CAPÍTULO 32
■
Os enjoos matinais ficaram mais justificáveis.
Eu já não busco receita médica ou os chás curandeiros da minha mãe porque eu sei que não vai passar.
Hoje meus hormônios me atacaram, e me fizeram chorar no banheiro porque eu não conseguia sair de lá. Cinco molhou um pano com álcool e aproximou do meu nariz, para que assim eu pelo menos conseguisse tomar um banho e acordar direito.
E funcionou.
Eu consegui tomar um banho e me arrumar para ir ao escritório.
— Linda, você não precisa ir hoje. Fica aqui descansando. — Cinco diz ao me ver abotoar minha camisa.
— Eu vou ficar bem, isso passa. Temos muito trabalho e pouco tempo — Respondo, me apressando em fechar o zíper da minha saia social. Caminho até Cinco e faço a sua gravata numa velocidade três vezes maior que a que ele usa.
— Qualquer dorzinha você para tudo e volta pra casa.
— Tá bom, tá bom.
Eu pulo o café da manhã e vamos direto para a Agência. Chegamos juntos outra vez, e não sei como ainda não há boatos circulando a nosso respeito. Depois que Cinco pegou seu café amargo na lanchonete do prédio, nós seguimos para a sua sala, e somos interrompidos por uma mulher que chama pela a atenção de Cinco.
Está com o crachá da CIA, mas pela tontura não consigo ler o departamento. Ele anda na direção do meu marido como se nem me visse ao seu lado.
— Bom dia, Hargreeves! Como vai o senhor? — Diz ela, com um tamanho de sorriso que eu nem imagino usar neste horário do dia.
— Ocupado. O que você precisa?
— Bom, a solicitação que o senhor pediu para encontrar o paradeiro de Benjamin Hargreeves já está pronta.
— E onde está?
Ela sorri, inclinando sua cabeça para o lado enquanto esconde nas costas a pasta que está em suas mãos. Eu não preciso de mais nem um segundo para saber as intenções dessa mulher com o meu marido.
— Por que a gente não toma um café no refeitório enquanto falamos do caso? — Ela sugere, apoiando uma de suas mãos no ombro dele para conduzi-lo. Ela ainda tem a ousadia de me olhar da cabeça aos pés e dizer: — Assim temos mais privacidade.
Uma pontada de ciúmes se manifesta em mim como uma dor de cabeça.
Cinco responde de imediato.
— Não vai rolar. Entrega para Marilyn, ela vai cuidar do caso — Cinco mexe o seu ombro para a mão dela cair. — Aliás, não me chame pessoalmente outra vez, eu tenho coisas mais importantes para fazer. Se quiser falar comigo, primeiro veja minha agenda com Marilyn.
— Nossa, agora é assim? — Ela se faz, e pela sua surpresa, é a primeira vez que Cinco não vê interesse nela. Eu não quero nem imaginar como eles dois interagiram no passado.
— É. Faz favor e entregue para ela.
Eu estendo a minha mão, concentrando em só receber a pasta e não usar o meu punho para quebrar o nariz dessa mulher. Ela, infeliz, me passa a pasta.
— Precisa de mais alguma coisa?
— Não. Tenha um bom dia — A mulher vai embora confusa e chateada por não ter o que queria.
Cinco e eu trocamos olhares e entramos na sua sala. Eu imediatamente deixo minha bolsa no sofá e tiro os meus saltos altos. Eu coloco essa pasta sobre a mesa de Cinco, porque é óbvio que eu não vou cuidar desse caso sozinha. O que eu planejei para o dia de hoje é visitar sites de móveis e roupas para bebês e fazer as compras.
![](https://img.wattpad.com/cover/374908900-288-k474140.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Exílio - Cinco Hargreeves
FanficMarilyn decide que a melhor escolha para passar mais tempo com a família é saindo do emprego atual, sendo assistente de um oficial de operação extremamente rigoroso na CIA. Entretanto, com promessas e promoções tentadoras, ela decide continuar, part...