Estranhezas: de SP e RJ

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Meses se passaram, e São Paulo e Rio de Janeiro começaram a agir de maneira diferente. Brasília, intrigada, foi até o escritório de Brasil. Ela bateu na porta e entrou.

Brasília: "Brasil, você não tá notando algo estranho, não?"

Brasil: "Estranho? Sobre o quê, Brasília?"

Brasília: "São Paulo e Rio... você não percebeu uma mudança no jeito deles?"

: "Não... Eles continuam brigando como sempre, tipo um casal. Por que a pergunta?"

Brasília: "Olha, eu sei que brigar é normal pra eles, mas ultimamente eles têm ficado muito próximos... E não no sentido de briga. Geralmente, quando ficam perto, parece que só falta se matarem, mas agora... sei lá, tá estranho."

Brasil franziu o cenho, refletindo sobre o que Brasília havia dito. Ele não havia notado nada fora do comum até então, mas talvez estivesse ocupado demais para perceber.

Brasil: "Agora que você mencionou... talvez tenha algo aí. Eles têm passado mais tempo juntos, mas achei que fosse só mais uma das brigas de sempre."

Brasília: "Exatamente! Só que dessa vez, parece diferente... menos gritaria, mais olhares. Acho que tem algo rolando."

Brasil riu, sem acreditar totalmente.

Brasil: "Ah, Brasília... você acha que tem romance no ar entre São Paulo e Rio? Logo eles dois? Duvido muito."

Brasília: "É, você pode duvidar, mas eu conheço um casal complicado quando vejo um. Só tô te avisando, fica de olho."

Ela saiu do escritório com um sorriso divertido, deixando Brasil sozinho com seus pensamentos.

Brasil (pensando): "São Paulo e Rio? Isso eu preciso ver de perto..."

Curioso, Brasil decidiu observar os dois nos próximos dias, esperando para descobrir se Brasília tinha razão sobre essa "mudança".

Nos dias que se seguiram, Brasil passou a prestar mais atenção em São Paulo e Rio de Janeiro. Ele começou a notar pequenos detalhes que, antes, haviam passado despercebidos. As brigas continuavam, claro, mas havia algo diferente no tom. Pareciam menos agressivas e mais... provocativas?

Certo dia, enquanto todos estavam reunidos na sala, Brasil observava disfarçadamente quando São Paulo e Rio começaram mais uma discussão.

São Paulo: "Você sempre acha que tudo gira ao seu redor, né? O Rio de Janeiro sempre querendo ser o centro das atenções!"

Rio de Janeiro: "Ah, fala sério, São Paulo! Se não fosse eu, você seria só um estado qualquer! Quem é que atrai os turistas pra cá? Quem é que faz as festas mais animadas?"

Brasil, de longe, percebia os olhares que trocavam no meio das provocações. Algo estava, de fato, estranho.

Brasil (pensando): "Não é possível... Brasília pode estar certa."

Em um momento inesperado, durante a discussão, Rio de Janeiro deu um leve empurrão em São Paulo, que, ao invés de revidar com uma provocação mais pesada, apenas riu e balançou a cabeça.

São Paulo: "Você é impossível, Rio."

Brasil arregalou os olhos. Rio de Janeiro riu junto com São Paulo? Era oficial, aquilo era definitivamente estranho.

Depois que a situação se acalmou, Brasil decidiu conversar com Brasília novamente.

Brasil: "Tá, Brasília, talvez você tenha razão. Eles estão agindo... diferente mesmo. Mas o que você acha que está rolando de verdade?"

Brasília: "Ah, Brasil... eu acho que tem alguma coisa mais forte aí. Talvez eles mesmos ainda não tenham percebido, mas... quer apostar quanto que isso vira algo maior?"

Brasil sorriu, meio incrédulo, mas ainda curioso para ver onde aquilo ia parar.

Brasil: "Tá bom, Brasília, vou ficar de olho neles. Mas, se você estiver certa... bom, eu vou te dever uma."

Brasília sorriu, satisfeita.

Em uma tarde ensolarada, Brasil convocou uma reunião com vários estados para discutir algumas questões importantes. Entre eles, São Paulo e Rio de Janeiro estavam sentados um ao lado do outro. O clima estava tenso, mas Rio estava decidido a deixar a situação mais leve e, quem sabe, flertar um pouco com São Paulo.

Brasil: "Então, vamos lá, pessoal. Precisamos resolver essas questões de infraestrutura."

Enquanto Brasil falava, Rio começou a se inclinar mais perto de São Paulo, com um sorriso maroto.

Rio de Janeiro: "Sabe, São Paulo, sempre admirei como você consegue gerenciar tudo. Deve ser difícil ser tão eficiente e ainda ter tempo pra ser tão charmoso."

São Paulo levantou uma sobrancelha, mas não desviou o olhar dos papéis à sua frente.

São Paulo: "Charmosidade não é exatamente o que estamos discutindo aqui, Rio."

Rio de Janeiro: "Ah, mas eu só estou dizendo que, com esse jeito todo sério, você poderia relaxar um pouco. O que acha de um café depois da reunião? Eu pago."

São Paulo: "Café? Não sei, estou bastante ocupado com os projetos. Além disso, você sabe que prefiro tomar um bom café sozinho."

Rio fez uma careta, mas não desistiu. Ele se aproximou um pouco mais, colocando uma mão no ombro de São Paulo.

Rio de Janeiro: "Só um café, vai! Eu prometo que não vou te encher de papo sério. Podemos falar de coisas mais divertidas."

São Paulo: (virando-se para Rio, com um olhar sério) "Olha, Rio, eu realmente não misturo trabalho e... 'diversão'."

O clima ficou tenso por um segundo, mas Rio não se deixou abater.

Rio de Janeiro: "Ah, São Paulo, você é tão durão! Só estou tentando fazer você sorrir um pouco."

São Paulo: "Agradeço a preocupação, mas eu prefiro manter o foco. Isso inclui não me distrair com... sugestões tentadoras."

Os outros estados na sala trocavam olhares entre si, sem saber se riam ou torciam para Rio não desistir.

Brasil: (tentando intervir) "Então, voltando à nossa agenda..."

Rio deu um sorriso desafiador, mas continuou a olhar para São Paulo.

Rio de Janeiro: "Tudo bem, mas não diga que eu não tentei. Um dia você vai perceber que também é divertido ser um pouco menos sério."

São Paulo: "Eu vou manter isso em mente... mas não conte com isso agora."

Rio soltou uma risada e se afastou, sabendo que, apesar do fora, a provocação ainda estava no ar. E, de alguma forma, isso fazia tudo ficar ainda mais interessante.

~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora