BraArg: pedido de namoro

62 7 4
                                    

Brasil vinha notando há dias que Argentina estava estranho. Antes, os dois conversavam com frequência, mas agora, o silêncio de Argentina era ensurdecedor. As mensagens de Brasil ficavam sem resposta, e as visitas haviam parado. Preocupado, ele decidiu tomar a iniciativa.

Ao chegar à mansão de Argentina, Brasil bateu na porta e, após alguns instantes, Argentina apareceu, com o rosto abatido e os ombros caídos, claramente em um dia difícil.

Brasil: "Oi, hermanito... posso entrar?"

Argentina, com uma expressão de tristeza, deu um suspiro antes de abrir mais a porta.

Argentina: "Claro, entra..."

Brasil entrou na casa, seu olhar cheio de preocupação. Ele conhecia bem aquele comportamento, e sabia que algo muito maior estava acontecendo do que apenas silêncio.

Brasil: "O que está acontecendo, hein? Você sumiu, não responde mais às minhas mensagens... Estou preocupado com você."

Argentina hesitou por um momento, tentando manter uma expressão neutra, mas acabou soltando outro suspiro, mais pesado dessa vez.

Argentina: "Não é nada demais, só... coisas. Não se preocupa."

Brasil arqueou as sobrancelhas, não acreditando nem por um segundo.

Brasil: "Como assim ‘nada demais’? Hermanito, eu te conheço. Tem algo errado, e você sabe que pode falar comigo."

Vendo que Brasil não ia deixar aquilo passar, Argentina gesticulou para ele se sentar no sofá.

Argentina: "Se senta aí, Brasil. Por favor."

Brasil obedeceu, mas com o olhar fixo no amigo. Seu coração doía ao ver Argentina daquele jeito, tão distante e abatido. Ele tentou suavizar a voz, mas não conseguiu esconder a preocupação.

Brasil: "Ei, hermanito... o que foi? Me conta. Fala pra mim, por favor."

O silêncio pairou entre eles por alguns instantes, até que Argentina, com os olhos perdidos no chão, começou a falar.

Argentina: "Eu briguei com os meus Estados... briga feia. Agora... agora eu me sinto um merda. Como se eu tivesse falhado com todos eles. E talvez eu tenha falhado mesmo."

Ele desviou o olhar, as palavras pesando em sua voz. Brasil sentiu a dor nas palavras do amigo, e sabia que essa culpa era algo que Argentina guardava com dificuldade.

Com cuidado, Brasil se aproximou e colocou a mão no ombro de Argentina, forçando o amigo a olhar para ele.

Brasil: "Não fala assim. Você não é um merda, hermanito. Eu já te vi enfrentar tantas coisas, resolver situações difíceis... você é forte. Você é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci."

Argentina olhou nos olhos de Brasil, e pela primeira vez naquele dia, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Ele ainda estava triste, mas as palavras de Brasil pareciam aliviar um pouco o peso que carregava.

Brasil, percebendo o efeito de suas palavras, sorriu de volta, de uma forma genuína e carinhosa.

Brasil: "Às vezes, a gente briga com quem a gente ama. Isso acontece. Mas o importante é que você se preocupa com seus Estados. E isso mostra o quanto você é incrível."

Argentina suspirou, dessa vez mais aliviado.

Argentina: "Valeu, Brasil. Eu precisava ouvir isso."

Os dois ficaram em silêncio por um momento, mas era um silêncio confortável, de quem sabe que está ali para apoiar, sem julgamentos. Brasil deu um leve tapinha no ombro de Argentina.

~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora