Elliot Lockhart 24

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Não aguentei deixar vocês sem os capítulos, mas peço para lerem eles aqui 🙏🏻🥹 não permito pdfs nem copias do meus livros sem a minha permissão.

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Nem nos meus sonhos eu imaginei que uma vida poderia me fazer ser uma pessoa melhor. Eu conversei tanto com o meu pequenino essa noite, quando Amy está longe, já tenho vontade de ir atrás só para estar mais perto do nosso bebê. Estou vendo vídeos no YouTube de como ser um bom pai, vídeos ensinando a dar mamadeira, colocar fralda, por que estou vendo isso? Ainda falta tanto para ele nascer.

Faz um tempinho que Amy saiu com as amigas, fico preocupado com ela o tempo inteiro, falei para ela que iria buscá-la depois de algumas horas. Deitei-me na cama e cochilei, acordei com o meu celular tocando sem parar, era o Liam, espero que Ethan não tenha feito merda de novo.

— O que ele fez agora? — já fui perguntando.

— Do que você está falando? Avni me ligou, dizendo que Amy estava no parque com elas, mas que do nada sumiu.

— Como assim sumiu? — Levantei, assustado.

— Ela disse que elas foram comprar um sorvete e a Amy ficou sentada esperando por elas, mas quando elas voltaram, Amy não estava mais lá.

Que porra, saí como louco atrás dela, cheguei à praça puto, como elas deixaram a Amy sozinha para comprar sorvete? Andei para todos os lodos, entrei no bosque e fui seguindo a trilha, procurando por alguma coisa, até que encontrei marcas de sapatos, como se alguém tivesse sido arrastado, liguei imediatamente para a polícia. Depois de um tempo, eles chegaram ao local.

— Tem certeza de que ela sumiu? — eles perguntaram.

— É claro que sim, tem horas que ela não dá sinal de vida, nem manda uma mensagem.

— Ela pode ter saído para pensar um pouco, mas vamos investigar o caso principal, essa marca no chão. Se ela não aparecer até amanhã, começaremos as buscas.

— O que amanhã? — perguntei incrédulo.

Isso não pode estar acontecendo, tentei ligar para ela, mas ela não atende de jeito nenhum. Não, com ela não, isso não pode ser real. Não há possibilidade de eu esperar até amanhã para saber onde Amy está.

Peguei o carro e comecei a procurar por todos os lados que eu conseguia. Liam e Elijah também estavam procurando por ela em outros lugares. Fui até a universidade, olhei cada canto e nada da minha garota, meu coração estava acelerado, eu estava entrando em desespero. Liguei para os meninos urgentemente.

— Vamos nos encontrar na estrada, vamos entrar na floresta — falei com o Liam.

Então, nos encontramos na estrada, entramos na floresta e começamos a procurar por ela, inclusive fomos até o local em que achamos a vitória morta. Foi um alívio abrir aquela tampa e não encontrá-la morta também. Se algo acontecer com a Amy e com o meu bebê, eu nem sei o que sou capaz de fazer, eu vou virar a porra do monstro que Amy sempre diz para eu não virar.

— Não encontramos nada, Elliot, já estamos aqui há horas — Elijah falou.

— Eu não posso ir dormir sabendo que Amy está por aí em qualquer lugar, ela nunca sumiria assim — respondi.

— Por que você não vai para casa, falar com a mãe dela e esperar os policiais aparecerem? — Liam falou.

— Ok, vou falar com ela — respondi.

Aquela mulher nunca ligou para a própria filha, espero que agora ela se preocupe de verdade com o que pode estar acontecendo. Peguei o carro e fui como um doido para casa. Quando cheguei, tinha carros da polícia bem na frente, finalmente eles vieram depois de horas. Eles estavam conversando com a Ashley sobre a filha, ela estava sentada chorando, Carson estava em pé com a cara fechada.

— Você não sabe mesmo onde minha filha está? — Ashley perguntou para mim.

— Você acha mesmo que, se eu soubesse, eu estaria na rua o dia inteiro procurando por ela — respondi.

O policial se virou para mim e começou a fazer algumas perguntas.

— Vocês andavam juntos, não é? Será que vocês não tiveram nenhuma briga e por isso ela desapareceu?

— Pelo contrário, estávamos muito bem mesmo — respondi incrédulo com a pergunta.

— Eles são como irmãos, senhor policial, um cuida do outro — Ashley respondeu.

Meus olhos não saem de cima do Carson, aqueles olhos frios, os mesmos olhos que olharam para a gente enquanto saímos de dentro do quarto com sorrisos e cabelos molhados. Se foi Carson que fez alguma coisa, eu juro que o mato, eu não me importo de virar a porra de um assassino se for pela Amy e o nosso bebê.

— Ok, vamos começar as buscas, iremos buscar por toda a cidade, se não encontrarmos ela aqui, iremos procurar fora dela também — disse o policial.

Depois que eles foram embora, eu sentei-me no sofá, pensativo. Carson e Ashley subiram para os seus quartos, eles não me perguntaram nada, as lágrimas da Ashley desapareceram logo depois que os policiais foram embora. Subi e fui até o quarto do Ethan, precisava saber como ele estava com tudo isso. Quando eu entrei, ele estava sentado na cama com um olhar triste.

— Encontraram a Amy? — ele perguntou.

— Ainda não, mas eu prometo que vou trazer ela de volta para casa.

— Por que essas coisas estão acontecendo na cidade? — ele perguntou.

— Ainda não sabemos.

Passei a mão na sua cabeça, como se estivesse fazendo carinho em um cachorro, e saí, fui até o quarto da Amy, que até ontem era o nosso quarto, abri a porta devagar na esperança de encontrá-la sentada acariciando sua linda barriga. Quando abri a porta, não tinha nada, ninguém, sentei-me na beirada da cama e, pela primeira vez em anos, eu chorei. Minhas lágrimas eram de raiva por não ter conseguido proteger algo que é tão importante para mim.

X

Estou no cemitério agora, ontem eu dei um pequeno cochilo e logo levantei, saí correndo e vim até o cemitério. Ela sempre sentava aqui, em cima ou do lado do túmulo do seu pai. Infelizmente, ela não está aqui em nenhum lugar, nem na casinha do cemitério. Elijah, Liam, Avni e Morgan apareceram. Eles também ficaram procurando por ela.

— Eu me sinto muito mal, como a deixamos sentada lá — disse Avni.

— A gente deveria ter ficado de olho nela — disse Morgan, triste.

— A culpa não foi de vocês meninas, o que a gente precisa saber agora é em como uma garota no meio de uma praça lotada some e ninguém vê nada? — disse Elijah.

— Você está certo, vamos até a praça, levar fotos dela e perguntar se alguém viu alguma coisa — disse Morgan.

Imprimimos umas fotos da Amy e fomos até a praça. Muita gente falava que não a viu, ou que a viu sentada, mas não a viu saindo. Estávamos perdendo as esperanças quando um senhorzinho pegou sua foto na mão e ficou olhando por um tempo.

— Eu vi essa menina, ela estava conversando com um homem que usava muleta — disse o senhor.

— Não lembro de ter alguém com a gente que usava muleta — disse Morgan.

— O senhor viu o rosto do homem? — perguntei.

— Não, ele estava de costas.

Foi quando eu encaixei as peças, o único que poderia estar usando muleta era o Daxton, quase arranquei suas pernas com o taco naquele dia.

— Daxton, eu acertei a perna dele com o taco de beisebol, ele não estava conseguindo andar direito — falei.

— Vamos até a igreja — disse Avni.

Chegamos à igreja, eu fui entrando com raiva, o padre estava de pé rezando.

— Onde está seu filho? — perguntei, irritado.

— Padres não têm filhos, se está falando do Dax, ele não é meu filho. Adotei o garoto quando era menor porque passava fome, dei a ele estudos e um futuro melhor — ele respondeu.

— A gente sabe disso, mas ele está com a Amy, ele sequestrou ela — disse Elijah.

— Dax é um bom garoto, nunca faria tal coisa — respondeu o padre.

— E onde ele está agora? — perguntei.

— Ele disse que ia viajar, faz uns dias já.

Que merda, saímos da igreja, pois percebemos que o padre é burro, não sabe das próprias merdas que o filhinho adotivo faz. Essa é a hipocrisia de quem cresce com tanta religiosidade.

— Tem um lugar que podemos ir, mas as meninas não podem ir juntos — disse Liam.

— Onde? — perguntou Elijah.

— A zona leste da cidade de Saler Viw, lá com certeza vamos encontrar alguma coisa — Liam respondeu.

— O lugar mais perigoso, o pior lado da cidade. Vamos deixar as meninas em casa e vamos — falei.

As meninas reclamaram porque queriam participar, mas não deixamos, é muito perigoso, o lugar é cheio de drogados, assassinos e traficantes.

— Não podemos entrar lá com tacos de beisebol. Vamos comprar armas — falei.

— Isso vai ser tão perigoso — disse Liam.

Então fomos até uma loja que vendia armas, já vi meu pai usando arma quando eu era mais novo, quando ele não estava em casa eu ia até  os fundos, colocava latinhas e treinava, por isso tenho uma boa mira. Pena que meu pai descobriu o que eu estava fazendo, lembro-me dele me dando uma coronhada na cabeça, porque, no fundo, ele sabia que eu estava treinando exatamente para acabar com a vida dele. Naquela época, eu não tive coragem de fazer e acabei sendo descoberto. Depois disso, eu nunca mais vi a arma.

— Vamos querer as Glocks que estão bem ali, queremos as três — falei apontando.

Usei um pouco do dinheiro que estou guardando para sair de casa, vou levar o Ethan, a Amy e nosso filho, vou dar a eles uma vida de paz. Assim que eu te encontrar, Amy, eu vou tirar a gente daquela casa, vamos ter uma vida normal. Fomos até a casa do cemitério, colocamos nossas jaquetas com capuz, nossas máscaras e as armas estavam bem na nossa cintura, debaixo da blusa.

Entramos no carro e partimos, dessa vez eu não fui correndo pela estrada como faço, preciso ter precaução com o que a gente faz.

— Pode ser que hoje a gente se torne assassino? — Liam perguntou.

— Vocês não precisam entrar nessa comigo se não quiserem — respondi.

— Nós estamos com você, se isso tivesse acontecido com alguém da nossa família, você faria o mesmo — Elijah falou.

— Faria mesmo — falei.

Chegamos a um local com muitos homens armados, nosso carro estava com as janelas abertas para mostrar que não viemos para brigar, um homem mandou a gente parar antes de entrar na zona proibida.

— O que vocês querem aqui? — ele perguntou.

— Eu quero respostas, algo aconteceu com uma garota da minha família — falei.

— As pessoas aqui não costumam dar muitas informações — ele falou.

— Eu tenho dinheiro, me deixe entrar.

— Ok, mas quero quietinhos na minha mão, tirem também essas máscaras . Os caras precisam ver o rosto de vocês.

Dei a ele o dinheiro, tiramos as máscaras e entramos, continuamos dirigindo bem devagar, tem homens por todos os lados, até que chagamos a uma grande boate, prostitutas do lado de fora dançando, homens se drogando. Saímos do carro lentamente, dava para ver o medo estampado no rosto do Liam, já Elijah estava pouco se lixando, ele sempre foi assim. Entramos, sentamos em uma das mesas, o garçom bem desconfiado nos atendeu.

— Nunca vi vocês por aqui — disse o garçom.

— Estamos aqui porque precisamos de umas informações — falei baixinho.

— Isso é perigoso, esse lugar não é brincadeira de jovenzinhos rebeldes — ele falou, sussurrando.

— Temos dinheiro, minha garota desapareceu, ela está grávida de um filho meu, eu preciso encontrá-la.

O garçom viu o desespero nos meus olhos, então ele se aproximou e falou bem baixinho.

— Quero duzentos dólares — disse o garçom. — Eu dei a ele, ainda bem que vim preparado. — Aquele homem ali pode saber de alguma coisa — o garçom falou, apontando.

O homem é enorme, ele estava bebendo, sentado. Então decidimos que Liam e Elijah iam ficar sentados me vigiando de longe e apenas eu ia até o homem.

— Olá, posso falar com você? — perguntei.

— Quem veio atrapalhar a porra da minha bebida? — ele perguntou puto.

— Por favor, eu preciso de informações, eu prometo que vou pagar — falei.

Ele se levantou puto, me pegou pelo pescoço, me levou para um corredor vazio, apertou meu pescoço, quase me deixando sem ar, não posso revidar, tenho que aguentar pela Amy e meu filho.

— Quero dois mil dólares — ele falou, soltando meu pescoço.

Abri minha carteira, peguei até a última nota que encontrei dentro dela e dei a ele.

— O que você quer saber? — ele perguntou, contando as notas.

— Você sabe que estou tendo uns sumiços de mulheres aqui na cidade, minha garota está grávida, ela sumiu faz quase dois dias. Eu preciso encontrá-la.

Ele me olhou semicerrando os olhos e então decidiu me dar alguma informação.

— Não posso te dizer muito sobre isso, é algo sigiloso e talvez sua garota não tenha nada a ver com os casos, mas vou te dar uma pista, preste atenção. "DEPOIS DO LEILÃO, ANTES DE SEREM ENTREGUES, FICAM PRESAS, UMA CABANA ESCONDIDA NO NORTE DA FLORESTA." Mas, como eu disse, não sei se é o caso da sua garota, as vendas do leilão devem acontecer logo, então melhor você se apressar.

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Meu inimigo é o filho do meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora