Capítulo Vinte e Nove - Morte em Família

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Katsuki desceu no Vale Kiso e preparou as suas armas pelo corpo, de uma maneira discreta. Pegando informações com civis, seguiu em direção ao templo Nachi Taisha - como o loiro já esperava mesmo. Ele chegou no local por volta do entardecer. A maioria das pessoas da região o reconheciam por conta dos noticiários e aclamaram pelo loiro, dando dicas de onde o fugitivo criminoso estava localizado. Ao entrar no templo, conservado apesar dos anos, ouviu a voz do primo ao longe. O sangue de Katsuki ferveu, embora ele rezasse aos céus por paciência. A sua vingança seria fria e quente, pelo fogo que o loiro faria questão de incendiar. "Confesso que eu não esperava que, justo você, fosse capaz de me encontrar." A voz de Dabi ecoa pelo templo.

"Deixe de se esconder como um covarde, seu traidor!" Katsuki exclamou, observando o interior do templo.

Dabi riu.

Eles estão sozinhos.

"Você é um desgraçado, primo! Acha mesmo que vai ser fácil assim me capturar?" O falso moreno perguntou, saindo de trás de uma das estátuas, a metros de distância do loiro. Como previsto, o lança-chamas estava consigo. A diferença é que, agora, são dois tubos conectados a cada braço, para causar mais estrago.

"Eu não vou te capturar, Toya." Katsuki retrucou, entediado, deixando o outro surpreso.

"Que magnífico!"

"Vou matar você." Dabi franziu a testa, surpreso pela sinceridade e calmaria do primo. "E entregar somente a sua cabeça."

"HA! Boa sorte com isso. Você vai precisar." Não vou, não. Katsuki estudou o primo o suficiente para descobrir que o alcance da sua arma favorita é somente de três metros. Ou seja, precisava estar próximo do oponente. Tudo o que o loiro precisaria fazer, é se aproximar o suficiente para que se torne uma luta corpo a corpo, já que esse é o ponto fraco de Toya. Então, ele fez uma manobra inesperada assim que o mais velho foi em sua direção: começou a correr para fora assim que Dabi fez que ia ativar a arma - deixando o primo surpreso. "ISSO! FUJA! O SEU IRMÃO VIRIA PRA CIMA."

O meu irmão é um idiota!

Katsuki parou na esquina do templo, segurando uma arma de fogo, aguardando o mais velho sair. Assim que Dabi colocou os pés para fora, o loiro atirou no cano direito da arma, fazendo o outro se assustar e lançar fogo, azul, na sua direção. "PARE DE SE ESCONDER!" Dabi agora está apenas com o cano esquerdo funcionando e com um ferimento no antebraço pela bala que o atingiu na veia. "Você podia ter se juntado a mim! Você é poderoso demais para ficar ao lado dos bonzinhos." Katsuki sentiu o nervosismo e irritação no tom de voz do moreno, fazendo-o apreciar a luta. O loiro aguardou os dois segundos, num intervalo de dois minutos, que a arma leva para recarregar e partiu para cima do outro, jogando uma bomba de fumaça a fim de eliminar a visão de Dabi. A luta sempre esteve ganha, desde que Katsuki obstruisse a arma de longo alcance e os olhos do oponente. "PARA DE SE ESCONDER!" Exclamou, enquanto tossia por conta da fumaça.

"EU NÃO ME ESCONDERIA DE VOCÊ!" O loiro gritou, rapidamente pondo um pequeno explosivo na arma do mais velho, localizada nas costas do criminoso, e se afastou o suficiente para não ser atingido - precisamente dois metros de distância. Katsuki aguardou o primo parar de gritar de dor e de retirar, às pressas, o que havia sobrado da arma que continua pegando fogo. Não que ela não fosse resistente, mas, como o loiro havia estudado bem a arma do oponente, ficou fácil de colocar a bomba metricamente calculada na parte frágil da mesma. "HA! Você é um inútil sem seus brinquedinhos de fogo pra se esconder." Zombou do mais velho, que ainda se debatia para apagar o fogo da própria roupa.

Dabi o encarou, totalmente raivoso, sedento por sangue.

Bom...

Katsuki está da mesma forma.

Incendeia-me | KacchakoOnde histórias criam vida. Descubra agora