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CAMILLE NARRANDO
(Eu que fiz as rimas, então se estiver ruim, me desculpem!!😭)
20 de maio, 2024.
A praça está lotada, vibrando com a energia da noite. As luzes dos postes iluminam o espaço amplo e bem cuidado, enquanto as árvores ao redor oferecem um pouco de sombra e frescor no calor da noite. No centro, o palco improvisado se destaca, cercado por uma multidão animada que aguarda ansiosa pela batalha. As caixas de som soltam batidas intensas que reverberam pela área, misturando-se com o som das conversas e risadas dos grupos espalhados pelo local. O clima é de expectativa e entusiasmo, com o ambiente inteiro pulsando com a energia do momento.
Segui até meu grupo de amigos, notando os olhares direcionados a mim. Entre eles, o olhar de Apollo era particularmente marcante. Revirei os olhos quase que automaticamente. Eu e Apollo nunca tivemos uma boa relação, e todos no grupo estão cientes disso. Não consigo entender exatamente o motivo desse conflito entre nós, mas a tensão é sempre palpável quando estamos no mesmo ambiente.
- Olha quem tá vindo aí, a fantasma da aldeia.- Barreto diz e todos da roda dão risadas, incluindo Apollo.
- Ah, vocês não vão esquecer disso tão cedo, né? Só não participei das últimas três edições porque estava doente. - Reviro os olhos, dando um risinho enquanto cumprimento os outros. Ofereço um sorriso forçado para o Apollo, que me responde com um sorriso debochado.
Paro em frente à dopre, envolvo seu pescoço em um abraço, suas mãos pousaram em minha cintura. Nós já ficamos algumas vezes, mas nada sério.
- Estava com saudades, cê' sabe né? - Dopre sussura em meu ouvido, e, logo em seguida enfia o rosto em meu pescoço.
- Você acha que eu não sei? Também estava! - Digo, encarando-o com um olhar intenso, sentindo um arrepio com a boca dele em contato com meu pescoço, deixando claro que o jogo é de ambos.
Afasto-me de Dopre com um sorriso, deslizando para o lado e me juntando aos amigos que estão conversando. Aproveito para cumprimentar Baretto com um leve toque no ombro e dar um abraço rápido em Jotapê, enquanto me integro na conversa animada, tentando disfarçar o calor da proximidade com Dopre.
Confesso que eu já tive uma queda gigante por ele, e era recíproco. Mas decidimos ficar só na amizade colorida, porque sabíamos que, se a gente tentasse um namoro, uma hora ia terminar e, provavelmente, acabar com a amizade.
Hoje em dia, a gente já não tem mais aqueles sentimentos de antes. Somos melhores amigos de verdade, até trocamos umas ideias sobre relacionamento. Ele tava ficando com uma mina esses dias, mas ela vacilou com ele.
