A última mensagem: Brasil e a carta de despedida

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Na mansão de Portugal, Brasil estava no jardim, distraído, quando o mensageiro se aproximou. Ele não esperava visitas naquele dia, então franziu a testa ao ver o homem lhe estendendo um envelope.

Mensageiro: - "Uma carta para você, senhor Brasil. É do Argentina."

Brasil pegou o envelope, o coração batendo um pouco mais forte. Ele rasgou o selo com cuidado e desdobrou o papel, reconhecendo a caligrafia cuidadosa de Argentina. A cada linha que lia, o peso das palavras ia se instalando em seu peito.

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"Olá, Brasil,
Aqui é o Argentina..."

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A princípio, Brasil achou que seria apenas uma carta de despedida comum. Já sabia que Argentina teria que partir e, apesar da tristeza, havia tentado se preparar para isso. Mas, conforme lia, o tom da carta começou a mudar. As palavras se tornaram mais pessoais, mais profundas, e Brasil começou a sentir um misto de surpresa e algo mais... algo que ele ainda não sabia como definir.

Quando chegou à parte em que Argentina confessava seus sentimentos, o coração de Brasil disparou. Ele leu a frase várias vezes: "Eu sempre gostei de você, não só como um amigo." Ele parou, sentindo o rosto esquentar, e as mãos tremiam levemente. Argentina sempre o elogiava, chamando-o de bonito e fazendo brincadeiras, mas ele nunca havia percebido que aquilo poderia significar algo além da amizade.

Brasil sentou-se em um banco próximo, tentando processar o que acabara de ler. Argentina o amava... de um jeito que ele nunca tinha imaginado. E agora, estava indo embora, deixando para trás uma confissão que Brasil não sabia como responder.

Ele encarou a última linha: "Eu te amo, Brasil."

Brasil mordeu o lábio, um turbilhão de emoções crescendo dentro dele. Ele sempre gostou da companhia de Argentina, das risadas, da forma como o outro país conseguia deixá-lo à vontade. Mas nunca havia considerado a possibilidade de serem algo mais. E agora, diante dessa revelação, ele não sabia como se sentia.

Levantando-se, Brasil olhou para o horizonte, onde o sol começava a se pôr. Seu peito estava apertado, e ele sabia que, se não fizesse algo logo, Argentina estaria longe demais para ouvir o que ele tinha a dizer.

~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora