Cisplatina: a chegada da independência

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Brasil, Argentina e Cisplatina desembarcaram na Europa, os corações carregados de expectativa e apreensão. Cisplatina, ansioso por finalmente conquistar sua liberdade, mantinha os olhos fixos à frente. Brasil e Argentina, por outro lado, trocavam olhares tensos, sentindo que essa reunião não se tratava apenas da independência de Cisplatina.

A imponente sala de reuniões no palácio europeu os aguardava. França e Reino Unido estavam à sua espera. França foi o primeiro a falar, com seu habitual ar diplomático.

França: "Sejam bem-vindos. Espero que a viagem tenha sido tranquila."

Brasil, tentando esconder seu cansaço, acenou formalmente. Argentina, mais sério, manteve o olhar firme, enquanto Cisplatina observava o ambiente, percebendo o peso histórico daquele momento.

Reino Unido, até então em silêncio, lançou um olhar incisivo para Brasil, mas deu um passo à frente, com uma expressão séria.

Reino Unido: "Vamos ao que interessa. Não estou aqui para estender essa reunião mais do que o necessário."

França olhou brevemente para Reino Unido, percebendo o tom afiado, mas não comentou. Em vez disso, voltou sua atenção para Cisplatina.

França: "Cisplatina, sua independência é legítima, e estamos aqui para garantir que isso aconteça pacificamente. Reino Unido e eu somos os mediadores, mas a decisão sobre seu futuro é sua."

Cisplatina, com o coração acelerado, inspirou fundo e respondeu com determinação.

Cisplatina: "Eu quero minha liberdade. Brasil foi justo comigo, mas agora é hora de eu traçar meu próprio caminho. Quero ser dono do meu destino."

As palavras de Cisplatina ecoaram na sala, e Brasil sentiu uma mistura de orgulho e tristeza. Ele sabia que esse momento chegaria, mas não era fácil deixar Cisplatina partir. Argentina, por sua vez, manteve-se em silêncio, mas algo na tensão do ambiente o incomodava profundamente.

Reino Unido: "Entendido. Mas antes de concedermos sua liberdade, há uma questão que deve ser resolvida."

Todos na sala ficaram atentos, especialmente Brasil e Argentina.

Reino Unido: "Quero que Brasil e Argentina se tornem aliados formais."

O choque foi imediato. Brasil e Argentina ficaram paralisados, trocando olhares incrédulos. A tensão entre eles era palpável, e ambos sabiam que tal aliança não seria fácil.

Brasil: "Por que você quer que nos tornemos aliados?"

Reino Unido deu um leve sorriso, enigmático.

Reino Unido: "Porque, para a estabilidade da região, é essencial que vocês dois trabalhem juntos. Sem isso, a independência de Cisplatina corre o risco de criar mais conflitos do que soluções.

Brasil, ainda abalado com a proposta de aliança, desviou o olhar para Cisplatina, buscando uma saída para mudar o rumo da conversa.

Brasil: "Cisplatina, você quer falar alguma coisa?"

Cisplatina, sentindo o peso dos olhares sobre ele, hesitou por um momento, mas decidiu expressar algo que vinha pensando há algum tempo.

Cisplatina: "Sim... eu queria saber... será que eu posso mudar meu nome para Uruguai?"

A sala ficou em silêncio por alguns instantes. Cisplatina olhava para todos com curiosidade, como se sua pergunta fosse a mais natural do mundo. Brasil piscou, surpreso, enquanto Argentina se inclinava levemente para frente, interessado na resposta.

França foi o primeiro a reagir, esboçando um sorriso divertido.

França: "Um novo nome para marcar uma nova era. Faz sentido, não é?"

Reino Unido, que até então mantinha sua expressão séria, ergueu uma sobrancelha, mas não parecia contrário à ideia.

Reino Unido: "Uruguai, então... Se isso representa sua independência e seu novo começo, acho que não há objeções."

Brasil olhou para Cisplatina - ou melhor, Uruguai - com uma mistura de nostalgia e aceitação. O nome novo marcava o fim de uma era, mas também o começo de uma nova fase para todos.

Brasil: "Uruguai... É um bom nome."

Argentina, que estava quieto até então, sorriu brevemente, como se aprovasse a escolha.

Argentina: "Sim, combina com você."

Reino Unido observou a reação dos presentes, notando que a conversa havia se desviado para o novo nome de Cisplatina, agora Uruguai. Decidido a retomar o foco, Reino Unido interveio novamente.

Reino Unido: "Então, Brasil e Argentina, vocês vão se tornar aliados ou não?"

A pergunta direta trouxe um novo silêncio à sala. Brasil e Argentina se entreolharam, ambos cientes de que essa decisão não seria simples.

Brasil: "Eu... vou precisar entender melhor o que isso envolve."

Argentina: "É uma grande mudança. O que exatamente você espera dessa aliança?"

Reino Unido: "Quero garantir que, ao conceder a independência de Uruguai, vocês dois se comprometam a cooperar mutuamente para evitar conflitos futuros e promover a estabilidade na região. Esta aliança deve ser mais do que um simples acordo; deve refletir uma verdadeira colaboração."

França, percebendo a tensão crescente, decidiu intervir para ajudar a suavizar a situação.

França: "Uma aliança pode ser benéfica para ambos os lados. Pode criar oportunidades de colaboração e fortalecer a relação entre vocês."

Brasil respirou fundo, ponderando sobre as palavras de Reino Unido e França.

Brasil: "Se isso significa garantir um futuro mais pacífico e estável para a região, eu estou disposto a considerar."

Argentina parecia pensar profundamente, mas finalmente assentiu.

Argentina: "Se isso realmente contribuir para a estabilidade e para o bem-estar de todos, eu também estou disposto a discutir os termos."

Reino Unido: "Ótimo. Vamos então formalizar esse compromisso e garantir que a independência de Uruguai seja oficialmente reconhecida. A aliança entre vocês dois será um passo importante para um futuro mais colaborativo."

Com a decisão tomada, a reunião parecia finalmente avançar para um desfecho mais claro. Brasil e Argentina estavam prontos para discutir os detalhes da aliança, enquanto Uruguai observava com um novo senso de esperança.





~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora