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APOLLO NARRANDO

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APOLLO NARRANDO

18 de setembro, 2024.

Acordei sentindo o corpo pesado, uma fraqueza que parecia querer me puxar de volta pro sono. Abri os olhos devagar e vi a Camille ali do meu lado, com aquele olhar de preocupação que ela tenta disfarçar, mas que eu sempre consigo enxergar.

Ontem à noite, ela cuidou de mim. Eu tava febril, quase sem forças, e ela não saiu do meu lado. E a real é que não sei o que teria feito sem ela. Fiquei pensando em como tudo mudou desde que essa mina entrou na minha vida. No começo, era só zoeira, só disputa, mas agora... agora eu sinto que sou completo com ela aqui. Ela virou meu porto seguro, mesmo que a gente nunca fale isso em voz alta.

— Tá melhor? — ela perguntou baixinho, percebendo que eu tava acordado.

— Tô, princesa. Não 100%, mas bem melhor, graças a você.

Ela sorriu de leve, mas ainda dava pra ver a preocupação no olhar dela. E eu entendo. Hoje é o regional, a batalha que eu esperei o ano todo, e tô com essa febre desgraçada me segurando aqui. Mas vendo ela ali, tranquila, sentada do meu lado, sinto uma paz que fazia tempo que eu não sentia.

— Vou pegar algo pra você comer, pode ser? — ela disse com aquele tom meio firme, do jeito que ela faz quando tenta me controlar.

Assenti, rindo de leve. A verdade é que eu curto isso. Gosto de saber que ela se importa, que tá ali por mim, mesmo quando tudo parece dar errado. Ela saiu do quarto e fiquei ali, olhando pro teto, lembrando de tudo que eu passei pra chegar até aqui. Hoje, eu quero pisar naquele palco com tudo que eu tenho, e sei que ela faz parte disso, da minha trajetória, da minha luta.

Esperando ela voltar, me peguei pensando em como essa febre abriu meus olhos sobre o que realmente importa. Não é só ganhar, não é só o título, mas as pessoas que tão com a gente, que acreditam na gente até quando a gente mesmo duvida.

Camille voltou com uma bandeja, e eu não consegui segurar o sorriso. Hoje, eu vou dar meu melhor naquele palco, mas agora... vou deixar ela cuidar de mim, porque talvez seja isso que eu precisava o tempo todo.

Ela colocou a bandeja com cuidado no meu colo e me deu aquele olhar que misturava um jeito de mãe com uma vibe de parceira. Tinha uma sopa quentinha, umas frutas e um copo d'água com um remédio ao lado.

— Come devagar e não faz gracinha, viu? — ela avisou, tentando esconder a preocupação com um tom de brincadeira.

— Tá mandona você, hein? — Dei uma risadinha.

— Claro, se não, você não se cuida! — Ela revirou os olhos, mas sorria.

Peguei a colher e comecei a tomar a sopa, sentindo o gosto leve, mas bom. E ela ficou ali, do meu lado, em silêncio, só observando, mas com aquele olhar de quem quer se certificar de que tudo ia dar certo. Não era só preocupação; era como se ela quisesse ter certeza de que eu tava realmente bem, pra ela conseguir relaxar também.

𝐕𝐄𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐆𝐎, apollo mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora