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CAMILLE NARRANDO

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CAMILLE NARRANDO

17 de setembro, 2024.

O Apollo ia ter o regional amanhã. Ele tinha decidido tentar o estadual depois de cinco anos, e agora sentia que tava pronto. E ele realmente tava.

Levantei devagar da cama, tomando cuidado pra não acordá-lo. Ele dormia profundamente, mas o nariz dele tava vermelho demais. Achei estranho, mas continuei em direção ao banheiro, ainda tentando não fazer barulho.

Me encarei no espelho por alguns segundos, passando as mãos no rosto pra despertar um pouco. Mas o pensamento voltou pra ele. Amanhã é o grande dia, e ele tinha trabalhado muito pra isso.

Voltei pro quarto e o observei de longe, ainda sem querer acordar. Apollo tava ali, tão tranquilo, mas eu sabia que por dentro, ele tava pegando fogo, se preparando pra enfrentar aquela multidão, pros desafios que ele já tava visualizando.

Eu sabia o quanto aquele momento era importante pra ele, o quanto ele tinha se dedicado pra chegar até aqui. O Apollo vinha se esforçando há anos, enfrentando cada batalha como se fosse a última, e agora, com o estadual tão perto, dava pra sentir a determinação dele, até mesmo enquanto ele dormia. Mas a aparência dele me preocupava; aquele nariz vermelho, os sinais de cansaço que ele tentava disfarçar…

Voltei pra cama devagar, me aproximando dele e me sentando ao lado, tentando não fazer barulho. Fiquei ali, só observando ele respirar, aproveitando a calma do momento antes de toda a agitação que viria amanhã.

Ele se mexeu um pouco, como se estivesse sentindo minha presença, e abriu os olhos devagar. Sorriu daquele jeito preguiçoso que eu já conhecia, puxando meu braço pra se ajeitar melhor.

— Tá cedo ainda, princesa. — A voz dele saiu rouca, e ele apertou meus dedos levemente.

— Eu sei… — sussurrei, me inclinando pra frente e passando a mão pelo cabelo dele.

— Tá nervosa por mim? — ele perguntou, num tom brincalhão, mas eu sabia que ele tava só tentando disfarçar o próprio nervosismo.

— Talvez… — respondi, soltando uma risadinha leve. — Mas é só porque eu sei o quanto você se dedicou pra isso, e eu quero que dê tudo certo.

Ele puxou minha mão pra mais perto, segurando firme, como se quisesse me passar uma segurança que ele mesmo buscava. Aquele toque, mesmo simples, dizia tudo o que ele não conseguia colocar em palavras.

— Eu tô preparado, Camille. — A voz dele tava séria agora, e ele olhou bem nos meus olhos. — Não importa o que acontecer, eu vou lá dar o meu melhor, fazer o que eu amo, o que eu venho construindo desde que comecei.

— Eu sei, Apollo. E tô contigo nessa, você sabe, né? — passei a mão pelo rosto dele, traçando com o polegar o contorno do nariz e das bochechas.

𝐕𝐄𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐆𝐎, apollo mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora