Brasil ainda estava estirado no chão, ofegante e com o corpo dolorido, tentando se mover sem muito sucesso. As pancadas de Portugal deixaram marcas não só em sua pele, mas também em sua alma. O jovem país respirava com dificuldade, sentindo uma mistura de vergonha e tristeza que parecia apertar seu peito cada vez mais.
Enquanto isso, no escritório, Portugal se sentava à sua mesa, tentando se concentrar nos papéis à sua frente. Mas algo dentro dele parecia não querer colaborar. Uma sensação estranha começou a crescer em seu peito, uma mistura confusa de emoções que ele não conseguia identificar claramente.
Ódio. Ele sabia que sentia ódio. Ódio por Brasil, por tudo o que ele representava, por todas as memórias que trazia. Mas havia algo mais. Algo que ele não queria admitir. Uma pontada de arrependimento, tão sutil que quase passou despercebida, mas forte o suficiente para causar um desconforto incômodo.
Portugal largou a caneta e esfregou o rosto com as mãos, tentando afastar esses pensamentos. Ele não podia se permitir sentir isso. Não por Brasil. Ele era o responsável por moldar aquele país, por controlá-lo. Mostrar qualquer fraqueza seria imperdoável.
Mesmo assim, aquela sensação continuava a incomodá-lo. Ele se levantou abruptamente, caminhando até a janela do escritório. Lá fora, o jardim estava silencioso, um contraste gritante com a tempestade de sentimentos que se formava dentro dele.
Ele lembrou-se das palavras frias que havia dito, dos golpes impiedosos que desferiu. Sentiu um nó se formar em sua garganta.
Portugal: - "Por que eu estou me sentindo assim?"
perguntou-se, encarando o horizonte. A resposta era clara, mas ele se recusava a aceitá-la.
O arrependimento começava a tomar forma, crescendo em intensidade. Mas Portugal, orgulhoso como sempre, decidiu enterrá-lo o mais fundo que podia. Ele precisava continuar sendo frio com Brasil. Era a única maneira de manter o controle.
Quando finalmente se voltou para a mesa, Portugal adotou a máscara de sempre, aquela expressão impenetrável que escondia qualquer traço de humanidade. Ele não podia deixar Brasil perceber qualquer coisa. Voltou ao trabalho, fingindo que nada havia mudado.
Mas no fundo, ele sabia que não era mais o mesmo.
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~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg
Fiksi PenggemarO brasil Sofria abuso mental e físico de portugal, o único jeito dele se livrar desses pensamentos era o jardim, a onde lá tudo era calmo... Dias depois portugal recebe uma notícia de seu velho amigo e rival, Espanha, falando que ele ia visitar p...