GAROTA DA VITRINE

42 - Devaneio

N/A: Oi minhas queridas leitoras! Primeiramente, peço perdão pela enorme demora e abandono da fic. Um turbilhão de coisas aconteceram na minha vida pessoal e claro, afetam também a minha criatividade. Prometo voltar pra finalizar sem que a fic fique abandonada. Agora curtam o capítulo e me contem o que acharam! Beijinhos!

Devaneio se tem como definição um estado de espírito de quem se deixa levar por lembranças, sonhos e imagens: passar as horas em devaneio.

Estar finalmente livre daquele peso que eu tanto carregava todos os dias e todas as noites era definitivamente um alívio. A cada palavra que a advogada dava, era como se tirasse um alter de 20 kg das minhas costas. Eu mal poderia acreditar que estava inocentada por algo que fugiu do meu controle. A família do seu Francisco  que já me odiava, odiaria muito mais agora que fui inocentada.

Saí daquele escritório sem esconder a minha cara enorme de choro e agradeci umas quinhentas vezes a advogada que foi essencial nesse processo. Liguei pra Valentina, pra Liz e minha mãe ao mesmo tempo, ambas sugeriram um almoço na casa dos meus pais pra comemorar. Peguei o meu carro e tomei o caminho da casa completamente radiante.

Ao chegar na varanda, dou de cara com Valentina pulando em meus braços me envolvendo num abraço apertado.

- Amor! - correspondi ao seu abraço e lhe dei um beijo no ombro - O que você está fazendo aqui? Você não disse que tinha trabalho?

- Tenho, meu amor. Mas isso aqui é muuuito mais importante! - Falou distribuindo beijinhos na lateral do meu rosto.

- Filha! Meu orgulho! - Minha mãe falou de longe com um sorriso enorme no rosto.

- Obrigada, mãe! Vocês não tem noção do tamanho da minha felicidade.

Nós rimos, nos abraçamos e logo em seguida entramos em casa juntando toda a família pra curtir o almoço. Percebi que durante a conversa, a Valentina vez ou outra olhava para o celular como se estivesse esperando alguma mensagem. Não demorou pra que o meu sangue fervesse e a vontade de saber o que estava acontecendo só se multiplicava.

- Mana... Vamos pra lá pro quarto enquanto a mamãe resolve as coisas dela no telefone? Mana? LUIZA?

- O-oi, oi Liz! - me distrai do transe que estava olhando pra Valentina - Vamos, vamos sim! Não é, Valentina?

- C-claro, amor. Vamos! - Valentina soltou um sorriso amarelo.

Nós subimos até o quarto da Liz enquanto Lara tagarelava sem parar. Valentina, por sua vez, ainda estava olhando incessantemente pro celular. Os meus pensamentos intrusivos me mandaram jogar aquele celular no chão por pelo menos umas cinquenta vezes. Mas, as minhas irmãs me distraiam com a conversa. Em um outro momento, recebo uma ligação do dr. Ricardo.

- Doutora Luiza? Consegue falar?

- O-oi, doutor Ricardo. Sim sim! No que posso te ajudar? - Me afastei das meninas indo pro corredor e ergui a sobrancelha ainda estranhando aquela ligação no meu dia de folga.

- Então, eu sei que é o seu dia de folga mas preciso da sua ajuda com urgência. A doutora Zara teve um imprevisto agora a tarde e preciso de uma substituta. Tem como você cobrir a falta dela? - Perguntou num tom calmo.

- Sim, pode ser. Eu não estou em casa mas passo rapidinho pra pegar as minhas coisas, doutor.

- Combinado, doutora. Obrigado! Te esperamos aqui.

Após a ligação ser finalizada, fiquei uns bons segundos observando a tela do celular já me dando conta que o meu dia de folga foi jogado pra cima a partir do momento que aceitei aquilo. Merda, Luiza! Entrei no quarto novamente e pra minha surpresa, Valentina estava tirando fotos da Lara enquanto Liz zombava de suas poses.