CAMILLE NARRANDO
23 de setembro, 2024.
O dia estava cinza, e uma sensação estranha pairava no ar. Eu sabia que algo não tava certo entre mim e o Apollo, desde a manhã. Ele tava se fechando, se distanciando de mim, e eu não conseguia fingir que não percebia. Eu não queria admitir, mas me afetava. Ele estava frustrado, e isso estava pesando muito mais do que eu queria deixar transparecer.
A briga explodiu mais tarde, depois do almoço, no quarto do hotel. Apollo tava lá, deitado na cama, com aquele olhar fechado, claramente absorto em seus próprios pensamentos, como se o resto do mundo não existisse. A cada segundo que passava, minha irritação só aumentava, até que eu não aguentei mais.
— Você tá me evitando, Apollo. E eu sei que não é por minha causa — falei, tentando controlar a voz, mas a frustração escapou.
Ele me olhou, e o silêncio foi quebrado quando ele falou, mais alto do que eu esperava, com a voz carregada de raiva e frustração.
— Eu não tô te evitando, Camille! Eu tô tentando processar as coisas, e você fica me pressionando, perguntando o tempo todo o que eu tô sentindo! Mas, porra, você não entende que eu só preciso de um tempo pra digerir isso tudo? Eu odeio perder! A última coisa que eu queria era isso!
Eu senti um calor subir pela minha garganta. Não era sobre mim, não era só sobre a batalha. Era sobre o ego dele, o jeito dele lidar com a derrota. Ele sempre tentou esconder as fraquezas atrás daquela fachada de confiança, mas eu conhecia ele demais pra não saber o que estava por trás. Era o medo de não ser o suficiente, o medo de não atender às expectativas.
— Então é isso? Você vai simplesmente gritar comigo ao invés de falar, como uma pessoa normal? — A raiva me tomou de um jeito que eu não sabia controlar. — Você não tem ideia do que isso significa pra mim também, Apollo! Eu me preocupo com você, mas você age como se estivesse sozinho nisso!
Ele me encarou com os olhos brilhando, como se estivesse no limite, e por um instante eu percebi que ele estava tão perdido quanto eu, mas não sabia mais como pedir ajuda. Eu estava vendo mais do que ele queria mostrar, e isso me fazia querer gritar mais ainda.
— Você não entende, Camille. Não sabe o que é estar lá em cima e sentir que todo mundo espera a perfeição. E quando você falha, quando você cai, é como se todo o esforço fosse em vão, todo o sacrifício fosse pra nada. Eu não sou perfeito, Camille. E isso me destrói por dentro, porra!
Eu não aguentava mais ver ele se afundando nessa bolha de dor e orgulho ferido. Ele não conseguia admitir a vulnerabilidade dele. Ele não sabia pedir o que precisava, e isso me feriu.
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𝐕𝐄𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐆𝐎, apollo mc.
Fanfiction"𝘌𝘯𝘵𝒂̃𝘰 𝘩𝘰𝘫𝘦 𝘷𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘛𝘪𝘳𝘢 𝘢 𝘳𝘰𝘶𝘱𝘢, 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘵𝘪𝘳𝘢 𝘮𝘦𝘶 𝘫𝘶𝒊́𝘻𝘰 𝘋𝘦𝘴𝘵𝘢𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘢 𝒆́ 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘰𝘴𝘢 𝘌 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘵𝘪𝘳𝘢 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘤̧𝒂̃𝘰 𝘱...