Brasil olhou para Argentina por um momento, um silêncio confortável se instalando entre eles. Os sentimentos estavam claros, mais fortes do que nunca. O coração de Brasil batia acelerado, mas, ao mesmo tempo, ele se sentia em paz. Sem pensar duas vezes, ele se inclinou lentamente, aproximando seus lábios dos de Argentina.
Brasil o beijou, com delicadeza e carinho. Não era a primeira vez que eles compartilhavam um beijo, mas esse tinha um peso diferente. Tinha a sinceridade de todos os anos de amizade, e o desejo reprimido de algo mais profundo, mais íntimo. Argentina fechou os olhos, retribuindo o beijo com a mesma intensidade, como se cada segundo fosse precioso demais para ser desperdiçado.
Quando se separaram, ambos estavam com os corações disparados, mas agora havia algo mais nos olhares que trocaram: uma certeza. A certeza de que aquilo não era mais apenas um sonho antigo, algo guardado desde a infância. Era real, palpável, e estava ali, diante deles.
Brasil: "Eu... eu sempre quis isso, sabe?" - disse, ainda um pouco ofegante, com um sorriso tímido. "Desde que a gente era criança, desde que eu te conheci."
Argentina, ainda processando aquele momento, olhou para Brasil com uma mistura de alívio e alegria. Ele sempre soube que seu coração pertencia a Brasil, mas ouvir aquelas palavras o fazia sentir que tudo finalmente fazia sentido.
Argentina: "Eu também, Brasil. Desde que a gente era pequeno, eu sonhava com esse momento..." - ele falou, com a voz embargada. "Eu queria te namorar... sempre quis, mas nunca tive coragem de dizer."
Brasil sorriu mais abertamente dessa vez, segurando o rosto de Argentina com ambas as mãos, como se estivesse segurando algo precioso.
Brasil: "Então acho que está mais do que na hora de realizar esse desejo, não é?" - ele brincou, o tom leve, mas os olhos sérios e cheios de carinho. "Quer namorar comigo, Argentina?"
Argentina não conseguiu segurar um riso emocionado. Ele colocou a mão sobre a de Brasil, que ainda segurava seu rosto, e assentiu, sem nem pensar duas vezes.
Argentina: "Claro que sim, Brasil... claro que sim."
Eles se abraçaram de novo, dessa vez com a certeza de que estavam começando algo novo. Era o início de um novo capítulo na vida deles, algo que os dois sempre desejaram, mas nunca imaginaram que realmente aconteceria. A partir daquele momento, o que eles sentiam um pelo outro era mais do que amizade, era um amor profundo que só cresceria com o tempo.
Agora, eles sabiam que tinham um ao outro, e isso era tudo o que precisavam para serem felizes.
Brasil se afastou lentamente, mas ainda com as mãos nos ombros de Argentina, sorrindo de um jeito que misturava carinho e arrependimento.
Brasil: "Argentina... desculpa por aquele momento na reunião, sabe? Quando você confessou que gostava de mim... E também por quando a gente brigou por causa da carta. Eu fui um babaca, falei muita merda naquela hora. Ninguém nunca tinha dito na minha cara que me amava, e... eu não sabia como reagir, foi estranho pra mim."
Argentina olhou para Brasil com um olhar compreensivo, mas um leve sorriso começou a surgir nos lábios dele.
Argentina: "Eu sei, Brasil... Naquele dia, eu tava tão nervoso. Acho que nunca me senti tão vulnerável na vida. Foi como se eu tivesse tirado um peso enorme do peito, mas aí... veio a briga, e eu me senti ainda pior." Ele deu uma risada fraca, tentando aliviar o clima.
Brasil balançou a cabeça, agora mais sério. "E você tinha razão. Eu devia ter sido mais honesto, mais aberto com o que eu sentia. Mas eu tava tão confuso, com medo, talvez até um pouco perdido. Eu demorei pra entender o que eu realmente sentia por você, e isso me fez agir daquele jeito."
Argentina: "Eu sempre soube que você tinha um jeito complicado de lidar com essas coisas, mas fiquei tão frustrado na hora... parecia que tudo que eu tinha guardado durante anos tinha sido jogado fora." Ele abaixou os olhos por um momento, revivendo o sentimento, mas Brasil segurou sua mão, apertando-a de leve.
Brasil: "Eu nunca jogaria fora o que você sente, hermanito. Você é importante demais pra mim. Eu só... não sabia como lidar com aquilo naquela época. Mas agora, as coisas mudaram. Eu sei o que eu quero... e o que eu sinto." Brasil sorriu de um jeito mais suave, os olhos brilhando com sinceridade. "E eu quero você."
Argentina olhou para ele, e dessa vez o sorriso veio sem resistência. Era um sorriso verdadeiro, o tipo de sorriso que só vem quando alguém sente que, finalmente, as peças estão se encaixando.
Argentina: "Eu esperei muito tempo por isso, Brasil. Mas agora eu entendo. A gente precisou desse tempo... pra chegar aqui."
Brasil: "Exatamente." Ele deu uma risada baixa, aliviado, como se uma grande tensão tivesse se dissipado. "E olha só onde a gente chegou... juntos."
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, apenas aproveitando a presença um do outro, o barulho suave do vento ao redor, e a certeza de que, finalmente, estavam no mesmo caminho.
Brasil: "E, sobre aquela carta..." Ele fez uma pausa, ainda segurando a mão de Argentina. "Eu nunca te respondi direito, né? Mas eu quero que você saiba que, se eu pudesse voltar atrás, eu teria lido aquilo com mais cuidado, com mais respeito pelo que você sentia."
Argentina: "Não precisa voltar atrás, Brasil. Você tá aqui agora, e isso é o que importa."
Eles se abraçaram de novo, dessa vez sem palavras, apenas sentindo o conforto que só o outro podia oferecer. Agora, não havia mais medos ou incertezas, só a certeza de que estavam exatamente onde deveriam estar-juntos.
Brasil: "E agora... vamos fazer isso direito. Sem brigas, sem cartas perdidas. Só a gente, começando algo novo."
Argentina, ainda sorrindo, apenas assentiu, o coração leve, sabendo que, dessa vez, era real.
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~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg
FanficO brasil Sofria abuso mental e físico de portugal, o único jeito dele se livrar desses pensamentos era o jardim, a onde lá tudo era calmo... Dias depois portugal recebe uma notícia de seu velho amigo e rival, Espanha, falando que ele ia visitar p...