Ainda abraçada a Brasil, Amazona sentia a calma retornar lentamente ao seu corpo. O som das ondas, antes distante, agora parecia mais próximo, mais reconfortante, como se o próprio mar estivesse tentando lhe acalmar. Brasil continuava a segurá-la firme, sem apressá-la. Sabia que as dores que ela carregava não desapareceriam em um instante, mas também sabia que a presença de alguém ao lado fazia a diferença.Depois de um longo silêncio, ele começou a falar, não de forma apressada, mas com a mesma suavidade de sempre, escolhendo as palavras como quem se embala nas ondas do mar.
Brasil: "Sabe, Amazona, eu sempre venho aqui porque esse lugar me lembra que, mesmo quando tudo parece estar fora de controle, a vida continua a seguir seu curso... como o mar."
Ele fez uma pausa, observando as ondas que iam e vinham, e então continuou, olhando para o horizonte como se estivesse conversando com o próprio oceano.
Brasil: "O mar não para. Ele continua... às vezes calmo, outras vezes violento, mas ele nunca deixa de se mover. A vida é assim. Ela tem seus momentos difíceis, como esse que você está passando agora. Mas também tem momentos de beleza, de paz. A gente só precisa aprender a olhar para os dois lados, entender que, assim como o mar, a vida tem seus altos e baixos."
Amazona, com a cabeça ainda encostada no peito dele, ouvia com atenção. As palavras de Brasil ressoavam dentro dela, como uma espécie de alívio. Ela sabia que ele entendia o que era dor, talvez até mais do que ela, e, mesmo assim, havia uma calma na maneira como ele falava, como se ele tivesse encontrado uma maneira de lidar com tudo isso.
Brasil: "A vida vai te desafiar, sempre. Vai fazer você se sentir fraca, como você está agora. Vai te fazer questionar se vale a pena continuar... Mas sabe o que eu percebi? Que nessas horas, quando a gente acha que não aguenta mais, é que a vida te mostra a sua verdadeira força. É ali que você descobre que, apesar de tudo, você é capaz de se levantar e continuar."
Amazona levantou a cabeça devagar, olhando para ele com olhos ainda brilhando de lágrimas, mas com uma nova luz surgindo neles.
Amazona: "Mas, Brasil, e se eu não conseguir? E se essa dor continuar me sufocando?"
Ele sorriu suavemente, com aquele olhar sereno de quem já havia enfrentado seus próprios demônios.
Brasil: "Você vai conseguir. Não vai ser fácil, mas você consegue. Olha para o mar... Você acha que ele se importa com quantas vezes uma onda quebra? Ele não para. Ele segue em frente, não importa quantas vezes precise recomeçar. A vida também é assim. Não importa quantas vezes você sinta que está quebrando. O importante é continuar, devagar, mas seguir em frente."
Amazona olhou para o mar, tentando encontrar nas palavras de Brasil um sentido mais profundo. Aquele movimento das ondas parecia refletir exatamente o que ele dizia. Elas quebravam na areia, voltavam para o oceano e, em um ciclo infinito, continuavam seu caminho.
Amazona: "Mas às vezes, Brasil, parece que o mar está me afogando..."
Brasil respirou fundo, compreendendo o que ela queria dizer. Ele mesmo já se sentira assim tantas vezes.
Brasil: "Eu sei... Já me senti assim muitas vezes. Como se as ondas fossem fortes demais, como se o mundo estivesse desmoronando. Mas, sabe... é nesses momentos que a gente percebe que não precisa fazer tudo sozinho. Eu estou aqui, e tem tantas outras pessoas que se importam com você. Às vezes, a gente só precisa deixar os outros nos ajudarem a nadar quando as ondas ficam altas demais."
Ele colocou a mão gentilmente sobre o ombro de Amazona, os olhos dela presos nos dele, enquanto cada palavra que ele dizia parecia tocar fundo em sua alma.
Brasil: "E, além disso, a vida... ela também tem a sua beleza. Olha só ao seu redor." Ele gesticulou para o horizonte. "Olha o céu, as cores que o sol faz quando se põe. Olha como o mar brilha sob essa luz. A natureza, mesmo com toda sua força, é bela. E a vida também é assim. Às vezes, a gente está tão focado na dor, que esquece de ver a beleza que está ao nosso redor."
Amazona observou o pôr do sol, as cores alaranjadas, douradas e rosadas pintando o céu como uma obra de arte. Sentiu o vento em seu rosto, suave, quase como um carinho. Era como se, por um momento, o mundo estivesse tentando lhe mostrar algo que ela não havia percebido antes.
Brasil: "A vida é difícil, Amazona. Mas ela também é bonita. Ela tem seus momentos de alegria, de descoberta, de amor. E é por isso que vale a pena seguir em frente. Porque, no meio de toda a dor, também existem momentos que fazem tudo valer a pena. Momentos como esse, agora, aqui com você."
Amazona sentiu um calor em seu peito. As palavras de Brasil eram como uma espécie de cura, lentamente dissolvendo as sombras que pesavam sobre seu coração. Ela não sabia se a dor iria embora de uma vez, mas naquele momento, sentia-se mais leve, mais capaz de enfrentar o que estava por vir.
Amazona: "Obrigada, Brasil... Eu acho que eu precisava ouvir isso."
Ele sorriu, com aquele sorriso caloroso que sempre carregava consigo.
Brasil: "Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um pouco de perspectiva. A vida não vai ser sempre fácil, mas também não vai ser sempre difícil. E você... você é mais forte do que imagina."
Eles ficaram ali, sentados na areia, enquanto o sol lentamente desaparecia no horizonte. O mar continuava seu ritmo constante, e o mundo ao redor parecia mais calmo, mais silencioso, como se estivesse dando a ambos a chance de respirar, de sentir, de simplesmente ser.
A brisa fresca trazia uma sensação de renovação, como se cada sopro de vento fosse um lembrete de que, mesmo nas horas mais difíceis, ainda havia beleza, ainda havia esperança.
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Decidi fazer este capítulo como uma espécie de terapia, mostrando que, embora a vida tenha suas dificuldades, ela também é cheia de beleza. A praia, por exemplo, é um lugar que reflete isso perfeitamente – seu ambiente tranquilo e a vastidão do mar nos ajudam a encontrar paz e clareza, como uma verdadeira terapia para a alma.
Querem mais capítulos assim? Eu posso fazer, se quiser.
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~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg
FanfictionO brasil Sofria abuso mental e físico de portugal, o único jeito dele se livrar desses pensamentos era o jardim, a onde lá tudo era calmo... Dias depois portugal recebe uma notícia de seu velho amigo e rival, Espanha, falando que ele ia visitar p...