou sua — ela respondeu.

— Na hora que estava me dando sua boceta, não era isso que você falava.

— Aquilo foi um erro, eu quero me casar, ter filhos e você sabe disso.

— Você já está casada, Amy, está selada a mim, caralho, cada parte do seu corpo pertence a mim e eu vou adentrar na sua boceta até que você recite isso como poesia — falei e mordi seus lábios.

Não sei que está passando na cabeça dela, ficou tanto tempo presa nesse quarto que está querendo me provocar, me fazer cometer loucuras. Se eu ver aquele cara perto dela, eu vou socá-lo até parar de respirar e ela vai estar ferrada.

— Eu pensei muito nesses últimos dias, a vida é muito curta, Elliot, a gente pode morrer a qualquer momento, eu quero escolher o homem que vai ser meu marido.

— Vou tirar essas porras da sua cabeça, seu homem sou eu, você quer um pau, eu te dou— Fui até o seu ouvido, puxei seu cabelo bem forte e disse. — Escutei bem, Amy, já disse que te estraçalho se ficar com outro homem, eu sou a porra do cara que vai te foder todos os dias e você não tem outra opção sem ser eu.

Seus olhos me olhavam fixamente, seu quadril estava pressionado no meu pau. Então, ela me empurrou e me deu um belo soco no peito.

— Eu te odeio, Elliot, você não quer deixar com que eu viva a minha vida — ela disse, saindo para o banheiro.

— RELAXA, É RECÍPROCO — gritei. — A porra da sua vida sou eu — falei.

*
Estou verificando a casa antes de sair para a festa, verifiquei o quarto da Amy e ela estava lá deitada na cama. Queria levá-la para a casa do Elijah, mas ela não quis ir de jeito nenhum. Carson e Ashley estão em casa, espero que eles sirvam de alguma coisa. Deixei Ethan na casa do Elijah e saímos para a casinha que tem no cemitério, lá estão as nossas roupas do ritual. Coloquei minha máscara preta com caveira vermelha, minha jaqueta de capuz, os tacos de baseball ainda estavam sujos de sangue falso por causa da última brincadeira que fizemos com a Amy.

Então saímos os três fantasiados. Chegamos na floresta e tinha uma faixa da polícia escrita "proibida a entrada" pulamos ela e entramos. Andamos pela pequena estrada que vai até a casa abandonada. Chegamos, tem muita gente, muitas pessoas fantasiadas de várias coisas, roupas sexy, roupas de filmes de terror, máscaras, meninas andando de lingerie. Mas sabe o que mais chamou a minha atenção? Foi ver a porra da Amy fantasiada de freira do lado do Daxton, vestido de padre.

— Que porra ela está fazendo aqui? — falei puto.

— Parece que você não está sabendo domar a sua garota — Elijah falou rindo.

Ela me olhou seriamente, me reconhecendo nos trajes que ela já me viu usando, minha mão estava fervendo, minha vontade é de tacar o taco na cabeça desse cara, não posso nem tragar uma porra de cigarro porque estou de máscara.

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Meu inimigo é o filho do meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora