O grande dia

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Os dias se passaram em um borrão de ansiedade e preparação, e finalmente o grande momento chegou. Leocádia estava nervosa e estressada, sua mente girando com pensamentos sobre o que estava por vir. Cada pequeno desconforto parecia amplificado, e ela se contorcia na cama do hospital, tentando encontrar um pouco de alívio.

O hospital estava tranquilo, com a luz suave das manhãs entrando pelas janelas. Theobaldo, ao seu lado, tentava manter a calma, mas seu coração batia acelerado. Ele segurava a mão de Leocádia, oferecendo palavras de conforto e apoio, enquanto os médicos e enfermeiras se preparavam para o parto.

O momento do nascimento chegou, e a sala estava repleta de atividade. O esforço de Leocádia foi intenso, mas finalmente, o primeiro bebê nasceu. O choro do recém-nascido encheu a sala, e a emoção tomou conta de todos. O bebê era uma menina linda, com pequenos cabelos loiros e uma expressão curiosa. O segundo bebê, um menino, nasceu logo depois, e seu choro agudo preencheu o ambiente.

Theobaldo, emocionado, pegou os bebês nos braços, um sorriso radiante no rosto. Apesar de serem gêmeos, os dois não se pareciam muito. Isso era esperado, já que eram de placentas diferentes. Ele os olhou com adoração, e seu coração se encheu de orgulho. Leocádia, ainda na cama, assistia com lágrimas nos olhos, seu cansaço sendo substituído por uma alegria indescritível.

Leocádia estava exausta, mas a visão dos seus filhos fez com que todo o sofrimento valesse a pena. Ela estendeu os braços para pegar os bebês e, ao segurá-los, sentiu uma onda de amor e gratidão. Seus olhos brilharam ao ver o rostinho da filha e do filho, e ela sentiu uma conexão imediata com cada um deles.

— Olá, meus pequenos... — sussurrou Leocádia, com a voz embargada pela emoção. — Vocês são maravilhosos.

Theobaldo se aproximou e, com uma ternura contagiante, beijou Leocádia nos lábios. O beijo foi suave, mas cheio de sentimentos profundos, um reflexo do amor e da alegria que ambos sentiam. Ele a abraçou com força, seus olhos também cheios de lágrimas.

— Você foi incrível, Leocádia. Estou tão orgulhoso de você. — disse ele, enquanto a abraçava.

— Eu não poderia ter feito isso sem você, Theobaldo. — respondeu Leocádia, com um sorriso cansado.

Os dois se perderam em um abraço caloroso, e o som dos bebês chorando suavemente no fundo parecia uma música doce para seus ouvidos.

Com os bebês nos braços, Leocádia e Theobaldo se sentaram juntos, observando-os com um carinho profundo. A sala do hospital se tornou um espaço de paz e contentamento, onde o amor pela nova família era palpável.

Enquanto o sol se punha, Leocádia e Theobaldo conversaram sobre os nomes dos bebês, que já haviam escolhido, mas decidiram compartilhar com Vó Berta mais tarde.

Theocadia- Tentando Quebrar o Feitiço do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora