Epílogo

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Epílogo
AMY GRACE
Cinco anos se passaram, hoje eu consegui prender dois homens que estavam roubando uma loja de joias. Prender idiotas que têm o prazer de destruir a vida dos outros me dá picos de adrenalina. Tenho cuidado do Ethan esses anos todos, ele ainda chora pelo desaparecimento da Ana, tenho feito o papel de irmã depois que o Elliot morreu. Mas esse não foi o motivo principal para eu me tornar policial.

Ainda não consegui provar a verdadeira identidade do Carson Lockhart, pai do Elliot, ele é inteligente, sorrateiro. Ele nunca mais apareceu depois que sumiu há 5 anos, estou fazendo de tudo para encontrá-lo, o delegado Lucas não acredita em nada do que eu falo, por isso eu sozinha decidi fazer uma investigação em uma casa.

Estava tudo escuro, entrei na casa e fiquei preocupada ao notar que a porta já estava aberta. Tinha um senhor jogado no chão, uma menina deitada no sofá completamente dopada, tem gente dentro dessa casa. Fui nos cômodos debaixo, olhei um por um e não encontrei ninguém, subi as escadas lentamente, tinham três portas no grande corredor, a primeira estava aberta e não tinha nada, a segunda estava fechada, mas não trancada, porém, não tinha ninguém dentro, tentei abrir a terceira e não consegui, vou ter que usar os métodos que aprendi como policial, fui para longe, corri e dei um belo chute que abriu a porta, entrei apontando a minha arma.

Fiquei surpresa ao encontrar outra pessoa também apontando para mim. Sua arma mirava para a minha testa, já a minha apontava para o seu peito. Do meu lado esquerdo, tinham mais dois homens apontando as armas para mim. Os três homens são fortes, altos, o homem que estava do meu lado foi para a minha frente, tapando toda a minha visão, sua arma encostou na minha testa, ele usava uma balaclava, eu só conseguia ver seus olhos, ele se aproximou mais um pouco e eu pude ver, lindos olhos azuis, minhas pernas tremeram, não pode ser é idêntico, mas ele está morto, não consegui me conter e então perguntei.

— É você Elliot? — perguntei sem parar de apontar para o seu peito enorme.

Ele tem o triplo do tamanho dele, se Elliot estivesse vivo, ele teria vinte e sete. Uma voz rouca e forte tomou conta do ambiente.

— Abaixem as armas, só eu posso apontar a minha arma para o seu rostinho lindo.

É ele ou não é? Sua voz é mais grossa, seu corpo está muito maior, seus braços são como de um homem que malhou a vida inteira, só que agora, em vez de usar máscaras que topavam só da boca até o pescoço, eles usavam balaclavas pretas com caveiras. A sua tinha uma caveira vermelha e a dos dois homens lá traz, que pode ser Liam e Elijah, um usava uma caveira branca e o outro estava usando uma caveira azul escura. Ainda não sei se realmente são eles, estou há tanto tempo sem vê-los que posso estar alucinando.

— É você, não é? Olha o que você se tornou, te falei para não se afundar na porra do inferno e você se tornou o próprio diabo — falei tentando tirar alguma coisa dele.

Sua boca foi até os meus ouvidos, sua mão livre segurou no meu pescoço sem apertar e mesmo assim me machucava, é pesada e cheia de calos. Seu hálito quente na minha orelha, sua voz rouca e grossa disse:

— Parece que você se tornou policial, Amy Grace — falou grosseiramente.

Sua voz era como dezenas de trem passando, ou melhor, como a de um trovão caindo bem em cima da minha cabeça.

— E você se tornou a porra do seu pai — falei.

Sua mão apertou mais forte o meu pescoço.

— Você tem a boca suja agora, prefiro a Amy de antes.

— Aquela Amy morreu, caralho.

— Então parece que você está pronta agora.

— Pronta para quê? — perguntei.

— Para receber meu pau dentro do seu rabo — ele rosnava enquanto falava.

— Nem na porra dos seus sonhos — respondi.

Eu mudei, sou completamente diferente agora, não aceito ninguém me dando ordens ou me dizendo o que eu tenho que fazer, se realmente for o Elliot por detrás dessa mascara, eu vou odiá-lo ainda mais por ter me feito sofrer todos esses anos, pior do que isso foi eu ter me masturbado em seu nome achando que estava morto, se ele não morreu, então fomos abandonados. Quero acreditar que seja uma pegadinha, alguém fingindo ser ele. Eu joguei a porra do seu nome naquela fogueira, eu fiz o meu próprio ritual, o ditado era "Jogue dentro da fogueira aquilo que é ruim" eu joguei o seu nome, sua imagem, suas doces palavras ditas a mim, eu joguei você, Elliot, dentro daquela fogueira.

Sabe qual a pior merda disso tudo? É que nós sempre fomos assim, eu era a certa e ele o errado, eu era o bem e ele o mal, eu queria a paz e ele a desgraça, agora eu sou uma policial e ele um monstro, um assassino. Nosso amor é assim, o "Amor dos contrários".

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Será que é ele mesmo? 🤨

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Meu inimigo é o filho do meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora