𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 5

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CAPÍTULO 5

Cinco nos levou até uma mansão abandonada. Um prédio sujo e condenado à demolição há muito tempo. Perguntou se eu queria esperar no carro, mas eu até gostei de alguns dos irmãos dele, e revê-los seria interessante. Ele não pareceu se importar com a minha decisão, apenas correu para dentro da mansão, virando à direita onde devia ser uma sala de estar.

— Tá bom, Luther, estamos aqui. O que você quer? — Cinco fala, apoiando as mãos no quadril. Eu dou um aceno para todos, em cumprimento.

— Beleza, aqui tá escrito: “O seu irmão, Viktor, foi sequestrado. Sigam minhas instruções exatas e nenhum mal acontecerá a ele.” — Luther fala, com o papel deixado em sua casa.

— Tá, tem alguma ideia de quem pode estar por trás disso? — Cinco pergunta, observando cada um de seus irmãos e Luther responde murmurando:

— Aposto que foi vocês sabem quem.

— Voldemort? — Eu deixo escapar, sem querer.

— Não, o papai!

— Qual é! O papai não sequestrou o Viktor. Ele tá cagando pra gente. — Klaus diz, e talvez seja um bom momento para eu ir embora e não participar das questões familiares deles. Porém, se tratando de um sequestro, eu me interesso o bastante para não mover um músculo.

— Cinco, Marilyn, por que vocês não ligam pros seus amiguinhos da CIA? — Allison fala, de braços cruzados, e seu irmão responde por nós, suspirando:

— Então, a CIA não investiga sequestros, só o FBI.

— É, e não precisamos de ninguém. A gente dá conta — Diego se empolga, como se estivesse se exercitando para o resgate. Cinco resolve acabar com a agitação.

— Nós não somos mais uma equipe, Diego.

— Nem nunca fomos — Ben complementa.

— E, ainda por cima, perdemos nossos poderes — Lila fala, naturalmente. Não parece que estava sendo irônica, então eu me viro para Cinco, buscando explicações.

— O quê? — Eu espero Hargreeves dizer que é só uma brincadeira, ou que foi um modo de dizer, mas o que eu escuto é bem diferente.

— É uma longa história, Marilyn.

— Olha só, gente, eu não ligo. Se o Viktor está em apuros, eu vou, tá? — Luther se prontifica, incentivando seus irmãos.

Diego olha para a esposa, como se esperasse a sua confirmação, e isso nos obriga a presenciar uma pequena discussão.

— Não olha pra mim, não. Eu não sou sua mãe.

— Eu topo!

— Boa sorte.

— Quê?

— Você não consegue subir uma escada sem infartar.

— Nunca estive em tão boa forma.

Fazendo o papel de um anjo, Luther interrompe o casal para dar mais informações sobre o resgate de Viktor.

— Aqui diz que é pra gente se encontrar na Lavanderia do Sy, na 5ª avenida.

— Sei onde é, posso mostrar o caminho. É onde eu levo as roupas do Cin… — Eu digo, e Cinco puxa o meu ombro na parte que lhe diz respeito, interrompendo que eu o envergonhe na frente de sua família.

— Perfeito. Vamos nessa! — Diego tira uma chave do bolso e é o primeiro a sair da mansão, sendo seguido pelos outros.

Eu deixo a casa junto com Cinco, e nós ficamos de frente para o carro, discutindo o que faremos com o nosso trabalho que ficou para trás.

O Exílio - Cinco HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora