A recusa do Argentina

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Argentina ficou parado por alguns instantes, observando Paraguai desaparecer no horizonte. Ele sabia que a situação estava prestes a piorar, e isso o deixava inquieto. Com um suspiro, ele pegou sua jaqueta e saiu apressadamente, decidido a agir antes que a situação saísse completamente do controle.

No dia seguinte, Brasil estava em seu escritório quando foi surpreendido pela chegada inesperada de Argentina. O clima entre eles era pesado, mas Argentina sabia que precisava falar a verdade.

Argentina, entrando com firmeza: "Precisamos conversar, Brasil."

Brasil, levantando o olhar do que estava fazendo, visivelmente cansado: "Se é sobre Paraguai, já estou cuidando disso."

Argentina, cruzando os braços: "Não é tão simples assim. Ele veio até mim, procurando apoio para essa loucura. Eu recusei, claro, mas estou preocupado que ele esteja disposto a ir longe demais."

Brasil apertou os olhos, franzindo a testa. Ele já sabia que Paraguai estava agindo de forma impulsiva, mas ouvir que ele havia tentado trazer Argentina para o conflito aumentou sua preocupação.

Brasil: "Ele quer mais do que uma briga territorial. Isso é pessoal. Ele está usando a guerra como desculpa pra descarregar o ódio que tem de mim."

Argentina suspirou, assentindo: "Sim, é o que parece. Ele mencionou Solano López... Acho que ele está deixando as emoções do passado controlarem suas decisões agora."

Brasil, se levantando e caminhando até a janela, olhou para fora, o semblante sério: "Se ele não parar, vai destruir a si mesmo. E levar o continente junto com ele."

Argentina: "Precisamos encontrar uma forma de acabar com isso antes que vire uma guerra sem controle. Você já considerou conversar com ele diretamente, sem intermediários?"

Brasil se virou, sua expressão dura, mas ainda ponderando a ideia: "Depois do que ele fez com Mato Grosso? Não acho que ele vá ouvir."

Argentina: "Talvez não. Mas se você não tentar, essa guerra vai se estender e causar ainda mais sofrimento para todos nós. Precisamos pelo menos tentar, antes que seja tarde demais."

Brasil suspirou profundamente, sabendo que Argentina tinha razão, mas o orgulho ferido e a raiva ainda o seguravam.

Brasil: "Vou pensar nisso. Mas se ele atacar de novo, não haverá mais conversa

Antes de Argentina sair, Brasil o surpreendeu com um beijo leve na boca. Foi rápido, mas o suficiente para deixar um impacto.

Brasil, sorrindo travesso: "Tchau, Argentina. Se cuida, tá?"

Argentina ficou paralisado por um momento, um leve rubor subindo por suas bochechas. Ele sempre quis que algo assim acontecesse, mas não esperava ser pego tão de surpresa. Tentou disfarçar a alegria, mas falhou miseravelmente.

Brasil percebeu e deu uma risadinha, se divertindo com a reação do amigo. "Você fica tão bonito assim, todo envergonhado."

Argentina, tentando manter a compostura, desviou o olhar, mas o sorriso que ele tentava esconder entregava tudo. "Para com isso, Brasil! Sei que você tá fazendo isso só pra me provocar."

Brasil, agora se divertindo ainda mais com a situação, cruzou os braços e inclinou a cabeça, ainda com aquele sorriso despreocupado. "Talvez... mas é tão fácil te provocar."

Argentina balançou a cabeça, ainda corado, mas com um sorriso discreto. "Você é impossível."

Eles trocaram um último olhar antes de Argentina sair, e Brasil o observou se afastar, ainda rindo para si mesmo. A tensão da conversa anterior parecia ter desaparecido, pelo menos por um instante.

~Reencontro de infâncias: Entre Rivalidades e corações ~ Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora