As arteirices de Ceará

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No dia seguinte, Brasil acordou com uma sensação estranha, uma mistura de inquietação e um pressentimento que preferiu ignorar. Ele se vestiu rapidamente e dirigiu-se ao seu escritório, determinado a enfrentar as pendências e retomar a rotina.

Enquanto ele revisava papéis e resolvia questões administrativas, a porta do escritório se abriu e Argentina entrou, com uma expressão séria e decidida. O tom do dia estava prestes a mudar, e a preocupação em seu rosto não passava despercebida.

Argentina: "Bom dia, Brasil. Precisamos conversar sobre alguns assuntos urgentes."

Brasil, surpreso com a entrada direta, levantou o olhar de seus documentos e acenou para que Argentina se aproximasse.

Brasil: "Claro, Argentina. O que está acontecendo?"

Argentina: "A situação com Paraguai e a recente guerra nos deixou com muitos desafios. Precisamos alinhar nossos esforços para garantir que não haja mais conflitos e que nossas relações permaneçam estáveis."

Brasil: "Entendo. O que você tem em mente?"

Argentina se aproximou da mesa e começou a expor suas ideias e preocupações, detalhando estratégias para fortalecer a aliança e assegurar que a paz prevalecesse na região. Seu tom era sério, mas havia uma determinação visível em seus olhos, refletindo a importância da conversa para ambos.

Brasil ouviu atentamente, sabendo que a estabilidade futura dependia de decisões bem fundamentadas e da colaboração entre os dois. A conversa se aprofundou em estratégias e acordos, enquanto Brasil e Argentina trabalhavam juntos para superar os desafios que ainda se apresentavam.

Depois de um tempo, Argentina estava se preparando para sair, quando Brasil interrompeu, com um olhar que misturava desejo e hesitação.

Brasil: "Você não quer ficar um pouco mais comigo?"

Argentina, um pouco surpreso, levantou uma sobrancelha e perguntou: "O que você tem em mente?"

Antes que Argentina pudesse responder, Brasil se aproximou e, em um impulso, colocou a mão na cintura de Argentina. Seus lábios encontraram o pescoço de Argentina, e ele começou a beijar com uma intensidade que nem mesmo percebeu que estava se tornando inadequada. Brasil parecia tão absorto no momento que não percebeu os sinais de desconforto.

Com um gesto repentino e apaixonado, Brasil deitou Argentina sobre a mesa e continuou a beijar, suas mãos explorando por dentro da camisa de Argentina. Argentina ficou imediatamente envergonhado e surpreso, seus olhos arregalados enquanto tentava processar a situação.

De repente, a porta do escritório se abriu e Ceará entrou, seus olhos arregalados ao ver a cena. Ele não pôde conter a risada ao testemunhar a situação embaraçosa.

Ceará: Mas que pouca vergonha é essa, painho? Fazendo putaria a essas horas?

Brasil, visivelmente constrangido, tentou recuperar a compostura e exclamou:

Brasil: Ceará, o que isso? Vai pra baixo da égua, menino!!

Ceará saiu correndo do escritório, rindo como um verdadeiro pestinha, para escapar de um possível castigo.

Enquanto Brasil e Argentina tentavam se recuperar da situação, Argentina não pôde deixar de soltar uma risada. Ele achou a situação de Ceará particularmente engraçada, especialmente o sotaque forte e a maneira travessa com que Ceará havia reagido. A risada de Argentina trouxe um pouco de alívio e descontração ao ambiente, quebrando o gelo e fazendo com que ambos começassem a se sentir um pouco mais à vontade.

Argentina riu, aliviado pela situação, e comentou:

Argentina: "O Ceará é um verdadeiro pestinha!"

Ele continuou rindo, a tensão diminuindo à medida que a situação se tornava mais leve. Brasil não pôde deixar de sorrir também, observando o quanto Argentina estava se divertindo com a situação.

Brasil: "Desculpe pela situação..."

Argentina: "Tudo bem... Seus estados são sempre assim?"

Brasil: "Só a maioria dos estados nordestinos."

Argentina: "Ele é da região Nordeste?"

Brasil: "Sim."

Argentina, agora interessado, olhou para o relógio com uma expressão de surpresa.

Argentina: "Meu Deus! Eu tenho que ir! Tchau, Brasil!"

Brasil: "Tchau!"

Após a saída de Argentina, Brasil suspirou profundamente e decidiu ir atrás de Ceará, sabendo que o garoto havia passado dos limites, mesmo com a desculpa de ser "só uma brincadeira".

Brasil encontrou Ceará no corredor, ainda rindo da situação, como se nada fosse sério.

Brasil, com um olhar sério: "Ceará, você passou dos limites dessa vez."

Ceará, tentando conter o riso: "Ah, pai, foi só uma brincadeira! Não sabia que você tava ocupado com... 'negócios'."

Brasil, levantando uma sobrancelha: "Negócios? Você sabe muito bem que não era isso. E, por essa falta de respeito, você vai ficar de castigo."

Ceará, surpreso e com sotaque forte: "Oxente? Castigo? Só porque eu vi uma coisinha?"

De repente, Pernambuco apareceu no corredor, aproveitando a situação: "Eita, o lá, Ceará se lascou bonito!"

Sergipe, que vinha logo atrás, provocou: "Que coisa feia, Ceará. Ficando de castigo... bem feito! Ninguém mandou se meter onde não devia!"

Brasil, irritado com os comentários: "E vocês, parem de se meter na conversa! Se continuarem, vão ficar de castigo também!"

Sergipe e Pernambuco rapidamente ficaram calados, fingindo que nada havia acontecido, trocando olhares cúmplices.

Brasil, agora mais sério, voltou-se para Ceará: "E não é só pelo que você viu. É pela falta de respeito. Sem brincadeiras ou correrias por uma semana."

Ceará fez uma careta de protesto, mas sabia que não adiantava discutir. De cabeça baixa, ele resmungou algo incompreensível, enquanto Brasil aliviado, aproveitando o raro momento de paz.

~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora