Capítulo 25 - Um Segredo

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UMA VIBRAÇÃO NA MESA DE CABECEIRA acordou Lauren. Ela levantou a cabeça, o quarto irreconhecível por uma fração de segundo antes que a noite ressurgisse em sua mente.

Camila.

Ela estava na casa de Camla.

Na cama dela.

Camila enrolada nela como um pretzel, o rosto encostado em seu pescoço, a respiração suave e sonolenta. Ela estava completamente desmaiada, o que não era nenhuma surpresa.

Quando as duas pegaram no sono depois da meia-noite, exaustas e moles, cada uma já tinha gozado mais duas vezes e Lauren tinha descoberto que Camila tinha uma boca muito talentosa.

Agora, não fazia ideia de que horas eram, mas ainda estava escuro lá fora e o celular de Camila fazia um barulho infernal na mesa de cabeceira.

– Camila.

Ela sacudiu Camila de leve.

– Hum. – Camila só se aninhou ainda mais ao corpo de Lauren, o braço caindo sobre a cintura da outra.

– Camila, seu celular. Oi. – Ela afastou o cabelo do rosto dela, o luar entrando pelas cortinas leves e prateando sua pele.

Porra, aquela mulher era maravilhosa.

Bzzz. Bzzz. Bzzz

Lauren estendeu a mão e pegou o aparelho, um nome desconhecido piscando na tela.

– Camila, é a Maria. – Quem quer que ela fosse.

– Quê? – Isso chamou a atenção de Camila, que se sentou, piscando várias vezes, o lençol caindo até sua cintura. – Onde?

– No telefone.

Lauren entregou o aparelho e Camila saiu da cama meio atrapalhada, nua e perfeita, e pegou o roupão que estava em uma cadeira perto da janela. Ela colocou os óculos e levou o celular à orelha.

– Maria? Tudo bem com a Ruby? Ah, não. Quero falar com ela, sim, claro. – Ela se virou para Lauren, mordendo a unha do polegar, preocupada.

– Ruby? O que foi, querida? Tudo bem... Calma, amorzinho. Respire fundo... Você tem certeza que não quer dormir e... Tá... É claro que você pode vir pra casa. Diz pra mãe da Tess que eu vou encontrar você na calçada... Tá bom, querida. Vai ficar tudo bem.

Então ela desligou, tirando o roupão e vestindo uma legging e uma regata.

– Tudo bem? – perguntou Lauren.

– Tudo, tudo. Era a mãe da Tess. A Tess e a Ruby brigaram, e ela quer vir pra casa. Diz que não consegue dormir.

– Ah.

– Elas têm brigado muito ultimamente. – Camila balançou a cabeça e esfregou os olhos, o cabelo bagunçado caindo sobre os ombros. – Eu já volto.

– Claro.

Camila parou à porta.

– É... Fica aqui dentro, tá? Vou colocar a Ruby na cama logo. Ela deve estar exausta. Só... – Ela parou de falar, com uma expressão insegura enquanto mordia os lábios.

Lauren entendeu o que ela queria dizer. Por favor, não deixe minha filha de 11 anos saber que estamos dormindo na mesma cama. Ela compreendia, mas ainda assim sentiu um aperto no peito e de repente quis muito estar vestida.

– É melhor eu ir embora – disse.

De qualquer forma, Lauren raramente passava a noite em outra casa depois de transar. Por que desta vez seria diferente? Mas não conseguia se levantar do colchão.

CAMREN: Ela Não Se ImportaOnde histórias criam vida. Descubra agora