Amy Grace 23

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O que foi aquela noite louca com ele? Ainda estou sem reação, me sinto muito mal pelo Dax, mas a noite que tive com o Elliot foi a melhor da minha vida

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O que foi aquela noite louca com ele? Ainda estou sem reação, me sinto muito mal pelo Dax, mas a noite que tive com o Elliot foi a melhor da minha vida. É estranho pensar desse jeito agora, eu ainda o odeio, ou estou tentando manter essa ideia de pé na minha cabeça, já que eu sei que o Elliot nunca irá amar alguém de verdade.

Ele passou na farmácia e comprou uma pílula do dia seguinte, ainda não tomei, vou ao ginecologista primeiro para conversar com ele e tentar descobrir o melhor anticoncepcional para eu não engravidar. Elliot ficou me esperando no carro, eu entrei sozinha, envergonhada, minha mãe nunca me trouxe aqui, então eu ainda nem sei o que falar com o médico.

— Olá, eu tenho uma consulta agora — falei com a recepcionista.

— Pode entrar, a ginecologista está te esperando.

Eu entrei, ela estava lá me olhando, eu me sentei envergonhada, com um sorrisinho de lado.

— Pode me falar o que está acontecendo — ela disse.

— Eu só queria uma indicação de anticoncepcional.

— Quando foi sua última menstruação? — ela perguntou.

Peguei meu celular e olhei o calendário. Eu costumo  guardar as datas das minhas menstruações, depois que olhei as datas, percebi que era para minha menstruação ter descido semana passada.

— Estranho, já era para ter decido — respondi.

— Você tem relações com alguém?

— Eu tive sim, mas ele me deu pílula do dia seguinte na primeira vez que ficamos — respondi envergonhada.

— Vamos fazer um ultrassom, pode ser que você esteja com algum cisto, algo que pode estar alterando seu ciclo menstrual.

Eu deitei na maca, ela passou algo gelado na minha barriga e ficou olhando para a televisão, ela apertava, passava do mesmo lado várias vezes.

— Acho que não estou enganada, pelo que vejo, você está grávida de mais ou menos duas semanas.

Minhas pernas tremeram, eu fiquei assustada porque  tomei o remédio.

— Mas eu tomei o medicamento — falei.

— Pelo visto, ele falhou — ela respondeu.

Eu saí da sala boquiaberta, assustada, como o Elliot vai reagir a tudo isso? Ele estava do lado de fora do carro me esperando, veio em minha direção.

— O que houve, que cara é essa? — ele perguntou.

— A ginecologista disse que estou grávida de duas semanas.

Ele arregalou os olhos, seus ombros ficaram tensos, mas logo depois ele se abaixou e passou a mão na minha barriga.

— É sério? É verdade? — ele perguntava incrédulo.

— Sim.

— Então, vamos voltar lá, eu quero ver o bebê.

Ele me puxou pela mão dizendo que queria falar com a doutora, por sorte ela deixou a gente voltar, então eu deitei de novo na maca enquanto a doutora mostrava para ele o pequeno bebezinho que estava crescendo em minha barriga. Seus olhos não saíam da televisão nem por um minuto. Quando saímos da clinica, ele abaixou até a minha barriga e a beijou.

— Eu vou cuidar muito bem de você, pequenino.

Eu fiquei arrepiada, não sabia que ele reagiria dessa forma. Estou aliviada em saber que não vou cuidar do meu filho sozinha.

— Você está feliz? — perguntei.

— Não era para isso acontecer agora, mas não importa, eu vou dar a minha vida por esse bebê, pelo nosso filho. Eu sempre fui um idiota, mas por você eu irei mudar, você trouxe de volta à minha vida a esperança que tinha perdido há muito tempo — ele falava enquanto beijava minha barriga.

— Eu acho que ele não está te escutando — falei com um sorriso bobo.

— Um dia ele vai.

— Você promete? Promete que vai ser cara um melhor? — perguntou.

Ele se levantou, olhou nos meus olhos e disse:

— Pelo nosso filho, eu faço qualquer coisa, eu sentia que não tinha mais nada, mas ele me devolveu alguma coisa. Vou marcar nosso casamento no ritual da floresta hoje mesmo com os garotos.

Voltamos para casa, liguei para a Avni e chamei para essa festa louca que vamos fazer para celebrar nossa conexão. Também contei a ela que estou grávida e disse para não contar a ninguém. Também chamei Morgan, ficamos mais próximas depois do que aconteceu com a Vitória. Quando chegou a noite, Elliot voltou para casa.

— Vamos contar aos nossos pais sobre isso? — perguntei.

— Não, agora ainda é muito cedo, vem comigo — ele falou.

Ele me levou pela mão até o carro, então chegamos na floresta, deixamos o carro na estrada e fomos andando até o local. Ele me levava com os olhos tapados pelas suas mãos gigantes. Quando cheguei, me deparei com uma fogueira no meio enorme, as grandes árvores dos lados estavam todas enfeitadas, luzes coloridas por todos os lados. Morgan estava com um vestido curto preto e Avni usava um igual, como se elas fossem madrinhas. Os meninos estavam usando smoking preto e com aquelas máscaras doidas.

— Parabéns pelo filho de vocês — eles gritaram.

Também tinha uma mesa de madeira preta com várias coisas gostosas, bebidas, doces. Meus olhos se encheram de lágrimas. Então, os meninos levaram o Elliot e as meninas me levaram para detrás de uma grande árvore e me deram um lindo vestido preto longo rodado, como se fosse de noiva. As mangas de renda com pedrinhas pretas iam até a minha mão, elas colocaram também um véu preto em minha cabeça, soltaram meu cabelo, me entregaram um lindo buquê de rosas pretas e mandaram voltar.

Elliot estava parado  no meio dos meninos com um lindo terno preto, usando sua máscara vermelha. Ele me pegou pela mão e me levou até os meninos.

— Você está linda. Eles são tipo os nossos padres — ele falou, rindo e apontando para os meninos.

— Eu estou amando tudo isso, Elliot.

Então fomos até os meninos e eles começaram a falar um monde coisa, falaram para a gente parar de brigar e começar a se gostar de verdade.
— Podem fazer os votos de vocês — disse Liam.

— Eu não preparei nada — respondi.

— Não se preocupe — ele respondeu e continuou. — Amy Grace, eu sou perverso, ruim para um caralho, mas admita, sou bom de cama — todo mundo riu. — Mas depois de hoje, ter descoberto que tem parte de mim vivendo dentro de você me fez parar de querer ser um babaca, eu quero cuidar de você e do nosso filho, vou deixar todas as nossas desavenças para trás e me tornar um cara melhor, aquilo que você sempre me pediu.

— Elliot, eu também estou disposta a esquecer tudo o que aconteceu, eu também fiz coisas que eram somente para te irritar, eu quero que a gente esqueça tudo isso porque agora não somos só nós dois, somos três.

Então, os meninos deram uma faca para ele, ele fez um pequeno corte no seu polegar, depois pegou a minha mão e fez um pequeno corte no meu, nossos dedos estavam sangrando, então a gente juntou os polegares, deixando nosso sangue escorregar juntos. Ele beijou a minha testa e desceu até a minha boca, me dando um beijo leve e carinhoso.

— Você aceita transformar esse ódio em amor comigo? — ele perguntou.

— Eu aceito sim — respondi.

— Que vivam felizes para sempre — Elijah e Liam responderam rindo.

— Gente, vocês são muito loucos, essa é a amizade mais obscura que já fiz — Morgan falou rindo.

— Menina, você acredita que eu já até me acostumei? — Avni respondeu.

Nós comemos, colocamos música, dançamos bastante, depois ele me pegou no colo pronto para me levar.

— Agora vamos para a nossa lua de mel — ele falou.

— Amy, amanhã de manhã vamos sair e você vai contar tudinho em — Avni falou.

— Ok, amiga — respondi.

Voltamos para a nossa casa, Elliot me levou até o nosso quarto, era meu, agora é de nós dois. Deitamos na cama, ele tirou o meu vestido. Eu estava pronta para ele se ele me quisesse aquela noite, mas não, ele não queria transar. Ele deitou com a sua cabeça do lado da minha barriga e ficou lá, alisando-a  e falando com o nosso bebê o tempo inteiro. Minhas mãos acariciavam seu cabelo, enquanto eu escutava as melhores palavras que já saíram da sua boca. Nossa noite de "lua de mel" foi assim, e sinto que essa foi a melhor noite que já passei com ele.

*
Eu estava com Avni e Morgan sentada na praça, estávamos conversando sobre os garotos, não sabia que Avni gostava tanto do Liam, já Morgan falava do quanto odiava o Elijah e que ele era um babaca. Há dois dias, eu também estava assim com o Elliot. Eu estava sentada, passando a mão na minha barriga e pensando no quanto aquele bebê estava me trazendo alegria.

— Olha, sorvete, eu quero, vamos lá comprar — disse Avni.

— Eu não quero, estou cuidando da minha saúde por causa do bebê. Podem ir lá, vocês, vou ficar aqui sentada.

Então elas foram até a calçada do outro lado da rua para comprar o sorvete, a fila estava grande. Olho para o lado e vejo Dax vindo com uma muleta, mancando, coitado.

— Oi, Amy, queria falar com você rapidinho.

— Pode falar, primeiramente quero me desculpar pelo que Elliot fez e pelo que eu fiz também.

— Você não tem nada para se desculpar, queria conversar com você em um lugar mais silencioso, a praça está lotada — ele disse.

— Não acho que seja uma boa ideia — respondi.

— Olha como eu estou, prometo que será rápido, vai ser a última vez que falo com você.

Fiquei com pena dele e decidi escutá-lo, então me levantei e fomos andando conversando sobre as coisas que aconteceram. Contei a ele que estava me vingando do Elliot e que, por minha culpa, ele acabou se machucando. Estávamos no bosque, o dia estava lindo, com lindos pássaros cantando, olho para o chão e vejo a muleta jogada, uma mão surge me pegando por detrás e coloca um pano na minha boca. Depois de alguns segundos, eu não estava vendo, nem ouvido mais nada.

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Meu inimigo é o filho do meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora