LAUREN VIU CAMILA FICAR UM BOM TEMPO olhando para Josh e Ruby. Quis largar o saco de dormir que estava segurando, aquela coisa cheirando a naftalina que, segundo Dinah, era de Grant, ir até lá e beijá-la até o dia seguinte, fazendo-a esquecer o que quer que Josh tivesse dito ou o que quer que ele pudesse significar para ela.
Mas não fez isso.
O que fez foi fixar os pés no chão coberto de agulhas de pinheiro secas, se esforçando para ignorar o pânico que se alastrava em seu peito como fogo.
Camila não era Keana.
E Camila e Lauren certamente não eram Keana e Lauren. Elas não estavam juntas. Não era algo sentimental. Estavam se pegando, nada mais. Em segredo, era bom lembrar. O fato dela ter sentido vontade de socar alguma coisa – isso, ou levar Camila para a floresta e mostrar exatamente por que Josh não valia o tempo dela – era puramente biológico. Algo territorialista em Lauren estava erguendo a cabeça primitiva. Só isso.
A leve sensação de náusea no estômago era cem por cento por causa disso.
– Ela já passou por isso com ele.
Lauren piscou, virando-se para fazer uma careta para Dinah, que tinha parado ao seu lado, também olhando para Camila.
– O quê?
– Josh e Camila. Ruby. Eles passaram por muita coisa.
– É, foi o que eu ouvi.
Dinah levantou uma sobrancelha.
– De quem?
Lauren balançou a cabeça, mas logo percebeu que podia falar a verdade.
– Da Astrid.
Dinah olhou para ela com os olhos semicerrados, mas assentiu e fez um gesto em direção a Camila.
– Ela merece coisas boas. Alguém bom. Alguém que a enxergue de verdade, sabe?
Essa conversa não estava aliviando a náusea nem o aperto no peito.
– E Astrid também – continuou Dinah.
– E todas nós. É, muito fofo e comovente – disse Lauren, revirando os olhos.
– Talvez não todas nós – respondeu Dinah.
Mas ela estava sorrindo e bateu na bunda de Lauren com a garrafa de água. Lauren não conseguiu conter uma risada aliviada. A relação levemente maliciosa que tinha com Dinah já era confortável e familiar.
– Ô! – chamou Astrid, olhando para elas com uma expressão irritada. – Vamos caminhar até as termas ou não? Spencer e eu queremos fazer um pouco de exercício.
– É, garotas – disse Spencer, esfregando as mãos uma na outra. – Não viemos até aqui pra ficar falando de brilho labial e tinta de cabelo.
– Ah, saco – respondeu Dinah, estalando os dedos. – Eu achei que a gente ia te maquiar todinho, Spence. Não?
Ele riu.
– Não nesta vida. E o nome é Spencer!
– Claro, Spence.
Ele abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas Astrid pegou sua mão e o levou até a barraca para que trocassem de roupa, lançando um olhar para Dinah antes de entrarem.
– Meu Deus, eu odeio esse cara – disse Dinah.
– Por quê? Ele é um doce – respondeu Lauren, enquanto Camila se aproximava.
Os braços das duas se tocaram e Lauren sentiu um arrepio imediato percorrer sua pele, o aroma campestre de Camila inundando seus sentidos.
Ela chegou um pouco mais perto de Dinah. Nossa, precisava se controlar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CAMREN: Ela Não Se Importa
FanfictionADAPTAÇÃO!!! Comédia romântica, que arrancará muitas risadas e suspiros. Retrata, com bom humor, os contratempos das relações amorosas, familiares e de amizade. Capa by @Mari_Oliver8 (Sra. Minha Esposa).