~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg

Argentina e Brasil: o Reencontro

No dia seguinte, uma reunião importante entre todos os países da América do Sul estava marcada. Brasil chegou pontualmente, sua postura firme e sua altura chamando a atenção de todos. Os países latinos não puderam deixar de admirar sua presença imponente e sua beleza. Argentina, no entanto, sentia algo diferente. Ele não apenas ficou impressionado com a aparência de Brasil, mas também lutava contra um turbilhão de emoções: raiva, tristeza, saudade. Brasil não tinha respondido à sua carta, e isso o consumia por dentro.

Durante toda a reunião, Argentina não conseguia desviar o olhar de Brasil. Seus pensamentos estavam dispersos, lembrando de todas as vezes que se preocupou com o amigo. Será que ele estava bem? Será que Portugal o havia ferido? A ausência de uma resposta o deixava louco, mesmo sabendo que Brasil agora estava livre. Era como se a distância entre eles tivesse aumentado ainda mais.

Quando a reunião terminou e os países começaram a se dispersar, Brasil se levantou para sair, mas foi interrompido por uma voz familiar.

Argentina: "Brasil..."

Brasil se virou, surpreso ao ver que Argentina ainda estava na sala. Ele deu um leve sorriso, embora não entendesse o motivo do chamado.

Brasil: "Oi, Argentina. Posso te ajudar em algo?"

Argentina, com o rosto sério, acenou para que ele se sentasse.

Argentina: "Por favor, senta. Preciso falar com você."

Brasil obedeceu, intrigado e um pouco preocupado. Argentina parecia nervoso, algo estava claramente incomodando-o.

Argentina: "Brasil... por que você não respondeu à minha carta? Quando eu me mudei, você sabia o quanto eu estava preocupado com você. Minha mente estava um caos, me perguntando se você estava bem, se Portugal... se ele tinha te machucado mais."

A dor e a frustração na voz de Argentina eram palpáveis. Brasil suspirou, passando a mão pelos cabelos enquanto tentava encontrar as palavras certas.

Brasil: "Eu sinto muito, Argentina. A verdade é que eu não tive tempo de te responder. Portugal me mantinha ocupado o tempo todo com seus negócios, e quando eu finalmente tive um momento de paz... já parecia tarde demais. Eu sabia que você já havia partido, e pensei que... talvez minhas palavras não fizessem mais diferença."

Um silêncio pesado tomou conta da sala, enquanto Argentina processava as palavras de Brasil. Ele abaixou a cabeça, sentindo uma mistura de alívio e tristeza.

Brasil, percebendo o clima tenso, decidiu quebrar o silêncio.

Brasil: "Você realmente... me ama?"

Argentina levantou o olhar, surpreso pela pergunta direta. Seu rosto corou, e ele desviou o olhar, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.

Argentina: "Sim... eu amo."

Brasil ficou em silêncio por um instante, absorvendo a confissão que tanto tempo havia ficado nas entrelinhas. O momento parecia suspenso no ar, e ambos sabiam que algo havia mudado. Agora, a verdade estava à mesa, e o próximo passo dependia deles.

O silêncio entre eles pesava no ar. Brasil encarou Argentina, ainda processando o que acabara de ouvir. Argentina o amava. Parte de Brasil sentia um alívio em finalmente saber a verdade, mas outra parte estava confusa e até incomodada. Ele não sabia o que responder, e as emoções reprimidas de anos começaram a vir à tona.

Brasil: "Eu... não sei o que dizer."

Argentina, que antes parecia nervoso, agora sentia a frustração crescendo em seu peito. Ele havia esperado tanto por esse momento, por uma resposta, e tudo que Brasil conseguia dizer era que não sabia?