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CAMILLE NARRANDO

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CAMILLE NARRANDO

16 de junho, 2024.

- Bota logo o filme aí, porra. Geral concordou com o filme! - Doprê reclamou, abraçado com Brennuz. Eles são muito fofos, por mais que tentem pagar de bandidos.

- Papo reto, geral concordou. Cês tão enrolando muito - Jotapê completou, rindo e jogando a almofada no Apollo, que estava com o controle na mão, ainda decidindo qual filme colocar.

A sala tava cheia, todo mundo esparramado no sofá ou jogado nos colchonetes no chão.

- O dreads de fogo do carai, essa porra pegou em mim! - reclamei, jogando a almofada de volta no Jotapê, que riu ainda mais.

Eu tava sentada ao lado do Apollo, e era difícil não ficar mais consciente dele depois do que rolou na praia. Por mais que a gente tivesse decidido não contar pra ninguém ainda, parecia que a proximidade entre nós tinha ficado óbvia. Senti o braço dele roçar de leve no meu, e, mesmo sem querer, meu coração deu aquela acelerada.

- Tá, tá bom! - Apollo finalmente falou, escolhendo o filme. - Agora vamo ver se cês param de reclamar, seus mimados.

Eu ri da resposta dele, mas minha mente não conseguia focar em mais nada além da proximidade entre nós. Apollo colocou o filme e a sala ficou em silêncio, exceto pelos comentários esporádicos do Doprê e do Brennuz.

Conforme o filme rolava, o braço dele encostava no meu de vez em quando, e cada toque, por mais sutil que fosse, parecia queimar minha pele. Tentei disfarçar, olhando pra tela, mas minha mente tava longe dali.

- Cê tá prestando atenção no filme? - ele sussurrou, de um jeito tão natural que me fez sorrir, mas eu percebi o quanto ele também estava ciente do clima.

Eu tentei manter a compostura, mas sabia que ele tinha percebido o quanto eu tava distraída.

- Tô, claro - sussurrei de volta, sem nem acreditar na minha própria resposta.

Apollo soltou uma risadinha, se ajeitou no sofá e deixou o braço cair "sem querer" atrás de mim. Foi tão casual, mas eu senti a tensão crescer. Meu coração tava disparado, e eu tentava de tudo pra parecer tranquila

- Tá com medo, é? - ele perguntou, com aquele sorriso debochado que só ele tinha.

Revirei os olhos, tentando manter a pose, mas não consegui evitar de soltar uma risadinha nervosa.

- Claro que não! - respondi, fazendo uma pose de desdém. Mas, na verdade, o filme não era o que tava me deixando nervosa; era ele, ali, tão perto.

Ele riu, e aquele som me deixou um pouco mais relaxada.

- Então por que tá tão tensa? - perguntou, baixando a voz como se estivesse criando um clima só pra nós.

Meu coração acelerou de novo. Como é que ele conseguia fazer isso?

 𝐕𝐄𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐆𝐎, apollo mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora